Poder
Publicado em 23/03/2018 12:00 -
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O PT recebeu pesquisas e análises que apontam um nome como o mais perigoso para as pretensões eleitorais do partido em 2018: Joaquim Barbosa. O ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), que apareceria com quase 10% em alguns cenários traçados para a legenda, teria potencial de atrair parte do eleitorado petista, por sua história e perfil de centro-esquerda —ainda que tenha condenado líderes da agremiação no processo do mensalão.
As mesmas análises dizem que, depois de tudo o que aconteceu no Brasil, candidatos que seguem com o mesmo discurso, como Geraldo Alckmin (PSDB), Ciro Gomes (PDT) e Marina Silva (Rede) correriam o risco de “virar pó”.
Barbosa pode se filiar ao PSB, até 7 de abril, mesmo sem a garantia de ser candidato. Há um obstáculo: a legenda, em PE, quer se alinhar com o PT para evitar que Marília Arraes, neta de Miguel Arraes, se lance candidata pelo partido de Lula. Ela é considerada grave ameaça às pretensões do governador Paulo Câmara, candidato à reeleição.
Vaga
Dirigentes do PSB voltaram a dizer ao ex-presidente do STF que não podem garantir a ele apoio para uma candidatura presidencial agora. “Ele é muito bem-vindo, mas, se vai ser candidato ou não, é algo que vai ter que ser analisado mais para frente”, afirma o secretário-geral do partido, Renato Casagrande.
Na conversa com Barbosa, o vice-governador de São Paulo, Márcio França, disse que as alianças do PSB em vários estados já estão definidas e seria ruim colocar agora uma peça nova que pode desestabilizá-las.
No ano passado, Barbosa disse a pessoas próximas que só entraria no PSB se tivesse certeza do apoio para se candidatar. Agora, ele cogita a possibilidade de se filiar mesmo sem esse compromisso.
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