19/04/2024 - Edição 540

Mato Grosso do Sul

60% dos óbitos em MS são de pessoas que ou não tomaram vacina ou tomaram apenas uma dose

Publicado em 10/09/2021 12:00 -

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A live desta sexta-feira (10) para apresentação dos dados referentes a Covid-19 em Mato Grosso do Sul reforçou a necessidade da participação da sociedade no avanço da imunização e consequentemente a retomada da economia e ampliação da segurança das famílias. 

De acordo com o secretário de Saúde, Geraldo Resende, 60% das pessoas que foram à óbito em MS ou não tomaram nenhuma vacina ou tomaram só uma dose.

Cerca de 313 mil doses de vacinas estão nos municípios. “Precisamos redobrar o processo de imunização em MS e a parceria com os prefeitos continua sendo fundamental neste momento. É importante ter parcerias com os prefeitos, secretários municipais de saúde e equipes para que a gente faça a chamada D2, reforce a chamada D3 em idosos acima de 70 anos, e avance na imunização dos adolescentes”, enfatizou. 

Representando os prefeitos dos 79 municípios, o presidente da Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul (Assomasul) e prefeito de Nioaque, Valdir Junior reforçou a mensagem do secretário. “Vamos convocar os prefeitos para atuar aos sábados, domingos e feriados. Trabalho junto a nossa população, e nós precisamos fundamentalmente da presença da população. A gente vê muitos questionamentos a respeito da economia, da abertura dos comércios, e nós precisamos que a população colabore. Não adianta o prefeito, o governo montar uma estrutura, distribuir as doses e a população não comparecer. Precisamos dividir essa responsabilidade”.

Rogério Leite, presidente do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde (Cosems), e secretário de saúde de Corumbá celebrou a unidade e o engajamento de todos os secretários municipais e equipes para que Mato Grosso do Sul continue sendo referência nacional no combate a Covid. “A vacina resolve, faz com que a gente possa hoje ter uma nova realidade. Nosso comércio está aberto, nossas atividades econômicas estão funcionando, nossos filhos voltaram para a escola. Para que continuemos nesse processo, é preciso a participação e a colaboração de toda sociedade, porque a saúde não se constrói sozinha”. 

Dados Covid

Alguns dados não foram divulgados nesta sexta-feira (10) devido a instabilidades na base de dados do eSUS-VE. “Somos municiados pela base de dados do eSUS-VE que está fora do ar. Portanto, alguns dados não serão apresentados no boletim de hoje”, destacou o secretário de saúde, Geraldo Resende. 

De ontem para hoje foram confirmados 8 óbitos, que segundo Resende, ocorreram em datas anteriores e estavam em investigação. São 4 de Campo Grande, 2 de Dourados, 1 de Anastácio e outro de Aparecida do Taboado. 

Com essa atualização, a média móvel indica que na última semana foram 7,4 mortes diárias no Estado. Desde o início da pandemia, 9.455 sul-mato-grossenses não resistiram à doença.  

A fila de espera por leitos SRAG/Covid conta com 6 pessoas na central de regulação de Campo Grande. 

Entre os casos ativos no Estado, 206 são pacientes internados. São 76 em leitos clínicos e 130 em leitos de UTI. “Já tivemos uma média de 1.339 no início de junho, hoje temos 206. Um quadro totalmente diferente e que nos alegra, pois todas as medidas tomadas tinham o objetivo de reduzir as internações e o número de óbitos”, reforçou o secretário de saúde. 

A taxa de ocupação de leitos por macrorregião está em 57% na capital Campo Grande, 61% em Dourados, 40% em Três Lagoas e 47% em Corumbá. 

A taxa de contágio continua com tendência de estabilidade no Estado, e o indicador apresentado pela SES nesta sexta-feira ficou em 0.86. 

MS já tem pelo menos 17 variantes da covid-19

Com a confirmação de casos da variante Delta em Mato Grosso do Sul, o Estado já tem pelo menos 17 variantes registradas em seu território desde o início da pandemia do coronavírus. Este mapeamento genômico serve de base para avaliação das autoridades de saúde pública.

Os casos da variante de origem na Índia foram confirmados pela Secretaria Estadual de Saúde (SES) na última terça-feira (06), em dois pacientes de Campo Grande, um homem de 22 anos e uma mulher de 51, além de uma mulher 52 anos de Ladário. As amostras foram coletadas em 23 e 27 de julho deste ano.

Além da Delta, já foram confirmadas no Estado seis linhagens brasileiras, entre elas a Gama, surgida em Manaus, a P.2, com origem no Rio de Janeiro, e a B.1.1.28 e B.1.1.33, assim como outra subvariante da P.1 e a N.9, que é mutação da P.1.

Já da Europa foram confirmadas a B.1, B.1.1.274, B.1.1 e a B.1.1.44 (Reino Unido, Dinamarca e Islândia). Da América do Sul apareceram a B.1.212 e N.4 (Chile) e dos Estados Unidos surgiu a B.1.240.

Outras variantes tiveram linhagens em diferentes locais, entre elas a B.1.1.247 (Europa, Norte da África e Gâmbia), A.2.5.2 (Itália, EUA e Reino Unido) e a P.1.2 (Brasil, Argentina, Países Baixos, EUA e Espanha).  Ainda continua como dominante no território sul-mato-grossense a variante Gama, com 41% de incidência.

Estratégia

O secretário estadual de Saúde, Geraldo Resende, ressaltou que a meta do Estado é acelerar cada vez mais a vacinação para conter as variantes, inclusive a Delta. “Tivemos a confirmação que há a circulação da Delta desde julho no nosso território, e a nossa estratégia é avançar na aplicação da segunda dose e no reforço da terceira (dose) nos idosos”.

Com este avanço na imunização, o secretário espera que o impacto da Delta no Estado seja mínimo. “Peço aos prefeitos e secretários municipais que continuem neste esforço que tem sido feito, com destaque nacional na imunização, para que não tenham doses armazenadas em geladeiras e sim aplicadas nos braços dos cidadãos”.

De acordo com o Vacinômetro, 74% da população já foi vacinada no Estado ao menos com a primeira dose. Se levar em conta o público adulto este percentual chega a 93%. Para este grupo (adulto) a imunização completa (dose única ou segunda dose) já chegou a 64%. Mais de 15 mil idosos também já tiveram acesso a terceira dose de reforço.


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