18/04/2024 - Edição 540

Ágora Digital

Eles vão chutar a urna

Publicado em 17/02/2022 12:00 - Victor Barone

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Em seu discurso de despedida da presidência do Tribunal Superior Eleitoral, o ministro Luís Roberto Barroso apontou pelo menos sete “ações concretas e preocupantes” de Bolsonaro contra a democracia brasileira ao longo dos seus três anos de governo, cada uma mais grave do que a outra. E registrou: “Não foram apenas exaltações verbais à ditadura e à tortura.”

As ações concretas listadas pelo ministro:

1 Comparecimento a manifestação na porta do comando do Exército, na qual se pedia a volta da ditadura militar e o fechamento do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal;

2 Desfile de tanques de guerra na Praça dos Três Poderes, com evidentes propósitos intimidatórios;

3 Ordem para que caças sobrevoassem a Praça dos Três Poderes, com a finalidade de quebrar as vidraças do Supremo Tribunal Federal, em ameaça a seus integrantes, como revelado pelo ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Raul Jungmann;

4 Comparecimento à manifestação de 7 de setembro com ofensas a ministros do Supremo Tribunal Federal e ameaças de não mais cumprir decisões judiciais;

5 Pedido de impeachment de ministro do Supremo Tribunal Federal, em razão de decisões judiciais que desagradavam;

6 Ameaça de não renovação de concessão de emissora que faz jornalismo independente;

7 Agressões verbais a jornalistas e órgãos de imprensa, entre outras.

Sem citar o nome de Bolsonaro, o ministro aplicou-lhe duas poderosas estocadas, ao dizer:

“Num mundo que assiste preocupado à ascensão do populismo extremista e autoritário, rescendendo a fascismo, a preservação da democracia e o respeito às instituições passaram a ser ativos valiosos, indispensáveis para quem queira ser um ator global relevante. Não é de surpreender que dirigentes brasileiros não sejam hoje bem-vindos em nenhum país democrático e desenvolvido do mundo. E, nos eventos multilaterais, vagam pelos corredores e calçadas sem serem recebidos.”

“Uma das estratégias das vocações autoritárias é procurar desacreditar o processo eleitoral, fazendo acusações falsas e propagando o discurso de que ‘se eu não ganhar, houve fraude’. Trata-se de repetição mambembe do que fez Donald Trump nos Estados Unidos, procurando deslegitimar a vitória inequívoca do seu oponente e induzindo multidões a acreditar na mentira.”

Por fim, Barroso mandou um recado a quem possa interessar: “A imprensa profissional é um dos antídotos contra esse mundo da pós-verdade e dos fatos alternativos, disfarces para a mentira e as notícias fraudulentas.”

Por Ricardo Noblat

GOLPISTAS

O Ministro da Defesa, general Braga Netto, está à frente da ofensiva bolsonarista, para colocar em dúvida as próximas eleições. O avanço militar no país começou no governo Michel Temer. Assumindo a presidência, por conta o impeachment, o governo Temer era frágil o suficiente para tentar se alicerçar em algum poder. Optou-se pelo poder militar. Coube ao comandante do Exército, general Villas Boas, indicar o general Sérgio Etchgoyen para o Gabinete de Segurança Institucional GSI). Etchgoyen era camarada, amigo e homem de confiança de Villas Boas. E politicamente muito mais atrevido. Começa ali a saga militar.

O segundo momento foi após o episódio da gravação da conversa de Temer pelo empresário Joesley Batista, da JBS. Recorde-se que o responsável pela segurança de Temer era o próprio Etchgoyen. No mínimo, foi relapso. O enfraquecimento de Temer abriu espaço para aceitar uma Operação de Garantia de Lei e Ordem (GLO) no Rio de Janeiro. Não foi uma GLO convencional. Atropelando a Constituição, a chefia da intervenção foi conferida a um militar, o general Braga Netto. Raquel Dodge, a Procuradora Geral da República, não teve coragem de impedir a decisão, claramente inconstitucional. Por trás dela, havia a figura de Etchgoyen, convencendo Villas Boas a pressionar Temer. É nesse quadro que emerge a figura de Braga Netto.

De lá para cá, houve os seguintes episódios:

1. Questionamento das eleições por Bolsonaro. Confrontado pela posição firme do Ministro Alexandre de Moraes, Bolsonaro ameaçou recuar. Mas voltou aos ataques brandindo um trabalho fajuto de um empresário paulista, sobre as eleições de 2014, que chegou ao Palácio através de um oficial da Inteligência do Exército.

2. A visita de Bolsonaro à Rússia, com uma comitiva pequena, com a participação dos seus militares- entre eles Braga Netto –  e do filho Carlos Bolsonaro – o principal responsável pelas suas estratégias digitais. Chegando lá, correspondentes brasileiros trouxeram a informação de que um dos temas tratados seria o da segurança digital. A troco de quê uma reunião dessas, em visita diplomática? Acordos dessa ordem são tratados com antecedência – e o Brasil já tem um acordo firmado com a Rússia.

3. Nesta semana, o futuro presidente do TSE (Luiz Edson Fachin) alertou para uma guerra cibernética contra a democracia. “A guerra contra a segurança no ciberespaço da Justiça Eleitoral foi declarada faz algum tempo — afirmou. — Violar a estrutura de segurança do TSE abre uma porta para a ruína da democracia”.

4. Em setembro passado, o TSE criou uma comissão para ampliar a fiscalização do processo eleitoral. Um dos membros é o General Heber Garcia Portella, comandante de Defesa Cibernética, pelas Forças Armadas. O comitê foi convocado para assistir aos testes de segurança das urnas. O general Portella recusou-se a participar.

5. Ao mesmo tempo, revelou-se uma nova manobra do Ministério da Defesa, procurando desacreditar o TSE. No final do ano, no início do recesso do Tribunal, enviou um questionário com várias perguntas técnicas sobre as urnas. E solicitou sigilo.  Na semana passada, Bolsonaro voltou a atacar o TSE, afirmando que o Exército havia detectado vulnerabilidades nas urnas. Ou seja, o Ministério da Defesa pediu sigilo para o questionário enviado ao TSE, mas abriu espaço para que Bolsonaro manipulasse o conteúdo do questionário. O TSE reagiu divulgando o relatório e mostrando que em nenhum momento nada foi questionado. O questionário apenas formulava perguntas, que foram respondidas.

6. Finalmente, veio a informação de que o general Fernando Azevedo e Silva, legalista, convidado por Alexandre Moraes para assumir a área de segurança do TSE, declinou do convite alegando questão de saúde. Antes disso, Azevedo foi Ministro da Defesa e pediu demissão alegando que não aceitaria que as Forças Armadas fossem envolvidas em jogadas político-partidárias. Não se tenha dúvida de que, por mais que o TSE tenha sido claro, na resposta às dúvidas da Defesa, o conteúdo do relatório será utilizado na ofensiva contra as eleições. Por trás de tudo, o comando do general Braga Netto.

Por Luis Nassif

NÃO PASSARÃO

Aconteceu Na terça (15) a reunião de transição dos novos gestores do Tribunal Superior Eleitoral. O ministro Edson Fachin vai substituir o atual presidente do TSE, Luís Roberto Barroso. Durante a cerimônia, Fachin disse que a corte eleitoral está atenta e preparada para ameaças.

Kennedy Alencar usou um jargão militar para explicar as declarações dos ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) Edson Fachin e Luís Roberto Barroso: "tiros de advertência".

O jornalista Josias de Souza fala sobre a pauta do encontro do presidente Jair Bolsonaro (PL) e Vladimir Putin, que envolveu o tema segurança cibernética

O ministro Luís Roberto Barroso criticou a insistência de Jair Bolsonaro (PL) em levantar dúvidas sobre o sistema eleitoral. Barroso disse ao jornal O Globo que “o presidente tinha dado a palavra de que esse assunto estava encerrado”. E afirmou que "o filme é repetido, com um mau roteiro.”

GENGIVÃO

No final do ano passado, Allan dos Santos, foragido nos Estados Unidos, foi às redes sociais para enviar um recado a Alexandre de Moraes: "Eu não sei se o Alexandre vai conseguir me calar", declarou. "Mas uma coisa eu tenho certeza, e essa certeza é absoluta: quando vierem me calar estarei falando." Com ordem de prisão decretada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal há mais de quatro meses, Allan dos Santos ainda não recebeu a visita dos rapazes da Interpol. Continua rosnando e andando para as presumíveis autoridades. Foi ao Instagram para xingar Moraes, zombando da autoridade do ministro.

Allan dos Santos é um personagem típico da Era bolsonarista. Ele se considera um jornalista. No Planalto é visto como líder daquilo que Bolsonaro chama de "minhas mídias." No inquérito sobre mííicias digitais, é tratado pela delegada Denisse Ribeiro, da Polícia Federal, como uma ameaça à ordem democrática.  Para Alexandre de Moraes, trata-se de um fugitivo. Solto, o personagem realiza o sonho de Bolsonaro de apequenar o Supremo. A cada novo insulto, a suposta supremacia do Supremo Tribunal Federal fica menor.

Dias atrás, Allan dos Santos foi visto no enterro do polemista Olavo de Carvalho. Em seu novo vídeo, informa que reside em Orlando. Sugere a Moraes que requisite a ajuda do Mickey ou do Pato Donald para silenciá-lo. Só faltou aconselhar a escalação do Pateta.

Depois que Bolsonaro descumpriu ordem de Moraes para depor à Polícia Federal, a autoridade do ministro ficou diminuta. A movimentação de Allan dos Santos piora uma situação que já é ruim. A autoridade do ministro agora cabe numa caixa de fósforos. O Supremo encolhe junto. O governo americamo de Joe Biden, que enche aviões para deportar brasileiros que vivem nos Estados Unidos em situação irregular, não parece interessado em devolver Allan dos Santos a esta terra de palmeiras e sabiás. A Interpol dá de ombros para a ordem de Moraes. O Ministério da Justiça se finge de morto. O caso envolve um ineditismo sem precedentes.

Por Josias de Souza

SEM NOÇÃO DE RIDÍCULO

Quando o ex-ministro Ricardo Salles bombou memes que sugeriam que Jair Bolsonaro levaria paz às rusgas entre Rússia, Estados Unidos, União Europeia e Ucrânia, parte da imprensa e dos críticos ao governo gastaram tempo rebatendo a bobagem. E parte da extrema direita usou o tempo para absorver aquilo como se fosse verdade. O entorno do presidente gosta de operar com duas camadas de interpretação para a mesma mensagem, fazendo com que públicos diferentes a compreendam de forma diferente, como já disse aqui várias vezes. Neste caso, de um lado, bradou que progressistas não têm senso de humor por não entenderem uma "brincadeira", de outro, valeu-se da falta de senso de ridículo do bolsonarismo-raiz, que age de forma messiânica quando o assunto é Jair, para empurrar um meme como fato.

Com o sucesso do meme, o próprio Bolsonaro entrou na jogada. Na quarta (16), após obter a foto que veio buscar em Moscou ao lado de Vladimir Putin (para mostrar a seus seguidores que ele não é um pária global), o presidente sugeriu que sua visita poderia ter algo a ver com o anúncio de retirada de tropas pela Rússia. "Alguns países achavam que não deveríamos vir. Mantivemos nossa agenda, por coincidência ou não, parte das tropas deixou a fronteira", afirmou em entrevista coletiva. Claro que nem ele acha isso. Mas não importa, a mensagem foi lançada.

Novamente, enquanto imprensa e críticos ao governo são obrigados a explicar o óbvio (que Jair não encontra sozinho nem o caminho entre o quarto e a cozinha do Palácio do Alvorada quanto mais intermediar a paz entre nações) e são acusados de colocar palavras na boca do presidente, parte de seus seguidores captou a mensagem do "mito" como verdade, festeja a dádiva alcançada e fortalece o seu apoio para a campanha de reeleição. O incrível é que isso reforça que Bolsonaro sabe que seus seguidores acreditam em qualquer porcaria e os explora mesmo assim. "Ah, mas é impossível ter gente que acredita nisso", você deve estar pensando.

TERRAPLANISTAS

Em julho de 2019, um levantamento do Datafolha apontou que 7% dos brasileiros acreditam que a Terra é plana. A margem de erro era de dois pontos percentuais. Se quase 15 milhões de almas acreditam que o planeta assombrado por elas é mais parecido com uma pizza de calabresa ou com um LP da Xuxa do que de uma bola de futebol, por que não haveria muita gente que acredita que Jair é uma espécie de Messias? Não é uma questão de exploração da população com menos acesso à informação, mas de manipulação do naco da sociedade que deseja consumir somente aquilo que já acredita, ou seja, quer elementos que comprovem a infalibilidade de seu líder. Porque se o mito estiver errado, eles também estarão. E pode ser desesperador perder o chão. Falta amor no mundo, mas também falta interpretação de texto. Falta E vai sobrar muito chinelo velho para pé cansado daqui até outubro.

Por Leonardo Sakamoto

MEME PRONTO

Josias de Souza fala sobre o ministro do Turismo, Gilson Machado, estar cotado para ser candidato a vice na chapa do presidente Jair Bolsonaro à reeleição.

COMUNA

O primeiro compromisso oficial do presidente Jair Bolsonaro (PL) na Rússia virou piada nas redes sociais. Bolsonaro participou da entrega de uma coroa de flores no Túmulo do Soldado Desconhecido, nas imediações do Kremlin, sede do governo russo.

BOLSONARISTA ARREPENDIDO

Pesquisa da Genial/Quaest mapeou o sentimento da população em relação ao governo de Jair Bolsonaro e mostrou que “decepção” é o sentimento mais relacionado ao governo, para 36% dos entrevistados. Vergonha e desapontamento aparecem na sequência entre os sentimentos negativos, com 30% e 19%. A pesquisa foi feita com 2 mil entrevistados em todo o País no início do fevereiro. Entre os sentimentos positivos sobre o governo, “esperança” foi citada por 28% dos entrevistados. “Confiança” (14%) e “admiração” (13%) vieram na sequência.

NAZISMO E COMUNISMO

O historiador e colunista Marco Antonio Villa defende que nazismo e comunismo são duas coisas totalmente diferentes, critica o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o filho Eduardo Bolsonaro (PSL-SP)

BRIGUEM, DESGRAÇADOS

A atriz e YouTuber bolsonarista Antonia Fontenelle acusou No último dia 14, em sua conta do YouTube, o secretário de Cultura Mário Frias e o empresário bolsonarista Otávio Fakhoury de oferecerem verbas para projetos culturais. Em troca, a atriz teria o projeto cultural que quisesse aprovado pelo secretário. "Vamos conversar, eu te coloco com ele, você traz o seu projeto cultural, o que quer que você peça será aprovado", teria oferecido o empresário.

Frias, por sua vez, avisou que vai processar Fontenelle para ela "aprender a se responsabilizar pelos próprios atos". "Eu sei, Fontenelle, que você é uma pessoa ressentida e amargurada, que vive de criar polêmicas e essas acusações falsas com seu discurso de quinta para atrair a atenção do público. Contudo, agora você extrapolou", afirmou. Veja abaixo:

A confusão entre Frias e Fontenelle prosseguiu na manhã de quarta-feira (16) no Twitter, com a entrada do Secretário Nacional de Incentivo e Fomento à Cultura, André Porciuncula, que entrou na pendenga para defender o chefe.

“Vou lutar com todas as minhas forças pra vocês nunca se elegerem a nada. Não pelo o Bolsonaro, mas pelo país que não merece ter embustes machistas e ignorantes como vocês no poder. @mfriasoficial  e @andreporci”, escreveu a YouTuber.

MAMATA SUAVE

A maioria da família Gracie ostenta sua proximidade e não esconde a sua estreita amizade com o presidente Jair Bolsonaro e membros de seu governo. Em 2018 Robson Gracie, então presidente da Federação de Jiu-Jitsu do Rio de Janeiro, presenteou o presidente com uma faixa preta. Recentemente, o secretário de Cultura do governo, Mário Frias, gastou R$ 39,1 mil para viajar ao encontro de Renzo Gracie e supostamente tratar de uma produção audiovisual com o lutador aposentado da “arte suave”.

Em uma pesquisa no Portal da Transparência, encontramos pelo menos nove membros da família Gracie que receberam o auxílio emergencial de março até dezembro de 2020 e um que recebeu o Benefício de Prestação Continuada mesmo sem, aparentemente, atenderem aos requisitos para os benefícios sociais. Vale lembrar que não há nenhuma irregularidade em requerer o auxílio emergencial, desde que atendidos os critérios definidos pelo governo. Pelas regras, só podem se habilitar ao auxílio emergencial pessoa da família que recebesse até meio salário mínimo; ou aqueles cuja renda total familiar não ultrapassasse três salários mínimos.

CANALHA

A senadora Simone Tebet (MDB-MS) fez duras críticas ao procurador-geral da República, Augusto Aras, após o procurador criticar a atuação da CPI da covid-19 e alegar que a comissão não havia apresentado provas de irregularidades cometidas por autoridades. Durante a audiência pública na Comissão de Direitos Humanos do Senado Federal que ouvia o presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Barra Torres, na quarta-feira (16), Tebet afirmou que Aras foi “covarde e desonesto”.

GENTE DE BEM

O médico Márcio Antônio Souza Júnior tentou se justificar após a repercussão de um vídeo em que ele aparece acorrentando um homem negro pelos pés, mãos e pescoço e afirmando “vai ficar na minha senzala”. De família tradicional e conhecido em Goiás como Doutor Marcim, ele afirmou que tudo não passou de uma “zoeira”. “Aí, ó, falei para ele estudar, mas ele não quer. Então, vai ficar na minha senzala”, diz o médico na filmagem. O profissional de saúde fechou suas contas nas redes sociais.

ENTENDEU?

O Jornalista Kennedy Alencar desenhou para a sua colega do UOL, Fabíola Cidral, compreender a situação jurídica do ex-presidente Lula. A jornalista morista ficou “bege”...

FRASES DA SEMANA

“O sistema foi aprovado em lei. Tentaram mudar, mas o Congresso não apoiou. É assim na democracia. As urnas eletrônicas estão sendo usadas há 26 anos e [Bolsonaro] foi eleito com esse sistema”. (Fernando Azevedo e Silva, general e ex-ministro da Defesa do governo Bolsonaro)

“A leitura que eu tenho do presidente Putin é que ele é uma pessoa também que busca a paz. E qualquer conflito não interessa para ninguém no mundo. Mantivemos nossa agenda, por coincidência ou não, parte das tropas deixou a fronteira”. (Bolsonaro, em Moscou)

“Deixemos dito de modo a não pairar dúvida: violar a estrutura de segurança do Tribunal Superior Eleitoral abre uma porta para a ruína da democracia. Os que patrocinam esse caos sabem o que estão fazendo para solapar o estado de direito”. (Edson Fachin, futuro presidente do TSE)

“Muitas vezes aqui no Brasil nos comparamos com países mais pobres. Acho que devemos sonhar em alcançar o mesmo padrão de vida do povo norueguês. Devemos almejar a criação de uma sociedade igualmente rica e justa.” (Lula)

“Acredito que nós, que subimos naqueles palanques, temos mortos em nossas consciências. Todos nós antivacina fomos grandes covardes. Fomos às praças e, quando falávamos, sabíamos que as pessoas queriam escutar coisas fortes Fomos sacanas”. (Pasquale Bacco, médico italiano)

“Liberdade de expressão não é para vender arma, nem para propagar terrorismo, nem para apologia ao nazismo. Também não é para marginais atacarem a democracia.” (Luís Roberto Barroso, ministro do Supremo Tribunal Federal)

“Não dá para a gente votar no Bolsonaro para protestar contra o desastre econômico e de corrupção do PT e do Lula. E, agora, votar no Lula para protestar contra o desastre que Bolsonaro representa. É preciso ter calma e, acima de tudo, construir caminhos de diálogo”. (Ciro Gomes)

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Victor Barone

Jornalista, professor, mestre em Comunicação pela UFMS.


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