20/04/2024 - Edição 540

Mato Grosso do Sul

Qualificação profissional e incentivos à iniciativa privada garantem empregos, diz governador

Publicado em 01/05/2017 12:00 -

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Oswaldo Padilha tem 25 anos, dos quais passou cerca de 6 atuando em trabalhos com baixo potencial de remuneração. Mês passado, ele abriu com um amigo um pequeno negócio onde a especialidade são deliciosos pães de queijo. Padilha é um dos 1950 trabalhadores campo-grandenses que passaram pela Casa de Qualificação entre dezembro de 2015 e abril deste ano. A iniciativa, do Governo do Estado, oferece cursos focados em turismo e hospitalidade, alimentação, beleza e estética, administração e comércio, telemática, vestuário e recursos humanos.

Para ele, a possibilidade de empreender é uma conquista importante. "Depois de tanto tempo, sou meu próprio patrão. Isso está sendo possível devido ao que aprendi no curso. Espero que agora possa ganhar mais e melhorar de vida", disse o novo empreendedor.

“Foi a primeira Casa de Qualificação inaugurada no Estado, portanto, isto reafirma um dos principais compromissos iniciais do governador Reinaldo Azambuja com os trabalhadores sul-mato-grossenses que é o da qualificação profissional”, comemora o diretor presidente da Funtrab, Wilton Acosta. Para o governador, os programas de qualificação reforçam a política de atração de empresas. “Junto aos incentivos fiscais, que estamos aperfeiçoando, a garantia de mão de obra especializada ajuda a atrair novos investimentos e também no empreendedorismo”, afirma.

De fato, a necessidade de qualificação social e profissional ganhou destaque nos últimos tempos diante de um cenário no qual de um lado há significativos contingentes de pessoas desempregadas em busca de uma colocação no mercado do trabalho, e de outro lado empresas que não conseguem preencher seus quadros de funcionários em virtude da escassez relativa de trabalhadores qualificados para determinadas tarefas.

A Casa de Qualificação tem como premissa dar respostas rápidas e práticas a esta carência de mão de obra qualificada com a realização de cursos básicos de curta duração, de no mínimo 40 horas, dando um upgrade na carreira do trabalhador, que pretende adquirir maior conhecimento em curto período de tempo.

Geração de empregos

Esta é uma das ações que permitiu ao Mato Grosso do Sul figurar na primeira colocação do ranking de postos de trabalho criados nos últimos 12 meses, entre abril de 2016 e março deste ano, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). O Estado foi o único em todo País a registrar saldo positivo no período de um ano. “Este resultado é um forte motivo para comemorarmos o Dia do Trabalhador”, disse o governador.

Para Azambuja, o resultado é fruto das atividades econômicas, estimuladas por um conjunto de ações, entre elas a qualificação profissional e a política de incentivos, que condiciona a concessão de benefícios fiscais aos empreendimentos que se instalam no Estado à geração de empregos e compromissos com os princípios socioambientais. A liderança isolada do Estado no ranking do emprego é reforçada pela estatística de desemprego. No primeiro trimestre, deste ano, a taxa de desemprego caiu 1,45%, de acordo com levantamento do Ministério do Trabalho.

Segundo o governador, a geração de 1.483 novos postos de trabalho no período de 12 meses, no auge da crise econômico financeira do País e em um Estado com densidade demográfica pequena como o Mato Grosso do Sul “é algo realmente louvável”, pois no levantamento do Ministério do Trabalho apurou-se que em todos os demais estados o saldo de empregos entre abril de 2016 e março de 2017 foi negativo. Houve mais demissões do que contratações. Nas grandes regiões metropolitanas, São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, foram extintos de 84 mil a 314 mil postos de trabalho.

Pelo balanço mensal, no mês de março, comparado ao mesmo mês de 2016, o crescimento de vagas de emprego foi de mais de 560%. Em relação ao trimestre, janeiro a março, o Estado ficou em terceiro no ranking da geração de emprego, atrás apenas do Rio Grande do Sul e de Goiás, estados com economia forte. Neste trimestre, além de MS, RS e GO, apenas Tocantins e Paraná tiveram resultado positivo.

Contra o trabalho infantil

Além da qualificação profissional e da geração de empregos, Mato Grosso do Sul também tem se destacado no combate a irregularidades no campo trabalhista, como o trabalho infantil. É o que diz o relatório do consultor da Organização Internacional do Trabalho (OIT) no Programa de Erradicação do Trabalho Infantil e também do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Social (MDSA), James Ferreira, que se reuniu com a equipe da Superintendência de Assistência Social da Secretaria de Estado de Direitos Humanos, Assistência Social e Trabalho (Sedhast), na semana passada.

O sucesso, segundo Ferreira, se deu com ações articuladas e intersetoriais, parcerias estabelecidas via Governo do Estado, e atitudes positivas como as constatadas em Três Lagoas, que resultaram numa diminuição da incidência do trabalho infantil na cidade. O desempenho nas Ações Estratégicas do Peti (AEPETI) é baseado em cinco eixos: informação e mobilização; identificação; proteção social; defesa e responsabilização; e monitoramento.

“O sucesso de uma ação como essa é conjunta e envolve tanto Governo do Estado como município no alcance de um bom resultado”, disse o consultor se remetendo ao fato de que campanhas preventivas, ações diretas e monitoramento do que está sendo feito em cada localidade, são essenciais para um bom resultado contra a exploração.

No Brasil apenas outras nove cidades e suas esferas estaduais se destacaram no sucesso dessas ações, sendo elas localizadas nos estados de Pernambuco, Ceará, Maranhão, Pará, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Rio de Janeiro e Espirito Santo.


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