19/04/2024 - Edição 540

Comportamento

Cigarros eletrônicos podem não ser efetivos no combate ao tabagismo

Publicado em 02/04/2014 12:00 -

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Um estudo americano levantou novas questões sobre se o uso de cigarros eletrônicos pode levar as pessoas a deixarem de fumar.  A pesquisa, publicada na revista científica "Jama", observou o hábito de 88 fumantes que também usavam cigarros eletrônicos. O resultado foi que esses fumantes não mostraram maior propensão para deixar de fumar após um ano, em comparação com fumantes não usavam o dispositivo eletrônico.

Especialistas dizem, no entanto, que o pequeno número de participantes no estudo e a falta de dados sobre se eles usaram os cigarros eletrônicos com a intenção de parar de fumar, mostra que os resultados não podem ser tomados como muitos rigorosos.

Cigarros eletrônicos foram introduzidos inicialmente na China em 2004 e permitem que os seus usuários inalem a nicotina misturada a vapores que não contém o alcatrão e o monóxido de carbono presentes no tabaco.

Especialistas dizem que o pequeno número de participantes no estudo e a falta de dados sobre se eles usaram os cigarros eletrônicos com a intenção de parar de fumar, põe resultado em cheque.

Defensores do cigarro eletrônico dizem que o produto pode ajudar fumantes a largarem o vício. Especialistas em saúde pública, no entanto, temem que eles incentivem o ato de fumar entre jovens. "Nós não encontramos uma relação entre usar cigarro eletrônico e redução do consumo de cigarros", disse Rachel Grana, líder no novo estudo.

Grana e colegas da Universidade da Califórnia em São Francisco analisaram entrevistas com dados coletados de 949 fumantes. Destes, 88 reportaram o uso de cigarros eletrônicos.

Quando os pesquisadores olharam as repostas dessas pessoas no ano anterior, eles descobriram que as pessoas que reportaram uso de cigarros eletrônicos não apresentaram maiores chances de parar de fumar do que pessoas que não usavam esse tipo de cigarro.

Michael Siegel, pesquisador da Universidade de Boston, que não esteve envolvido no estudo, disse que a nova pesquisa tem problemas metodológicos e que os pesquisadores não sabem, por exemplo, porque alguns dos participantes usavam cigarros eletrônicos nem desde quando eles usavam.  "Nós precisamos de dados científicos sólidos antes de tomar decisões sobre o controle desse produto", completa Siegel.


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