16/04/2024 - Edição 540

Saúde

Estudo mostra papel de medidas preventivas durante vacinação da Covid-19

Publicado em 04/06/2021 12:00 -

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Conforme o mundo avança na imunização contra a Covid-19, alguns países começam a estabelecer o fim da obrigatoriedade do uso de máscaras às pessoas que já foram completamente vacinadas – como os Estados Unidos, que anunciaram a medida no último dia 13 de maio. Ao mesmo tempo, ao considerar o percentual da população imunizada em algumas dessas localidades, pesquisadores têm expressado temor quanto a um possível descontrole regional da pandemia.

É o que indica uma simulação publicada no periódico Jama Network Open nesta terça-feira (1), que investigou o papel das intervenções não farmacêuticas – a exemplo do uso de máscaras e distanciamento social – na redução da disseminação do novo coronavírus, à medida em que as pessoas são vacinadas na Carolina do Norte, nos Estados Unidos.

Para tanto, a pesquisa considerou três cenários de cobertura vacinal no estado, que tem uma população de cerca de 10 milhões de habitantes: 25%, 50% e 75%. A fim de observar se o potencial de uma vacina contra a Covid-19 afetaria os resultados da análise, o estudo também considerou dois percentuais de eficácia do imunizante, 50% e 90%.

A simulação revela que, em todos os casos, retirar a adoção obrigatória das medidas preventivas levaria a um aumento na média de infecções pelo novo coronavírus. Na pior hipótese (25% de cobertura e 50% de eficácia da vacina), por exemplo, no intervalo de 11 meses após o início da vacinação, manter o uso de máscara e distanciamento social reduziu as infecções em uma média de 15% em comparação com o mesmo cenário sem as estratégias. “Assim que você começa a relaxar o uso da máscara e o distanciamento físico com qualquer percentual da população vacinada, você vê um aumento nos casos”, observa, em comunicado, Mehul Patel, líder da investigação. 

O estudo mostra, ainda, que o percentual de pessoas vacinadas parece ser mais relevante do que o nível de eficácia da vacina em uso. Um exemplo ilustra essas conclusões: enquanto um cenário com 75% de cobertura vacinal e 50% de eficácia do imunizante levou a uma média de infecções de 13%, a hipótese com uma vacina mais eficaz (90%), mas com menor taxa de pessoas vacinadas (25%), registrou uma média de 8% de novos casos. Isso sugere que a cobertura da vacina teve uma associação maior com a redução de infecções do que a sua eficácia quando os hábitos são relaxados, afirma o documento.

Para os pesquisadores, esses resultados destacam a importância da adesão contínua à máscara e ao distanciamento enquanto a população é imunizada – particularmente em cenários de menor cobertura vacinal –, antes de retomar com segurança atividades pré-pandêmicas. “Até atingirmos cerca de 50% da população vacinada [na Carolina do Norte], há maior potencial de propagação da doença se removermos as medidas não farmacêuticas”, avalia Patel. Até o dia 1 de junho de 2021, o estado norte-americano havia administrado as duas doses em 38,9% de seus habitantes.

Treze estados estão com UTI lotadas e colapso na saúde é iminente

Com o avanço- da pandemia, pelo menos 13 estados e o Distrito Federal estão com poucas vagas em leitos de UTI e as filas não param de crescer.

Os estados mais problemáticos são: Ceará, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Paraná, Pernambuco, Rio de aneiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Sergipe e Tocantins.

São Paulo também tem alguns municípios com filas em UTI, porém, o governo de João Doria (PSDB) não sabe precisar qual é o tamanho da fila, pois, o controle e descentralizado.

A fila por uma vaga na UTI triplicou no Rio Grande do Sul. No dia 4 de maio eram 23 pessoas no aguardo, em 31 de maio passou para 58. No Rio Grande do Norte são 93 pessoas, sendo que a maioria das que aguardam não são pessoas idosas.

Por sua vez, o Rio de Janeiro, até o dia 31 de maio tinha 93 pessoas em espera.

O caso mais grave é no Paraná, a taxa de ocupação das UTIs e de 96% e a fila por uma vaga quadruplicou.


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