28/03/2024 - Edição 540

Campo Grande

Prefeitura diz que precisa de R$ 442 milhões para concluir 154 obras pendentes

Publicado em 19/01/2017 12:00 -

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O prefeito Marquinhos Trad assumiu a administração com 154 obras paradas e em andamento e precisará de R$ 442 milhões para concluí-las. É o que mostra o levantamento feito pela Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos.

O relatório aponta 80 obras paradas, 17 em andamento, 31 dependendo de licitação e 26 com contratos rescindidos antes mesmo do serviço começar. Este custo, de R$ 442 milhões, pode ser ainda maior porque as planilhas foram atualizadas em maio do ano passado.

O pacote de obras paradas inclui 13 Centros de Educação Infantil (Ceinfs) inacabados, orçados em R$ 28,4 milhões. Estas obras possuem um saldo contratual de R$ 10,5 milhões, que não será suficiente para concluir as unidades.

No Jardim Noroeste, por exemplo, consta que a obra está 85% concluída. Porém, o abandono e falta de vigilância acabou contribuindo para depredação da construção, que se tornou abrigo para famílias que não têm moradia.

“Provavelmente, em muitos dos Ceinfs, vândalos roubaram fiação, instalação hidráulica, janelas e isto terá que ser reposto. O Governo Federal não vai aumentar o valor original do convênio. O dinheiro que vai faltar, para deixar os prédios em condições de uso, terá que sair da receita da prefeitura”, explicou o secretário de Infraestrutura, Rudi Fiorese. Para estas obras, a prefeitura terá que desembolsar R$ 4,1 milhões de contrapartida, que se somará a R$ 2,4 milhões do Governo Federal.

A nova administração ainda precisa dar andamento à construção de oito unidades de saúde.  Consta no caixa um saldo de R$ 1,9 milhão do Governo Federal e necessidade de R$ 1,1 milhão de contrapartida, sem levar em conta as atualizações. Marquinhos também precisará investir na construção de 28 salas modulares (que exigirão mais R$ 2,6 milhões do tesouro) e R$ 2,8 milhões para término de duas escolas (no Parati e no Jardim Varandas do Campo).

Pavimentação

A prefeitura precisa concluir 25 obras de pavimentação e infraestrutura que estão paradas; duas licitadas e não iniciadas; 31 frentes de serviço por licitar e cinco em andamento, que totalizam, aproximadamente, 200 quilômetros de recapeamento e pavimentação.

Para estas obras há um saldo de R$ 236,7 milhões de um financiamento de R$ 311,7 milhões contratado junto à Caixa Econômica Federal, do chamado  PAC Pavimentação. Do valor emprestado, só foram investidos R$ 75 milhões, com 24% das obras executadas.

Faltam licitar as pavimentações dos bairros Nova Campo Grande (orçada em  mais de R$ 80 milhões); Vila Nasser (R$ 15 milhões); José Tavares (R$ 12,6 milhões); Jardim Anache (R$ 7,8 milhões) e do Nova Lima, que só teve uma etapa licitada (R$ 20,9 milhões).  Há outras cinco frentes de asfalto paradas: obras financiadas com recursos da União para atender o Jardim Nashivelle; Aero Rancho; Cidade Morena; além de drenagem no Jardim Botafogo e Residencial Ramez Tebet.

Obras em parques lineares também estão no pacote. Na região do Segredo a construtora desistiu e rescindiu o contrato que previa a ligação da Avenida Heráclito Figueiredo a região do Nova Lima. Também está neste pacote a urbanização do Córrego Bálsamo, com abertura de uma avenida que começa no macro anel rodoviário e termina na Avenida Guaicurus, perto do Museu José Antônio Pereira.  A obra de R$ 40 milhões ficou travada porque a Prefeitura não concluiu a desapropriação de mais de 100 imóveis que ficam no trajeto do prolongamento da Rua Victor Meirelles, abaixo da Avenida Gury Marques.

Outro desafio é a conclusão do anel rodoviário, trecho entre a MS-080 (saída para Rochedo) e a BR-163 (saída para Cuiabá), que está 70% concluído. O prefeito Marquinhos Trad vai pedir junto ao DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte), a prorrogação por mais 6 meses do convênio que vence em junho.

O maior entrave para conclusão da obra é a desapropriação de  parte de propriedades que ficam no traçado da rodovia. Esta é a contrapartida da prefeitura, que nos últimos quatro anos não conseguiu concluir o processo. A obra foi orçada em R$ 27 milhões há sete anos e com as atualizações se aproximará dos R$ 30 milhões.  A empreiteira já recebeu R$ 20 milhões e há um saldo de R$ 9,9 milhões.

Há mais R$ 141,1 milhões de obras do PAC Mobilidade Urbana para serem executadas. Deste total, R$ 110 milhões corresponde a um empréstimo contratado junto a Caixa Econômica Federal e R$ 31 milhões de contrapartida, para obras como a implantação de 60 quilômetros de corredores do transporte coletivo, um viaduto na rotatória da Avenida Interlagos com a Gury Marques, além da construção de quatro terminais e a reforma do terminal Morenão.


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