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Cultura e Entretenimento

7 livros sobre racismo para comprar e entender a luta contra o preconceito

Publicado em 28/07/2021 12:00 -

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O racismo e a luta contra o preconceito são duas realidades constantes. No Brasil, mesmo considerado crime de acordo com a Lei nº 7.716/1989, não é raro ouvir falar ou presenciar esta violação que impacta o convívio social e gera desigualdades e violências contra a população negra. Alguns livros sobre o tema podem nos ajudar a entender um pouco melhor os diversos tipos de racismos e até de que forma podemos agir para combatê-lo.

Na lista a seguir, obras como Racismo Estrutural, do filósofo e professor Sílvio de Almeida, e Mulheres, Raça e Classe, da ativista Angela Davis, contribuem com a discussão para a luta antirracista

1. Racismo Estrutural

O conceito “racismo institucional” foi apresentado e discutido pela primeira vez na década de 1970 no livro Black Power, escrito por Kwame Turu e Charles Hamilton, que discutem como o racismo está infiltrado nas instituições e na cultura da sociedade.

A partir deste conceito, o escritor, advogado, filósofo e professor Sílvio de Almeida traz a obra Racismo Estrutural, na qual apresenta dados estatísticos e aborda como o racismo perpetua no âmbito social, político e econômico da sociedade brasileira.

Publicado pela Editora Jandaíra, o livro faz parte da coletânea Feminismos Plurais, coordenado pela filósofa e feminista negra Djamila Ribeiro, e pode ser encontrado gratuitamente, em sua versão digital para Kindle.

2. Pequeno Manual Antirracista

A obra Pequeno Manual Antirracista traz, em seus onze capítulos, discussões sobre racismo, negritude, branquitude, violência racial, cultura, desejos e afetos. O livro é vencedor na categoria Ciência Humanas do Prêmio Jabuti 2020, tradicional honraria literária brasileira concedida pela Câmara Brasileira do Livro.

Djamila Ribeiro, autora do livro, busca refletir com seus leitores sobre discriminações racistas estruturais enraizadas no campo social e a responsabilidade pela transformação do estado das coisas, que deve partir do reconhecimento de suas raízes e seus impactos na sociedade.

3. Eu sei por que o pássaro canta na gaiola

A obra Eu sei porque o pássaro canta na gaiola compõe um dos cinco volumes da autobiografia de Marguerite Ann Johnson, conhecida também pelo seu pseudônimo Maya Angelou, poetisa e personalidade influente na cultura afro-americana.

No livro, Angelou narra a sua história da infância até a adolescência, mostrando as dores e os fardos enfrentados pela garota negra criada no sul dos Estados Unidos por sua avó paterna e trazendo as temáticas de racismo, abuso e libertação

4. Americanah

Americanah é um romance nigeriano que, em suas 520 páginas, narra o primeiro amor da jovem Ifemelu com Odílio, que acontece ao mesmo tempo em que o país onde o casal vive enfrenta tempos sombrios sob um governo militar. Ifemelu muda-se para os Estados Unidos, mas em sua jornada pelo país norte-americano acaba tendo que lidar com questões raciais.

O best-seller é escrito por Chimamanda Ngozi Adichie, autora feminista nigeriana, com forte influência nas lutas pela igualdade de raça e gênero. No Brasil, foi publicado pela editora Companhia das Letras.

5. A cor púrpura

Ganhador do Prêmio Pulitzer, A cor púrpura é um drama escrito pela autora Alice Walker que se passa entre os anos de 1900 a 1940 e conta a história da personagem Celie. A jovem negra de origem humilde e praticamente analfabeta é exposta à violência sexual, forçada a casar e ainda sofre agressões físicas e morais do marido.

Um enredo que, além de triste, traz críticas e reflexões sobre violência doméstica, patriarcalismo e a luta por igualdade de gênero, etnia e classe social. A obra, inclusive, inspirou o filme homônimo, dirigido por Steven Spielberg e lançado em 1985. No Brasil, a 12º edição do livro lançada em 2009 é publicada pela editora José Olympio, com 336 páginas.

6. Mulheres, Raça e Classe

Compondo uma das mais importantes obras literárias, Mulheres, Raça e Classe traz, pela escrita da professora e filósofa estadunidense Angela Davis, reflexões sobre as raízes das opressões, com destaque para discussões sobre a escravidão e seus impactos, a desumanização da mulher negra, o abolicionismo e outras questões raciais que afetam a sociedade.

O livro foi publicado no Brasil pela editora Boitempo com as dimensões ‎ 22,6 x 15,8 x 1,6 cm e 248 páginas em capa comum.

7. Racismo linguístico: os subterrâneos da linguagem e do racismo

Publicado pela editora Letramento em 2019, o livro escrito pelo autor Gabriel Nascimento busca apresentar ao leitor a complexidade da desigualdade racial no Brasil por meio de uma análise entre a linguagem e o racismo. Com linguagem considerada didática e texto fluido, a obra possui 124 páginas.


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