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Presidente eleito do Peru diz que não dará anistia a ex-líder Fujimori

Publicado em 10/06/2016 12:00 -

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O economista Pedro Pablo Kuczynski, que venceu as eleições presidenciais mais disputadas do Peru em cinco décadas, disse após a vitória que não dará anistia ao ex-líder Alberto Fujimori (1990-2000), hoje preso, mas que assinaria um pedido de prisão domiciliar se o Congresso solicitasse.

Kuczynski derrotou Keiko Fujimori, filha do ex-ditador, no segundo turno da votação, de acordo com resultado oficial divulgado nesta quinta-feira (9), mas o partido político de Keiko conquistou a maioria absoluta do Congresso.

Ao ser indagado se concederá uma anistia a Fujimori pai, que cumpre pena de 25 anos de prisão por abusos de direitos humanos e corrupção, o presidente eleito respondeu com contundência que "não", em uma entrevista à revista local "Semana Económica".

"Se o Congresso criar uma lei genérica, não uma lei pessoal, para que pessoas em sua condição cumpram o final da sentença em casa, eu a assinarei", disse o ex-banqueiro de investimentos.

"Não sei se eles (o partido de Keiko) querem fazer isso, eles querem que ele saia pela porta da frente, mas aqui houve um processo, não irei assinar algo sem ter meditado muito sobre isso", afirmou Kuczynski, que tem 77 anos.

Fujimori pai, também com 77 anos, sofre de hipertensão arterial e passou por cinco operações na língua para combater lesões cancerígenas.

Em 2013, o então presidente peruano Ollanta Humala recusou um pedido de indulto para Fujimori apresentado por seus filhos.


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