19/04/2024 - Edição 540

Ágora Digital

Sai não sai

Publicado em 01/12/2017 12:00 - Victor Barone

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Na última quarta (29) o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha (PMDB-RS), afirmou que o PSDB não faz mais parte da base de apoio do governo Michel Temer (PMDB-SP). Deu uma tremenda zica. Para tentar apaziguar a revoada tucana, o presidente Michel Temer (PMDB) negou a afirmação do aliado (assista ao vídeo).

A ideia de desembarque do PSDB ficou evidente desde o dia 28, quando o governador Geraldo Alckmin (SP), futuro presidente da legenda, disse que, se assumisse a sigla, o PSDB sairia do governo.

O Ministro das Relações Exteriores, o tucano Aloysio Nunes (SP), também correu para jogar panos quentes. Disse PSDB "não rompeu com o governo" e que decisão final sobre participação do partido na Esplanada dos Ministérios cabe ao presidente Michel Temer.

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso já havia dito que está na hora de o PSDB "cair fora" do governo”. A razão principal, para o ex-presidente, é a busca de identidade do partido nas eleições de 2018. FHC afirma que a saída do governo não significa que o partido não apoiará as reformas, como a da Previdência. "Não se pode romper com o governo porque precisamos votar as reformas. Mas queremos ganhar espaço de liberdade para definirmos nossa cara no ano que vem".

A saída do partido na base vem sendo discutida no PSDB desde maio, quando a delação da JBS trouxe denúncias contra o presidente Michel Temer. Formaram-se duas alas entre os tucanos: a dos favoráveis a continuar na base do governo e aqueles que defendem a saída. Dirigentes da sigla disseram que a decisão final vai sair na convenção nacional, no próximo dia 9.

Coadjuvantes 2018

Pré-candidato à Presidência da República, o governador Geraldo Alckmin (PSDB-SP) disse que os partidos serão coadjuvantes na eleição de 2018. "Ninguém vai votar em partido. Os partidos estão fragilizados, desgastados. [Os eleitores] vão votar nas pessoas", disse o tucano.

Brucutus agitados

O Comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, mostra que as Forças Armadas estão prontinhas para ameaçar, novamente, a democracia no Brasil.

Tarafeiro

O ex-procurador geral da República, Rodrigo Janot disse à Reuters que o novo diretor geral da Polícia Federal, Fernando Segóvia, foi escolhido para o cargo para frear as investigações dos políticos na Lava Jato. “Segóvia veio para cumprir uma missão de desviar o foco dessa investigação. Ao que me parece, pelas declarações que deu, ele tem a missão de desacreditar as investigações ou as investigações que envolvem essas altas autoridades da República brasileira. E nas investigações ele pode ter o efeito de atrapalhar sim".

Puliça e sindicalista

Em mais uma ação atabalhoada, o recém-nomeado diretor-geral da Polícia Federal, Fernando Segovia, decidiu acumular as funções de sindicalista. O investigador negocia com deputados investigados a manutenção de privilégios de sua corporação numa hipotética reforma da Previdência. Quer a aposentadoria integral e a garantia de que os policiais aposentados receberão os mesmos reajustes dos colegas da ativa. É esse tipo de sonho que transforma a Previdência num pesadelo. Além de avaliar que uma mala com propinas não prova corrupção, Segovia acha conveniente negociar com investigados.

Teje presa

O deputado Paulo Pimenta (PT-RS) deu voz de prisão à militante Carla Zambelli, do movimento “Nas Ruas”. Após a sessão da comissão da CPMI da JBS, na quinta-feira (30), a militante abordou o deputado, perguntando se ele “não tinha medo” ou não considerava o juiz federal Sergio Moro uma “pessoa qualificada”. Após ela dizer que os deputados estavam roubando, o deputado deu voz de prisão à militante – que, durante o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, em 2016, chegou a se acorrentar na Câmara.

 

Coisas de Brasília

O presidente do Partido da República (PR), Antônio Carlos Rodrigues, que foi considerado foragido pela Polícia Federal (PF) na última semana, se escondeu, durante uma semana, em um apartamento funcional da Câmara, que fica há 2,6 km da Superintendência da Polícia Federal em Brasília. O apartamento é ocupado por Maria Tereza Buaiz, que pelo sistema da Câmara é funcionária da liderança do PR na Casa, mas que na verdade atua na sede do partido. Além do polpudo salário recebido pela Câmara de mais de R$ 18 mil, a funcionária ainda ocupa um imóvel mantido com dinheiro público desde 2005. A Câmara chegou a pedir o apartamento de volta, mas uma liminar da Justiça a mantém por lá. Rodrigues foi flagrado pelo menos duas vezes no imóvel, sendo uma no último domingo (26) e a outra na segunda (27), dias antes de ser preso.

Para nossa segurança

O governo federal continua fazendo as contas para tentar atingir a meta fiscal, um rombo de bilionário. No entanto, algumas despesas continuam a chamar atenção. Os gastos do governo federal com cartão corporativo, por exemplo, já somam R$ 33,4 milhões em 2017. A Presidência da República foi o órgão que mais gastou por meio dos cartões. Os dispêndios da Presidência e suas unidades gestoras atingiram R$ 8,6 milhões, isto é, quase 26% do total. Vale ressaltar que quase a totalidade dos recursos (90%) foi desembolsada de maneira secreta, de forma que não se sabe o que efetivamente foi comprado. As informações são protegidas por sigilo, nos termos da legislação, “para garantia da segurança da sociedade e do Estado”.

E as industrias batem palminhas

Pesquisa divulgada pelo IBGE estima que praticamente todas as vagas geradas no setor privado, neste ano, são informais. De empregos sem carteira, passando por pessoas que resolveram se virar por conta própria até trabalhadoras empregadas domésticas sem contrato. O desemprego foi de 12,2% no trimestre que terminou em outubro, ou seja, 12,7 milhões de pessoas.

Bora gastar com mídia

Mesmo com o Brasil na penúria financeira, com programas sociais reduzidos e políticas públicas esvaziadas, Michel Temer torrou milhões de reais em propaganda para convencer a população de que a Reforma da Previdência tem o objetivo de combater privilégios. Exagerou na demagogia do tom. A Justiça Federal acatou ações de associações de funcionários públicos e suspendeu a campanha. Segundo a decisão, ela seria ''ofensiva e desrespeitosa'' aos servidores por dizer que a razão da reforma são as aposentadorias por eles recebidas. O governo pode recorrer, mas dinheiro público já foi gasto nisso.

Acordos de cúpula

O prefeito de Manaus, Arthur Virgílio (PSDB-AM) afirma que não abrirá mão de disputar prévias com o governador Geraldo Alckmin (PSDB-SP) para ser o candidato do PSDB à Presidência. Ele se disse "violentado por manobras" como o acordo que deve levar o paulista a presidir o partido. "O PSDB está especializado em perder por causa de acordos de cúpula", criticou.

Parceiros

Em campos diametralmente opostos na política nacional, o DEM e o PT devem subir no mesmo palanque em três Estados do Nordeste no próximo ano. A união deve acontecer no Ceará, Paraíba e Maranhão.  As alianças são encaradas pelos partidos como resultado das especificidades locais e não devem refletir no cenário nacional…

Eu MORO com ele… e o quicotenhocomisso?

A advogada Rosângela Wolff Moro, casada com o juiz federal Sérgio Moro, diz que vai retirar do ar a página que mantêm no Facebook em apoio ao marido. O espaço intitulado 'Eu MORO com ele” foi aberto em março de 2016 e, segundo ela, servia para concentrar mensagens de admiradores do magistrado nas redes sociais. A página também foi usada pelo próprio juiz para agradecer o apoio da população ao trabalho exercido por ele à frente dos processos da Operação Lava Jato. No espaço, ele ainda fazia comentários informais sobre temas que considerava relevantes.

Coitadinho do Moro

O juiz Sergio Moro relatou sofrer "ataques sujos" por causa das investigações da Lava Jato. Sem citar nomes ou exemplos, o magistrado responsável pelos processos da operação em Curitiba disse que há tentativas de "diversionismo", com ataques a quem investiga e julga. As reações, acredita, vêm do fato de que muitos dos crimes investigados foram praticados por políticos. "Ao invés de eu discutir a minha responsabilidade, eu ataco as pessoas responsáveis pelos processos", disse.

Foro da vergonha

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), quer instalar a comissão especial do fim do foro privilegiado na semana que vem. Segundo ele, os líderes na Casa devem indicar os membros que integrarão a comissão na próxima semana e, em seguida, ele indicará o presidente da comissão – que precisa ser aprovado em plenário. Na prática, qualquer discussão sobre o fim do foro só terá avanços em 2018- tanto na Câmara quanto no Supremo Tribunal Federal (STF).

Gilmar, o estranho

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar voltou a defender o foro privilegiado. "Esse discurso de que nosso problema se resolve com a supressão do foro, na verdade, é um discurso de caráter simbólico. Não vai resolver o problema e pode agravar. Por isso acho importante que haja uma regulação e uma mudança consciente. É muito fácil falar e animá-los: 'Ah, o problema do Brasil é o foro'. Até pouco tempo o problema do Brasil era o financiamento das empresas privadas nas eleições. Não era isso?", disse Gilmar.

Ministros-parlamentares

A senadora Simone Tebet (PMDB-MS) apresentou uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que tem como objetivo evitar que ministros licenciados do mandato parlamentar retornem ao Congresso somente para votar projetos de interesse deles ou do governo. Pela proposta, ao ser exonerado da função no Poder Executivo e retornar ao Congresso, o parlamentar será obrigado a exercer o mandato por pelo menos 120 dias (4 meses). O objetivo da medida, explica a senadora, é evitar que políticos sejam exonerados por um dia somente para voltar ao Congresso e participar de alguma votação específica.

De bobo só o apelido

A Polícia Federal informou que o ex-governador de Alagoas Teotônio Vilela Filho (PSDB) aparece na lista de propinas da Odebrecht sob o apelido de 'Bobão' e teria recebido R$ 2,1 milhões em propina em três parcelas. Ele foi alvo da Operação Caribdis, deflagrada nesta quinta-feira (30) em Maceió, Salvador (BA), Limeira (SP) e Brasília para investigar fraudes em obras do Canal do Sertão. A ação é desdobramento da Operação Lava Jato. Além do ex-governador, também foram alvos Marco Antônio Fireman, que à época era secretário de Infraestrutura do Estado; e pessoas ligadas às empreiteiras Odebrecht e OAS.

População exausta

O presidente do PMDB, senador Romero Jucá (RR), foi hostilizado em um voo comercial que partiu de Brasília em direção a São Paulo. Na cena o parlamentar bate boca com a assistente social Rúbia Sagaz, de 33 anos, servidora do Instituto Federal Catarinense. “E aí, senador, conseguiu estancar a sangria?”, questionou a assistente social em referência aos áudios entregues à Polícia Federal pelo ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, em que Jucá afirma que é preciso “estancar a sangria”, supostamente provocada pela Operação Lava Jato. Irritado, Jucá chegou a levantar da poltrona e tenta pegar o celular das mãos de Rúbia.

A indignação de Kátia

Expulsa do PMDB na semana passada por decisão do Conselho de Ética do partido, a senadora Kátia Abreu (sem partido-TO) subiu à tribuna para criticar duramente a atual direção peemedebista, em especial o presidente da legenda, senador Romero Jucá (PMDB-RR). Diante dos olhares dos colegas do parlamento, Kátia Abreu chamou Jucá de "canalha, crápula e ladrão de vidas" ao longo do discurso de cerca de dez minutos.

Só rindo

Expulsa do PMDB (leia nota acima) por criticar Michel Temer (PMDB-SP) e seu governo, a senadora Kátia Abreu, de Tocantins, debochou no Twitter de uma notícia sobre os planos eleitorais do presidente. Nela, informou-se que Temer pode disputar a reeleição ou apoiar um presidenciável que se disponha a defender o seu legado. “Só rindo”, escreveu a senadora. “Nem os pífios reflexos positivos da economia o Temer consegue colar nele. É o efeito teflon ao contrário.”

Em que mundo vivem?

O chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha (PMDB-RS) diz que o presidente Michel Temer (PMDB-SP) não tem pretensões políticas senão a de “cumprir bem o seu mandato”. Acrescentou que a reeleição não está nos planos do presidente. E emendou: “Por enquanto…”. Não é o cinismo de Temer e seu sucesso entre os áulicos peemedebistas que assustam. Se Temer não for candidato, informou Padilha, o PMDB apoiará outro nome. Com uma condição: tem que “defender o legado do governo Temer”, uma gestão que executa a missão especial de “colocar o Brasil nos trilhos.” Em que diabos de mundo os peemedebistas imaginam estar habitando?

Morando de graça

Desde 2014 o Supremo Tribunal Federal (STF) assiste passivamente ao pagamento do auxílio-moradia a juízes de todo o país, benefício amparado em liminar concedida pelo ministro Luiz Fux. O tribunal terá sua última sessão de julgamento no dia 19 de dezembro. Até lá, conforme a pauta das sessões, elaborada pela ministra Cármen Lúcia, o assunto passará batido novamente.

Deputado da tatoo, e de outras cositas mais

O Conselho de Ética da Câmara adiou, pela quarta vez consecutiva, a votação de dois pareceres relacionados a processos disciplinares que têm como alvo o deputado Wladimir Costa (SD-PA), aquele que fez uma tatuagem de hena enaltecendo o presidente Michel Temer (PMDB-SP). Uma nova sessão será convocada para a próxima terça (5). Em um dos processos, movido pelo PSB, o deputado é acusado de assediar sexualmente uma jornalista. No outro caso, o PT acusa Wladimir Costa de divulgar, em um grupo de WhatsApp, uma imagem da filha da deputada Maria do Rosário (PT-RS) em trajes íntimos.

Na própria carne

O Ministério da Transparência e Controladoria-Geral da União (CGU), responsável pelo controle interno dos órgãos públicos, deflagrou uma operação que investiga ela mesma, a CGU. Em parceria com a Polícia Federal (PF), o órgão deflagrou a Operação Controle Institucional. O objetivo é desarticular grupo que atuava em municípios paraenses fiscalizados pela CGU, oferecendo intermediação indevida e auxílio na defesa a ser apresentada ao órgão de controle em troca de vantagens financeiras. A ação também conta com a participação do Ministério Público Federal.

Lambança

O ex-procurador Marcello Miller afirmou em depoimento na CPI da JBS que "fez uma lambança" ao ter participado das negociações de acordo de delação premiada e leniência da empresa e seus executivos. Ele se defendeu de acusações e disse que não cometeu crime, mas admitiu ter atuado na defesa dos irmãos Joesley e Wesley Batista antes de ter deixado oficialmente o Ministério Público. "Eu não cometi crimes. Eu não cometi nenhum crime. Eu fiz uma lambança e é por isso que eu estou aqui", afirmou.

Os banqueiros no poder?

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles (PSD-SP), fez um cálculo político estratégico nas últimas semanas e decidiu investir de forma mais incisiva em busca do apoio de Michel Temer e Rodrigo Maia à sua candidatura em 2018. Espremido pela disputa entre o PMDB do presidente da República e o DEM do chefe da Câmara —que procuram um nome para as eleições do próximo ano—, Meirelles avalia que precisa se consolidar como a opção de centro-direita aclamada por Maia, ao mesmo tempo em que faz a defesa do legado de Temer. Apesar dos movimentos de articulação política bastante concretos, Meirelles sabe que precisará fazer um grande esforço se quiser alcançar 5% nas pesquisas até março.

Laranjada mineira

Um relatório elaborado pela Polícia Federal (PF) após a análise de objetos e documentos que foram apreendidos no apartamento do senador Aécio Neves (PSDB-MG), no Rio de Janeiro, aponta indícios de que o tucano usava dois celulares com linhas telefônicas supostamente registradas em nome de laranjas para fazer ligações sigilosas. Segundo a perícia da Polícia Federal, "aparelhos celulares simples" foram encontrados pelos agentes na sala de TV e no closet do apartamento de Aécio localizado no bairro de Ipanema.

Dando exemplo, só que não

Enquanto o governo busca aprovar a implementação de uma idade mínima na Reforma da Previdência, de 65 anos para homens e 62 para mulheres, o presidente Michel Temer (PMDB-SP) se aposentou como procurador do Estado de São Paulo aos 55 anos. Hoje, tem 77. Da mesma forma, o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha (PMDB-RS), é aposentado como deputado federal desde os 53, ou seja, há 18 anos. Geddel Vieira Lima, ex-ministro-chefe da Secretaria de Governo e, agora, hóspede do presídio da Papuda, também recebe pensão como deputado aposentado desde os 51 anos (hoje tem 58).

Tiririca, pode ficar pior sim

O deputado federal Tiririca (PR-SP) pegou carona no uso da verba indenizatória e pediu ressarcimento à Câmara de uma passagem emitida pela empresa aérea GOL, no dia 11 de agosto. O destino único do bilhete aéreo seria de volta a Brasília, saindo de Ipatinga (MG), com parada em Belo Horizonte e, posteriormente, pousando na capital federal. A emissão e o valor de ressarcimento da passagem constam no site da Câmara, no valor de R$2.746,52. O passageiro foi o próprio Tiririca. A passagem coincide com a data do show “Tiririca Minha História”, no Centro Cultural Teatro Usiminas, no dia 12 de agosto, às 20h. Entendeu.

O sujo e o maltrapilho

O empresário Joesley Batista, dono da JBS, permaneceu calado em reunião das CPIs da JBS e do BNDES para a qual foi convocado a depor, no Senado Federal, na terça-feira (28). Ele ouviu quieto as provocações dos parlamentares. "Eu acho que o senhor não é tão bandido quanto o senhor confessa ser", afirmou o relator da CPI da JBS, Carlos Marun (PMDB-MS). "O senhor que era um mafiosinho de terceira categoria resolveu achar que era um Al Capone", disse ele, ao questionar a veracidade das afirmações da delação de Joesley, que implica o presidente Michel Temer (PMDB-SP), de quem Marun é um dos mais ferozes aliados.

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Victor Barone

Jornalista, professor, mestre em Comunicação pela UFMS.


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