26/04/2024 - Edição 540

Auau Miau

A incontinência urinária costuma afetar os cães idosos e é bem séria

Publicado em 12/06/2018 12:00 -

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A qualidade de vida de muitos cães vai mudando conforme o tempo passa. Problemas de saúde que antes não existiam começam a aparecer e os pelos brancos a surgir. A velhice traz com ela mais idade e também algumas doenças ou disfunções, como a incontinência urinária.

Esse é um problema de saúde que costuma afetar muitas pessoas na fase idosa também. A partir de certa idade (ou por alguma outra doença), o animal não consegue mais controlar a própria bexiga e passa a fazer xixi frequentemente e em lugares inapropriados. Para lidar com a incontinência urinária, coloca-se uma frauda, geralmente. 

Tudo depende, na verdade, da intensidade da incontinência. Às vezes acontecem apenas alguns vazamentos de urina, com pequenos intervalos entre um xixi e outro. Ou pode ser o caso mais grave em que o cachorro realmente não para de fazer.

Essa enfermidade pode afetar qualquer cão, mas pode ter maior incidência em algumas raças. Dentre elas estão Cocker Spaniels, Springer Spaniels, Doberman Pinschers e Bob Tail. Também parece atingir mais fêmeas e já na idade avançada. As que já são castradas também podem ter maior predisposição.

Alguns sinais como gotejamento da urina e o fato de o cachorro lamber constantemente a região da vulva e do pênis podem indicar essa disfunção. Esse problema, se agravado, pode se estender a outros órgãos, como bexiga, rins e pele onde cai a urina, provocando infecções. A caminha ou qualquer outro lugar onde o cão durma pode também ter xixi e, mesmo que não seja em grande quantidade, é importante ficar atento.

O que pode causar a incontinência urinária?

São várias as causas dessa disfunção e dificilmente o tutor consegue identificar o problema logo de cara. O ideal é levar ao veterinário e garantir um diagnóstico correto, baseado em exames específicos que costuma pedir, como ultrassom, radiografia e exame de urina. Este último rastreia possíveis infecções bacterianas no organismo. Qualquer alteração na urina e no comportamento do animal deve ser observada e descrita ao médico. 

Algumas podem ser as causas dessa enfermidade

infecção urinária 

cálculo renal

hérnia de disco 

efeito colateral de algum medicamento

lesão ou degeneração na coluna vertebral 

desequilíbrio hormonal 

distúrbios anatômicos 

doenças na próstata

ingestão de água em excesso

Além desses vários desencadeadores, outras doenças que fazem o cachorro beber muita água (diabetes, doenças renais, etc) podem levar à incontinência. 

Infecções na bexiga, disco invertebral proeminente, bem como certas anormalidades congênitas também podem entrar nessa lista.

Muitos cães castrados são propícios a sofrer com isso. Isso, porque hormônios como estrogênio (em machos) e testosterona (nas cadelas) passam por uma redução após esse processo. Como são substâncias responsáveis por tonificar os músculos do esfíncter – aqueles que controlam a passagem da urina pela uretra – a ação de fazer xixi fica comprometida e o corpo já não tem mais o mesmo controle de antes. 

Pedras e tumores são outros fatores que prejudicam a saúde urinária do animal. Se a uretra é bloqueada por esses sólidos, o xixi não pode ser expelido de forma natural e aos poucos é acumulado na bexiga de forma a causar dores e desconforto. Além disso, pode causar uma infecção no cachorro.

No caso do excesso de ingestão de água, não significa que por isso o tutor deva oferecer menos líquido para o animal. Inclusive, isso nunca deve acontecer; o pet corre o rico de ficar desidratado. Água é fundamental para a manutenção do corpo do pet. 

Normalmente a quantidade extra de ingestão é percebida pelo número de vezes que o cão urina ou por exames que mostram um xixi mais diluído. Isso chama atenção inclusive para diabetes, cálculo renal e outras doenças que podem não ter nada a ver com a incontinência (ou que a longo prazo levam a ela).

O veterinário deve ser consultado antes de qualquer decisão.  

Como tratar ou a incontinência urinária?

Para saber exatamente como lidar com esse problema de saúde, é fundamental saber a causa primária. O médico veterinário normalmente averigua essa questão por meio de exames de urina, que identifica as bactérias responsáveis por qualquer infecção na região da bexiga.

Existem alguns métodos naturais que podem ser aplicados no cachorro, de forma a não envolver tantos medicamentos e sem que o animal sofra tanto. Uma dessas maneiras alternativas envolve grãos da dieta livre de inhame selvagem. É bastante benéfico por suas propriedades anti-inflamatórias e ajuda a eliminar qualquer complicação no trato urinário.

Produtos homeopáticos também são uma boa escolha. Costuma ser um tratamento bem ameno e sem sofrimento para o cão. Talvez uma das únicas do tutor é inserir o remédio no organismo do pet.

Em últimos casos, quando de fato nenhuma das opções acima funcionam, a intervenção cirúrgica pode ser proposta pelo médico. Colposuspensão e cistouretrofira são as duas cirurgias possíveis. A primeira foca em melhorar a resistência da bexiga e da uretra, para que o corpo tenha mais controle e é realizada em fêmeas. Já a segunda acontece com machos e funciona da mesma forma, só que adaptada à anatomia do cão.

Dados mostram que esse processo funciona para aproximadamente 50% dos animais. Mas futuramente o problema de saúde pode retornar. E também são necessários alguns medicamentos para manter o efeito.

Existe prevenção?

Não tem exatamente como evitar a incontinência urinária nos animais, mas se o cachorro não passar por situações de estresse e não levar bronca quando fizer xixi em excesso, já ajuda muito. Muitas vezes a situação piora quando o animal é reprimido pelo tutor, principalmente porque no caso dessa enfermidade a culpa não é do cão e ele só precisa de cuidados e carinho.


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