19/04/2024 - Edição 540

Mato Grosso do Sul

Peemedebistas menosprezam condução coercitiva de Puccinelli e mantém planos para 2018

Publicado em 12/05/2017 12:00 -

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A condução coercitiva do ex-governador André Puccinelli (PMDB) -no âmbito da Operação Lama Asfáltica, onde ele é acusado de fraude em licitações e desvio de verbas públicas – não tirou o ânimo dos peemedebistas e, aparentemente, não comprometeu seus planos de alçá-lo a candidatura ao Governo do Estado, no ano que vem. A reação dos parlamentares da legenda foi no intuito de tentar diminuir a importância política do fato.

O presidente regional do partido, deputado Junior Mochi, disse que houve exagero da Polícia Federal. “Ele não se recusou a prestar depoimento. Porque condução coercitiva?”, questionou. O deputado Eduardo Rocha – marido da senadora Simone Tebet, também peemedebista – disse acreditar a inocência de Puccinelli. “É um dia triste. Ele deve ter espaço para se defender. Infelizmente existe o pré-julgamento”, lamentou.

Paulo Siufi, que também integra a bancada do partido no legislativo estadual, se disse “andrezista” a todo custo. “O André continua sendo nosso maior líder e os planos do partido continuam sendo os mesmos. Se ele quiser ser nosso candidato (na sucessão estadual de 2018), ele será”.

Na Câmara Municipal, os peemedebistas foram pela mesma linha. “É bom que julguem logo para que ele esteja pronto para ser o candidato nas eleições do ano que vem”, disse o vereador Dr. Loester. Seu colega de bancada e profissão, Dr. Wilson Sami, crê que a condução coercitiva de André não abalará a imagem do partido nem a possível candidatura de André. “Se ele não for condenado, não tenho dúvidas que será eleito”.

Apesar dos discursos contemporizadores, o dano à imagem do ex-governador André Puccinelli é grave, afirma um interlocutor do PMDB que pediu para ter a identidade preservada. “Queira ou não, uma situação como esta traz uma exposição extremamente negativa, especialmente diante do cenário nacional de corrupção e do trabalho que o Ministério Público e a Polícia Federal têm realizado Brasil afora. Não tem como imaginar que não tem efeito sobre o imaginário da população”, afirmou.

No frigir dos ovos, a ação de ontem enfraquece a possibilidade de candidatura de Puccinelli no ano que vem, e reforça a possibilidade de uma parceria entre o PMDB e o PSDB do governador Reinaldo Azambuja. As articulações que apontavam Junior Mochi como vice do tucano na sucessão que se aproxima podem ganhar força novamente. O deputado Flávio Kayatt (PSDB) dá a dica: “O comportamento da bancada do PMDB na Assembleia tem mostrado um companheirismo e fidelidade para com o governador Reinaldo Azambuja. O próprio Eduardo Rocha e o Júnior Mochi tem demonstrado isso. Vamos continuar traçando juntos os trilhos do desenvolvimento do Estado”.


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