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Publicado em 20/05/2016 12:00 -
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As Forças Armadas do Egito anunciaram nesta sexta (20) que encontraram destroços e objetos pessoais dos passageiros do voo MS804 da EgyptAir, que caiu no Mediterrâneo com 66 pessoas a bordo, durante uma viagem de Paris ao Cairo.
Os destroços foram encontrados a 290 quilômetros ao norte da cidade portuária de Alexandria, segundo o general Mohammed Samir.
As autoridades egípcias encontraram malas, assentos de avião e partes de corpos das vítimas flutuando no mar.
O voo MS804 desapareceu na quarta à noite (18) dos radares entre as ilhas do sul da Grécia e a costa norte do Egito por razões ainda desconhecidas.
Na quinta (19), o vice-presidente da EgypAir, Ahmed Adel, chegou a afirmar que destroços do avião haviam sido encontrados, o que acabou por se revelar falso. Segundo Adel, as equipes de busca perceberam que os destroços não eram do Airbus quando se aproximaram deles no mar Mediterrâneo.
No mesmo dia, o presidente egípcio Abdel Fatah al-Sisi determinou a intensificação das operações de busca.
A Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês) diz que um de seus satélites detectou um possível vazamento de óleo de 2 km de extensão na mesma área do Mediterrâneo onde o avião desapareceu, a cerca de 40 km a sudeste da última localização conhecida do voo (coordenadas de 33 32' N / 29 13' L).
A ESA fez a ressalva de que não há garantias de que a mancha de óleo seja do Airbus A320.
Causas Desconhecidas
Nesta sexta (20), o ministro das Relações Exteriores da França, Jean-Marc Ayrault, afirmou que não há "a menor indicação" sobre as causas da queda do avião da EgyptAir.
A declaração foi feito um dia depois de o ministro da Aviação Civil do Egito, Sherif Fathi, ter afirmado ser "mais forte" a possibilidade de um ataque terrorista do que de um acidente aéreo.
No entanto, nenhuma organização terrorista até o momento reivindicou a responsabilidade pelo desastre.
De acordo com o ministro da Defesa da Grécia, Panos Kammenos, o voo fez movimentos bruscos e teve perda repentina de altitude pouco antes de desaparecer dos radares, logo depois de ter entrado entre 16 e 24 km dentro da área de controle aéreo sob responsabilidade egípcia, com altitude de 37 mil pés (11.277 metros).
"Ele virou 90 graus à esquerda, então 360 graus à direita, caiu de 38 mil pés (11.582 metros) para 15 mil pés (4.572 metros) e então desapareceu a 10 mil pés (3.048 metros)", disse Kammenos.
Com base nessas informações, John Goglia, ex-membro da Comissão de Segurança de Transporte Nacional dos EUA, afirmou que uma bomba, mais do que uma falha estrutural ou mecânica, pode ter causado a queda.
"Considerando o fato de que [o piloto] fez esses movimentos bruscos sem enviar nenhum pedido de ajuda indicaria, para mim, que algo catastrófico aconteceu."
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