25/04/2024 - Edição 540

Campo Grande

Campanha de vacinação contra gripe é prorrogada até o dia 22

Publicado em 14/06/2018 12:00 -

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O Ministério da Saúde anunciou, na tarde desta quarta-feira (13), que a campanha de vacinação contra a gripe terá continuidade até 22 de junho. O governo decidiu prorrogar a campanha devido ao baixo índice de comparecimento: 77% do público-alvo foi vacinado. O número é considerado baixo pela pasta, que estabeleceu como meta a cobertura de 90% dessa população, o que equivale a 54 milhões de pessoas. Desde o início da campanha, no dia 23 de abril, 42,6 milhões de pessoas foram vacinadas.

A região Sudeste é a que possui menor cobertura até agora: 71% do público prioritário foi protegido. Na sequência, estão Norte (72%), Sul (81,3%), Nordeste (84%) e Centro-Oeste (91,4%). Em estados como Roraima, Rio de Janeiro, Rondônia e Rio Grande do Sul, a baixa cobertura vacinal é ainda mais preocupante. Neles, os percentuais chegam a 53,59%, 57,29%, 70,91% e 77,82%, respectivamente. Apenas Goiás, Amapá e Ceará ultrapassaram a meta de 90%.

Segundo o ministério, a situação acende um alerta, dada a proximidade do inverno, período de maior circulação do vírus da gripe. Além disso, neste ano, já foram contabilizados 2.715 casos de influenza, mais do que o dobro do que foi registrado no mesmo período do ano passado (1.227). As mortes decorrentes da doença também aumentaram: passaram de 204, em 2017, para 446, em 2018. Apesar do crescimento, os números estão distantes dos que foram registrados em 2016, quando houve forte incidência da influenza no Brasil, quando foram 12.174 casos e 2.220 óbitos derivados deles.

“Nós entendemos que a estratégia é: atuação mais proativa para ir buscar esse público-alvo”, afirmou o ministro da Saúde, Gilberto Occhi, que citou iniciativas de vacinação e de conscientização envolvendo imprensa, escola e agentes comunitários de saúde como exemplos.

Público-alvo

O público prioritário da campanha é composto por idosos a partir de 60 anos, crianças de seis meses a 5 anos, trabalhadores em saúde, professores das redes pública e privada, povos indígenas, gestantes e mulheres que tenham tido filhos há 45 dias, bem como pessoas privadas de liberdade. Crianças e gestantes são os grupos que registraram menor cobertura vacinal neste ano, assim como ocorreu no ano passado. Na região Sudeste, por exemplo, menos da metade (48,95%) das crianças que devem ser vacinadas foram imunizadas. Já o percentual de gestantes atingiu 54%.

“Essas são as pessoas com uma imunidade menor do que as demais”, disse o ministro. Ele destacou a necessidade de um maior envolvimento da população, especialmente no caso das crianças, devido à dependência de adultos para que as levem até os postos.

No caso da região Centro-Oeste, o grupo mais vulnerável à doença é o formado pela população indígena, cujo percentual de vacinação alcançou 74,1%. Também nesta região, que já conseguiu ultrapassar a meta de 90%, crianças e gestantes chegam a 76,29% e 75,02%, respectivamente, percentuais menores do que os dos demais grupos prioritários. “Esse alerta a gente faz para que esses grupos tenham como procurar os postos de vacinação para efetuar sua proteção”, destacou o secretário de Vigilância em Saúde, Osnei Okamoto.

Estoques de vacinas

A meta de vacinação do Brasil supera a de 80% fixada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), mas o Ministério da Saúde garantiu vacinas para todas as pessoas que integram o público prioritário da campanha. De acordo com Mauro Junqueira, presidente do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), todos os municípios têm as doses disponíveis, inclusive em lugares de difícil acesso, como na Região Norte.

A partir do dia 25 de junho, poderão ser vacinados outros grupos etários, como crianças de 5 a 9 anos e adultos de 50 a 59. A vacinação desse público dependerá da disponibilidade das doses nos municípios.

Além da vacinação, cuidados com a higiene podem ajudar a população a se prevenir. Lavar e higienizar as mãos com frequência, utilizar lenço descartável para higiene nasal, cobrir nariz e boca ao espirrar ou tossir, evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca, não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres e pratos, e manter os ambientes bem ventilados são algumas das medidas sugeridas pelo ministério.

Campo Grande

Em Campo Grande, até o último dia 8 quando foi divulgado o último Boletim de Vacinação, 168.334 pessoas, o que representa 85,09% do público alvo de 197.820, foram imunizadas contra a doença na Capital.

Idosos e professores já atingiram a meta de vacinação, sendo que o primeiro grupo alcançou 95,65% (76.599) e o segundo 123,49% (8.160). Dois grupos recomendados para vacinação estão com cobertura vacinal abaixo do previsto: crianças de 6 meses a menores de 5 anos, com 63,57% (34.607) e gestantes com 56,29% (5.796).

Três grupos estão próximos de alcançar a meta: as puérperas  representam 75,83% (1.283); os portadores de comorbidades 77,22% (16.674); e, os trabalhadores da área da saúde 81,83% (18.912).

A vacina está disponível nas 66 unidades básicas de saúde (UBS) e de saúde da família (UBSF) das 7h15 às 11h e das 13h às 16h45 e as equipes de vacinação podem distribuir senhas para organizar o fluxo.

Documentação

Para receber a dose, todos os indivíduos do grupo de risco devem apresentar o Cartão Nacional de Saúde (CNS) e/ou número prontuário da rede de saúde de Campo Grande (Hygia), documento pessoal de identificação e a caderneta de vacinação (caso tenha).

Além dos documentos exigidos para todos os doentes crônicos, devem apresentar laudo médico ou atestado da doença, podendo ser aceita cópia do receituário médico recente, as gestantes e puérperas: cartão da gestante, laudo médico ou exames com identificação; profissionais de saúde: a carteira de conselho ou holerite; os indígenas: cadastro na SESAI.

O controle mais rigoroso para imunizar as pessoas do grupo de risco é para atender as recomendações do Ministério da Saúde, que não irá disponibilizar doses extras.

Estagiários

Os estagiários que realizam as atividades curriculares no Hospital Universitário (HU), na Santa Casa e no Hospital Regional devem ser imunizados no próprio hospital. Estes locais são responsáveis por elaborar a listagem dos acadêmicos imunizados.

Os estagiários que realizam as atividades curriculares nos outros locais se saúde devem procurar uma das 66 unidades básicas de saúde (UBS/UBSF) no horário de funcionamento das salas de vacinação: das 7h15 às 11h e das 13h às 16h45.

Os acadêmicos devem apresentar o comprovante do estágio em serviço de saúde, sendo esse um documento oficial emitido pela instituição de ensino, timbrado, constando o curso a qual pertence o estagiário, período do curso, unidade de saúde na qual realiza as atividades curriculares, com data posterior a 23/05/2018 e carimbado pela coordenadoria ou secretaria do curso de saúde. O documento será retido como forma de comprovação para administrar a dose.

Site

Para facilitar o acesso das pessoas que estejam com dúvidas, a Sesau disponibiliza um site específico sobre a Campanha de Vacinação contra a Gripe no portal da Secretaria. Basta acessar e clicar em “Influenza” na barra de menus.

Neste endereço, estão todas as informações sobre quem deve se vacinar, locais de vacinação e documentos que devem ser apresentados.


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