Vale um Play
Publicado em 25/09/2015 12:00 - Rafael Naruto
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Um livro provocador e ao mesmo tempo interessante e imersivo. Além de filósofo da moral e célebre ateísta, Sam Harris é um praticante entusiasmado de meditação, tendo viajado o mundo para estudar com diversos gurus. Neste livro, ele concilia os dois aspectos de sua vida e comprova como a meditação e a prática contemplativa não têm como pré-requisito qualquer tipo de crença “mística” ou “espiritual”; pelo contrário, para ele a meditação provaria que esses conceitos não existem. Harris se vale de seu próprio envolvimento com a prática e de aspectos da neurociência e da filosofia para provar seu argumento.
Em suma, um olhar detido sobre como funciona a meditação e como ela pode aliviar o stress, aproximar as pessoas e nos ajudar em batalhas cotidianas.
Para Harris, que também é doutor em neurociência pela Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, desligar a espiritualidade das religiões é o grande passo que faltava às doutrinas seculares. Em seu novo livro, o filósofo mostra que é possível chegar à transcendência e atingir a mais plena felicidade sem se aproximar da essência divina. Mais que isso, indica técnicas, como meditação, respiração e até o uso de alucinógenos, que facilitam o percurso até a espiritualidade dos ateus.
"A espiritualidade deve ser distinta da religião. Pessoas de todos os credos e aquelas que não têm fé alguma têm os mesmos tipos de experiências espirituais. Um princípio mais profundo deve estar em funcionamento", afirma Harris.
O livro desperta a consciência para novos pontos de vista e paradigmas. Esclare questionamentos sem defender um princípio religioso. Por conseguir me envolver em uma leitura compulsiva, o livro Despertar Vale um Play.
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