Mato Grosso do Sul
Publicado em 27/09/2017 12:00 -
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A Petrobras arrematou um bloco da Bacia do Paraná, em Mato Grosso do Sul, para exploração de petróleo e gás natural. A estatal pagou R$ 1,69 milhão no leilão realizado na quarta-feira (27) pela ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), e se comprometeu a investir pelo menos R$ 20,5 milhões.
Essa é a primeira vez que áreas no Estado poderão ser perfuradas para exploração de combustíveis, o que gera uma nova perspectiva de desenvolvimento para Mato Grosso do Sul. De acordo com o secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro), Jaime Verruck, o interesse da Petrobras desperta expectativas positivas.
“Se nós tivermos possibilidade de produção de gás natural em Mato Grosso do Sul, nós teríamos mais uma fonte energética, teríamos opção de royalties a esses municípios e teria possibilidade de diversificação da nossa base econômica. Então nós somos cautelosos, mas seria extremamente positivo para a economia do estado”, afirmou Verruck.
Estudo feito pela ANP estabeleceu 11 áreas da Bacia do Paraguai que podem ser exploradas, mas apenas uma despertou interesse de investidores, no caso o lote 175 arrematado pela Petrobras.
O secretário Jaime Verruck explica que ainda não temos uma dimensão efetiva de qual é o potencial para combustíveis e o edital é justamente para identificar isso. “O que existe hoje, dado aos estudos geológicos e as características é de que há a possibilidade de encontrar gás natural e petróleo na região lindeira ao rio Paraná”.
Porém, por ser exploração terrestre a expectativa é de que os volumes sejam bem menores que no mar, mas devido as condições de subsolo, é normal que tenha mais gás natural do que Petróleo.
Ainda de acordo com o secretário, no ano passado a ANP solicitou ao Governo do Estado informações sobre essas áreas com potencial para exploração. “Eles queriam saber se essas áreas eram de baixo impacto ambiental e se não estavam em áreas de conservação, mas o Imasul informou que não”.
Conforme o ritual, depois que assumir a concessão, a empresa terá que entrar com um pedido de licenciamento ambiental específico para aquele tipo de exploração e aí vai ser avaliado dentro da legislação.
FCO poderá financiar indústria da defesa em MS
O governador Reinaldo Azambuja participou em Brasília, no último dia 27, da reunião do Conselho Deliberativo do Desenvolvimento do Centro-Oeste (Condel/Sudeco) que liberou o acesso das empresas da defesa (armas, tecnologia da informação, munições e equipamentos bélicos) que queiram se instalar em Mato Grosso do Sul aos recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO) e do Fundo de Desenvolvimento do Centro-Oeste (FDCO ).
O ministro da Defesa, Raul Jungmann, participou do encontro e defendeu a alteração nas normas legais. “Quem viu a colocação do ministro Jungmann, ela é pertinente. A indústria da defesa movimenta mais de R$ 250 bilhões no Brasil como um todo. A defesa não é só arma, é tecnologia, é utensílio, fardamento, é comunicação, é TI (Tecnologia da Informação). Você tendo fonte de financiamento para o setor industrial, nós temos o FCO e o FDCO, abre outro horizonte, poderemos ter algumas indústrias da defesa interessadas em vir para o Centro-Oeste, usando estes recursos e fomentando a economia”, afirmou o governador, explicando que Mato Grosso do Sul já tem uma lei de incentivos que podem atender as empresas do setor de defesa.
“A nossa lei de incentivo é ampla e já é convalidada, com isso essas indústrias que podem investir em TI (tecnologia da informação), tecnologia, fardamento, e outros equipamentos até para exportação, isso é possível. A Lei atende vários segmentos. Tendo interesse, a indústria de defesa será amparada”, destacou Azambuja.
Participaram da reunião também representantes dos estados de Mato Grosso e Goiás e do Distrito Federal. O encontro foi presidido pelo ministro da Integração Nacional, Helder Barbalho.
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