Coluna
E o que está rolando pelo mundo enquanto nos distraímos.
Postado em 05 de Agosto de 2016 - Bruno Lima Rocha
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Pessoal, vou começar a compartilhar as matérias do The Guardian a respeito dos Jogos no Rio e os "legados" para o andar de baixo de minha cidade natal. Não serei hipócrita em nenhuma instância: no Rio, venho da zona sul e do asfalto, e no esporte, acompanho com vigor militante as modalidades de luta e contato. Ainda assim, mesmo torcendo - e muito - pela seleção brasileira de boxe e de luta olímpica, vou manter o alerta e postar a dimensão absurda da falta de direitos fundamentais para as maiorias brasileiras, a começar pelo Rio de Janeiro. Daiene Mendes, no Alemão, faz um diário da favela pré-Olimpíadas, contando sobre tiroteios, ocupação policial, remoções, tensão e mortes. Segundo a ativista, dos últimos 48 dias registrados, 25 foram de confronto entre polícia e comunidades do Alemão. Além disso, desde o início de junho, dois moradores foram assassinados por tiro e outras cinco pessoas, incluindo dois policiais, foram feridas.
Masoquismo político do partido do governo deposto
Eu cansei já de falar. A estupidez da política paroquiana se sobrepõe, o tempo todo, por cima de qualquer decisão estratégica. Partido político se despolitiza assim, não importando se eleitoral ou não. Em sendo eleitoralista, aí o drama é permanente. Quero ver convencer a militância paraibana que ainda vota no PT?! De minha parte, e do setor ao qual pertenço, infelizmente, estamos certos de novo. Certeza ideológica e comprovação teórica. Não tem como definir os alinhamentos políticos assim.
A calculadora do rentismo
A calculadora do rentismo expõe as vísceras de um sistema e civilização onde o valor trabalho perde de longe para a usura e o endividamento coletivo como forma de garantias para a acumulação privada.
Retrocedendo
Pessoal, caminhamos como país do envergonhado pacto de classes para um desavergonhado pacotaço de retirada de direitos. Como o tema das políticas de reconhecimento é uma tensão da nova direita, agora vão cassar as condições de identidade da maioria. Isso é política de embranquecimento, puro, cruel e simples.
Não, Nicarágua...
Pessoal, este é um arranjo geopolítico em função do novo canal interoceânico e também o caminho da destruição do legado Sandinista. Pobre Carlos Fonseca, ao lado de Augusto César assistindo a tudo isso e morto novamente, só que de vergonha e indignação.