26/04/2024 - Edição 540

Viver Bem

Arroz nosso de cada dia: confira os tipos e diferenças

Publicado em 20/06/2018 12:00 -

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Alimento consumido praticamente no mundo todo, o arroz é uma planta que não pode faltar na mesa dos brasileiros. As variedades não são poucas, mas os principais consumidos são o arroz branco, o integral, o parboilizado e o arbóreo, que possuem algumas diferenças importantes, segundo a nutricionista Vanessa Menck.

“Basicamente o arroz nasce integral, ele nasce com aquele tom mais amarelo e a casquinha mais dura. A grande diferença dele pro arroz branco é que o branco passa por um processo de refinamento, de polimento, ele é um arroz polido, e nesse processo ele perde cerca de 75% em questão de nutrientes”, diz.

A nutricionista se refere a vitaminas, proteínas, minerais, vitaminas do complexo B e um pouco de fibras, sobrando no arroz branco o amido, carboidrato que será transformado em açúcar pelo corpo. Já o arroz integral possui muito mais benefícios para a saúde, justamente por não ter a casca retirada:

“Eu gosto de falar que o arroz integral é melhor, muito mais benéfico, mas o arroz branco também tem os benefícios dele, a gente não pode tratá-lo como alimento ruim também, mas ele não é tão bom quanto um arroz integral. O arroz integral tem fósforo, tem ferro, ele tem cálcio, vitamina do complexo B e é extremamente rico em fibras. O arroz branco não tem nada disso, ele tem o amido, tem proteína, tem um resquício de vitamina, mas é muito pouco comparado com o integral”, afirma.

O arroz parbolizado é outro tipo bastante encontrado nas prateleiras do mercado. Por passar por um processo de pré cozimento, ele não fica empapado, mesmo que se adicione muita água no preparo. Já o arroz arbóreo, de origem italiana, absorve bastante água, sendo indicado para o uso em risotos por dar uma consistência mais viscose. Porém, os dois passam pelo refinamento que acarreta na perda de nutrientes.

De acordo com a nutricionista, o interessante é aliar o arroz refinado com outros alimentos que sejam ricos em fibras, como o feijão, que junto do arroz, forma um dos carros chefes da comida brasileira. Vanessa ainda indica consumir junto de salada, legumes e sementes como chia, linhaça e girassol. Além disso, ela ainda chama atenção para a quantidade do em alguns casos.

“Nós temos um ponto de atenção com pessoas que tem diabetes ou tem uma inclinação a desenvolver resistência à insulina, por exemplo, ou a doenças crônicas, cardiovasculares, que daí a gente toma cuidado com o tamanho da porção. Mas não é necessário que a gente exclua. Nesses casos, se puder 100% ser o arroz integral ele vai, inclusive, auxiliar na minimização dos processos da patologia”, comenta.

Ainda na questão da saúde, Vanessa fala sobre os malefícios do arroz tradicional produzido em larga escala, que contém agrotóxicos, principalmente inseticidas. Segundo a especialista, o consumo do arroz com agrotóxicos pode gerar reações no organismo como dermatites de contato, sensibilidade na pele, lesão no fígado, arritmia e até alergias a certos alimentos.

Hoje no Brasil, o arroz ocupa a sexta posição no ranking que mais representa o uso de agrotóxico.

Em contrapartida, o Brasil é também o maior produtor de arroz orgânico da América Latina. A produção acontece principalmente no sul do país, pelas cooperativas do MST, sob a marca Terra Viva.

Na hora de compor a alimentação diária, a nutricionista orienta que o arroz orgânico seja escolhido sempre que possível e na impossibilidade de adquiri-lo, a dica da especialista é optar pelo arroz integral, por conta da maior quantidade de benefícios para a saúde.


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