Mato Grosso do Sul
Publicado em 17/07/2020 12:00 -
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Com mais 475 exames positivos para o novo coronavírus (Covid-19) nas últimas 24 horas, o número de casos confirmados da doença no Estado chega a 15.805. Foram registrados 12 óbitos, passando para 203 mortes pela doença em Mato Grosso do Sul. As informações foram apresentadas nesta sexta-feira (17).
Dos 15.805 casos confirmados, 5.018 estão em isolamento domiciliar, 10.239 estão sem sintomas e já estão recuperados e 345 estão internados, sendo 218 em hospitais públicos e 134 em hospitais privados. Nove pacientes internados são procedentes de fora do Estado.
Desde o dia 25 de janeiro, foram registradas 81.340 notificações de casos suspeitos da coronavírus em Mato Grosso do Sul. Destes, 59.254 foram descartados após os exames darem negativo para Covid-19, 2.132 exames aguardam resultado do Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen) e 4.149 casos foram notificados e não foram encerrados pelos municípios.
Os dados publicados desde 19 de maio têm como fonte de dados o sistema de informações oficiais Sivep Gripe e E-SUS VE, alimentado pelos municípios. Eles estão sujeitos a alterações.
Os casos suspeitos em investigação tiveram as amostras encaminhadas para o Lacen, onde será feito o exame para nove tipos de vírus respiratórios, incluindo influenza e coronavírus. O laboratório realiza os exames para Covid-19 em Mato Grosso do Sul. Os resultados ficam prontos entre 24 a 72 horas, após o recebimento das amostras.
Hospital Regional
Nesta sexta-feira (17), o Governo do Estado publicou edital que amplia o quantitativo de vagas oferecidas no Processo Seletivo da Fundação Serviços de Saúde de Mato Grosso do Sul (Funsau) em mais 30 vagas para a função de enfermeiro.
“Trata-se de uma ampliação de vagas importante nesse momento, pois garante um reforço no combate à pandemia, além de melhorar o atendimento na linha de frente”, avalia a titular da SAD, Ana Nardes.
Leitos
A disseminação do novo coronavírus acelerou em Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, estados que vinham registrando os menores índices de casos e mortes na região Centro-Oeste, novo epicentro da doença no País. Nos dois estados há hospitais lotados e pacientes precisam esperar pela desocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). O Mato Grosso já cogita transferir doentes para outros estados. Enquanto o número de mortes sobe, os governos enfrentam dificuldade para manter a quarentena.
Em Mato Grosso do Sul, a média diária de mortes que era inferior a uma até a metade de junho, agora é de seis. O número de casos cresceu seis vezes em um mês. O Hospital Regional Rosa Pedrossian, em Campo Grande, referência para a covid-19, chegou a ficar sem espaço na câmara mortuária, alguns corpos foram armazenados em um container, alugado no início da pandemia.
Mesmo com toque de recolher a partir das 20 horas, na capital, as aglomerações acontecem. A Guarda Municipal precisou intervir para acabar com uma ‘rave’ – festa com música eletrônica – no bairro Chácara dos Poderes. Cerca de 40 pessoas foram abordadas e obrigadas a voltar para casa. Em outro bairro da Capital, uma mulher foi presa ao se negar a fechar um bar onde 18 pessoas consumiam bebidas.
Em menos de um mês, desde 18 de junho, o número de mortes mais que triplicou em MT, subindo de 295 para 1.077. Os casos positivos chegaram a 28.791. Foram 273 confirmações em 24 horas. Conforme a Secretaria da Saúde do Estado, a taxa de ocupação de leitos de UTI é de 98%, com 260 pacientes internados. O Estado sofre também com a falta de testes até para pacientes com sintomas respiratórios. Quando há teste, o resultado demora. Nesta segunda-feira, 13, duas mil amostras aguardavam análise.
A capital Cuiabá lidera o ranking do Estado. A cidade atingiu 100% de ocupação dos leitos de UTI e há pacientes na fila de espera. O prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) anunciou a entrega de 20 leitos de UTI nesta segunda. Desses, cinco foram ativados e já estão ocupados. “Há dezenas de pessoas na fila por atendimento que já serão transferidas. Sei que logo vai encher, mas esperamos que seja por pouco tempo e que as pessoas tenham alta logo”, disse o prefeito.
Segundo o gestor, se houver necessidade de transferência, isso não será possível, pois não há vagas em todo o Estado na rede pública e privada. “Precisamos de bombas de infusão para abrir mais UTIs”, disse.
Cuiabá está em toque de recolher a partir das 20 horas, mas há desrespeito. A fiscalização já aplicou mais de mil multas, a maioria em bares e distribuidoras de bebidas.
A pasta estadual da saúde informou que, nesta segunda, dez pacientes com covid-19 continuavam à espera de leitos em UTI. A Secretaria considerava a possibilidade de transferir doentes para outros estados, "caso exista vaga e seja viável a transferência, considerando o quadro clínico individual". Conforme a pasta, o governo trabalha em parceria com os municípios para abrir mais de 200 vagas de UTI em Mato Grosso.
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