01/05/2024 - Edição 540

Viver Bem

Alzheimer: Cinco tratamentos para pacientes viverem melhor

Publicado em 29/06/2022 12:00 -

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Diagnosticada pela primeira há 116 anos pelo psiquiatra alemão Alois Alzheimer, a demência que leva o nome de Doença de Alzheimer afeta mais de 1,2 milhão de pessoas no Brasil.

Segundo a Associação Brasileira de Alzhmeier (Abraz), grande parte dos casos não são diagnosticados, o que retarda o tratamento e dificulta aos pacientes terem uma melhor qualidade de vida ao conviverem com a doença, erroneamente conhecida como “esclerose” ou “caduquice”, que não tem cura.

Não se sabe ao certo o que fisiologicamente causa o Alzheimer, que ocasiona a perda de funções cognitivas – como memória, orientação, atenção e linguagem – especialmente em idosos.

Além de danos no hipocampo, parte do cérebro associada ao aprendizado, alterações em proteínas – como a beta-amiloide -, e redução das sinapses, as ligações cerebrais, o desencadeamento do Alzheimer está ligado a uma série de questões comportamentais, que podem tanto postergar o surgimento da demência quanto fazer com que pacientes já diagnosticados convivam de forma melhor com ela.

– Estimulação cognitiva

A estimulação cognitiva é realizada por meio de atividades que privilegiam raciocínio lógico, atenção, memória, linguagem e planejamento. O objetivo é manter o cérebro ativo, estimulando as sinapses e áreas que possam ser afetadas pelo Alzheimer. Para isso, podem ser usados jogos simples, como palavras cruzadas, e coletivos, como os de tabuleiros, que ainda incentivam o convívio social com o paciente.

– Estimulação social

Segundo estudos, o isolamento social é uma das principais causas que desencadeiam problemas psíquicos como a demência. Iniciativas que priorizam o contato social dos pacientes estimulando as habilidades de comunicação, convivência e afeto, promovendo integração e evitando a apatia e a inatividade são parte importantem no tratamento do Alzheimer. O importante é desenvolver essas atividades de acordo com as reações do paciente, que variam de acordo com o desenvolvimento da doença. O contato com a família é importantíssimo, já que memórias afetivas – mesmo as mais distantes – são mais perenes e tendem a ser lembradas mesmo em estágios avançados da doença.

– Estimulação física

Com o avanço da doença, a deterioração das funções cognitivas afetam a parte física, que deve ser estimulada, como forma também de influenciar a atividade cerebral. O tratamento fisioterapêutico é importante para diminuir as limitações físicas que o Alzheimer pode trazer, como dificuldade para andar e equilibrar. Além de evitar dores e fortalecer a musculatura, a atividade física aumenta os movimentos peristálticos do intestino facilitando a eliminação das fezes.

– Organização do ambiente

A dificuldade de manter certa independência se dá em grande parte pela perda de memória. Esse fator influencia diretamente o humor dos pacientes com Alzheimer, que se sentem frustrados por não conseguirem resolver coisas básicas, como trocar de roupa ou tomar água. Organizar o ambiente ajuda a inibir ou controlar as manifestações de sintomas comportamentais como ansiedade e agitação, delírios e alucinações e inadequações sociais.

– Buscar tratamentos específicos para cada fase da doença

Como uma doença progressiva, o Alzheimer necessita de tratamentos específicos para cada fase da doença. E por isso se torna imprescindível o acompanhamento próximo de psiquiatras e neurologistas. Na fase inicial, as mudanças geram estresse e reações comportamentais negativas, que podem ser amenizados com um acompanhamento psicológico. Em fases mais avançadas, muitas vezes é necessário o acompanhamento de um profissional de saúde – como enfermeiro ou cuidador – full time. Em todo o processo, o mais importante é a compreensão e o olhar amoroso da família, que dá sustentação ao processo lento de desligamento da vida.


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