Dourados dá início a cirurgias de catarata

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Começaram na semana passada as cirurgias de catarata que ficaram represadas de 2010 a 2014 em Dourados. Após intermediação da Secretaria Municipal de Saúde, o Hospital Universitário (HU) assinou com o Ministério Público um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) e se comprometeu a realizar 1.817 cirurgias. Serão 80 por mês além as 30/mês que o HU tem de realizar, por força de contrato.

Pelo acordo, a Prefeitura se responsabilizou em contratar, por meio de licitação, os médicos que farão as cirurgias, pagar pelos procedimentos e descontar os valores do montante repassado pelo município ao HU, para atendimento a pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS).

“Depois de muito trabalho da nossa equipe, conseguimos mais essa conquista para a saúde da população. As cirurgias de catarata já começaram a ser feitas e não vão parar até que todas as 1.817 pessoas sejam atendidas”, afirmou o secretário de Saúde, Sebastião Nogueira.

O secretário explicou que esse projeto foi construído pela Prefeitura em parceria com o Ministério Público Federal e com a Defensoria Pública, para que o hospital cumprisse o contrato na área de oftalmologia. “Calculamos quantas cirurgias o HU deveria fazer desde que foi contratado em 2010 até dezembro de 2014 e chegamos à conclusão que o hospital recebeu, mas não fez 1.817 cirurgias. Junto com esses órgãos, construímos o TAC e o hospital assumiu o compromisso de fazer, dessas atrasadas, 80 cirurgias por mês, mais as 30 que tem que fazer pelo atual contrato”.

Segundo Sebastião Nogueira, a grande dificuldade alegada pelo hospital para não fazer as cirurgias era a contratação de oftalmologistas para realizar esses procedimentos. “A prefeitura então assumiu o compromisso de fazer a licitação para contratação dos médicos, que serão pagos pela Secretaria de Saúde e esses valores descontados do repasse feito ao HU”.

“Já estamos realizando essas cirurgias. É mais uma etapa vencida no projeto de melhorias e de avanço da saúde pública em Dourados”, afirmou Sebastião Nogueira. Segundo ele, esse acúmulo de cirurgias não realizadas ocorreu porque o hospital recebeu para fazer os procedimentos contratados, mas não operou os pacientes.

Nogueira disse ainda que esses pacientes já estão inseridos no Sistema de Regulação e agora estão sendo chamados pela Secretaria de Saúde para passarem pelos exames pré-operatórios. Segundo o secretário, sete médicos foram contratados pela prefeitura. Os profissionais serão pagos pela Tabela SUS e vão receber R$ 643 por cirurgia.