28/03/2024 - Edição 540

Campo Grande

Meteorologista alerta sobre perigo de tempestades

Publicado em 03/12/2015 12:00 -

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O meteorologista Natálio Abrão aleroiu nesta semana sobre as fortes chuvas que podem atingir Campo Grande nos próximos três meses por conta do fenômeno El Niño, que causará tempestades e altas temperaturas em dezembro, janeiro e fevereiro.

De acordo com Natálio Abrão, a previsão é de muitas chuvas para Campo Grande, sendo previsto 210 mm em dezembro, 215 mm em janeiro, com um decréscimo em fevereiro, com temperaturas 1,4° acima do registrado em 1960 no mesmo período. “Teremos condições para chuva no mês de dezembro todo, com grande volume de chuva, chuvas muito intensas. No mês janeiro a chuva persiste ainda no sul do estado com chuvas muito intensas, chuvas com médias históricas, incluindo Campo Grande. Em fevereiro há um avanço dessas chuvas atingindo todo Estado. As chuvas que poderiam melhorar serão agravadas entre janeiro e fevereiro, pode-se esperar. Essa é uma preocupação nossa, com certeza teremos situações muito sérias de tempestades e chuvas fortes atingindo Campo Grande podendo gerar situação de enchentes e inundações. Em fator a ser considerado é a quantidade grande de chuva em pequeno espaço de tempo, com volume alto em uma hora, o que é prejudicial e causa enchentes”, afirmou.

O meteorologista apresentou um mapa mostrando as condições climáticas para os próximos meses alertando para o aumento das temperaturas, acima das médias históricas. “O mapa está completamente escuro. A temperatura média é de 25° e quanto mais escuro, mais quente será, acima das médias esperadas, ultrapassando 30°. Estando entre 6 a 7 graus acima da média. Isso é causado pelo agravamento das condições de chuva, pois quanto mais calor, chuvas mais intensas. O país todo estará sob influência de altas temperaturas”, alertou.

Natálio Abrão destacou ainda que em março começa a redução das chuvas e das temperaturas. “Em março já teremos um decréscimo das temperaturas se aproximando do normal, a regularidade das chuvas também acompanha, com diminuição das chuvas e temperaturas mais regulares. O que causa tudo isso é o El Niño, que é um aquecimento anormal das águas do oceano pacífico equatorial, o qual começou em março deste ano e só começa a diminuir a temperatura em março ou abril de 2016. Desta forma, serão temperaturas cada vez mais intensas, secas e estiagem, excesso de chuvas e enchentes em outros locais.

Mosquito

Por fim, o meteorologista demonstrou preocupação com a multiplicação dos vetores que transmitem doenças como dengue, Zika vírus e chikungunya. “Esse fenômeno trará um trimestre com muita chuva, o que favorece a multiplicação de vetores. Isso poderia ter seu controle 6 meses atrás, mas como a coleta de lixo foi interrompida, houver um favorecimento da reprodução desses vetores, que agora com estas condições de chuva, estarão fora de controle no final de dezembro. É preciso que o clima seja discutido com seriedade, senão não teremos tranquilidade nos nossos verões”, afirmou.


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