26/04/2024 - Edição 540

Mato Grosso do Sul

Nos primeiros 19 dias de março MS registrou 417 mortes por coronavírus

Publicado em 19/03/2021 12:00 -

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A secretária adjunta da Saúde, Dra. Cristhine Maymone, alertou nesta sexta-feira (19) para o grande número de municípios sul-mato-grossenses na faixa vermelha, de alto grau de risco, são 44 de acordo com a avaliação do Programa Prosseguir. Segundo o levantamento 29 municípios regrediram de bandeira, ficando em situação pior e 11 melhoraram em relação ao cenário anterior.

Já o secretário de Saúde Geraldo Rezende lamentou os números do boletim epidemiológico de hoje: 200.017 casos confirmados, 1.222 casos novos, média móvel de 1.083,9.

Foram registrados ainda mais 36 óbitos por Covid-19. Totalizando 3.775 mortes. E a média móvel vai a 30,3 mortes por dia. São 417 óbitos só neste mês de março, o mês com mais mortes durante toda a pandemia, destacou o secretário de saúde.

Na Capital, Campo Grande, classificada pelo Programa Prosseguir na bandeira cinza de grau extremo, foram registrados 21 óbitos. Outros quatro são de Dourados. Três de Camapuã. E dois de Naviraí e Sonora. São Gabriel do Oeste, Três Lagoas, Sidrolândia e Ponta Porã registraram um óbito cada.

Outra preocupação do Secretário são os 8.182 casos que aguardam encerramento nos municípios, ele voltou a pedir empenho das secretarias municipais de saúde para conclusão.

Hoje 11.101 infectados estão em tratamento, porém em isolamento domiciliar. Precisaram de internação 968 pessoas. 553 ocupam leitos clínicos e outros 415, que são casos mais graves, já ocupam leitos de UTI.

Isolamento baixo

Apesar dos apelos das autoridades públicas e sanitárias do Governo do Estado, Mato Grosso do Sul aparece nas últimas colocações em relação ao índice de isolamento social em todo o Brasil, estando na 25° posição entre os estados, com 31,3%. Só fica em situação melhor que Santa Catarina e Espírito Santo.

Os dados são referentes Ao último dia 17, produzindo o mapa nacional e o ranking de todos os estados. Quem lidera o quesito é Sergipe com 43,70% de isolamento, seguido por Pará (43,45%), Ceará (43,43%), Acre (39,69%), Rondônia (38,22%), Amazonas (37,84%) e Maranhão (36,75%).

Nas últimas colocações do ranking nacional aparecem Mato Grosso (32,17%), Rio de Janeiro (32,06%), Mato Grosso do Sul (31,3%), Santa Catarina (30,45%) e Espírito Santo (30,35%).  O Estado sempre apresentou um “efeito gangorra” no índice nacional, sendo que há um ano, quando começou a pandemia, o percentual estava em 42,38%, com variação entre 29% a 58,3% nos municípios.

Já no mês seguinte, em abril, a média ficou abaixo de 40%, tendo um aumento e chegando a 47,3% no dia 29 daquele mês. Nos meses seguintes houve redução do percentual e apenas no final de agosto, devido à queda acentuada das temperaturas, o Estado chegou a 40,4% de isolamento social.

No final do ano passado, no feriado de Natal, Mato Grosso do Sul chegou a 49%, ficando na 12° colocação no ranking nacional. Já no levantamento feito no último domingo (14), o Estado aparecia na última colocação com 42,4%.

O levantamento divulgado ontem (18) ainda mostra Campo Grande na última colocação no índice entre as capitais, com 31,17%. Belém (PA) lidera o ranking com 49,33%, seguido por Aracaju (47,73%) e Fortaleza (44,68%).

“Nós precisamos que a população nos ajude cumprindo as medidas de biossegurança e evitem aglomerações. A doença avança mais rápido do que conseguimos ampliar mais leitos. Precisamos que os municípios também cumpram as medidas adotadas pelo decreto e sigam as recomendações do Prosseguir”, afirmou o secretário estadual de Saúde, Geraldo Resende.

Está em vigor desde o último domingo (14) o novo toque de recolher definido pelo governador Reinaldo Azambuja, que segue até o dia 27 de março. Durante este período ele inicia às 20h e segue até às 5 da manhã. Neste horário só podem funcionar os serviços de saúde, transporte, alimentação por meio de delivery, farmácias e drogarias, funerárias, postos de gasolina e indústrias, assim como aqueles considerados essenciais.

Aos sábados e domingos, os serviços que não são classificados como de natureza essencial terão regime especial de funcionamento. Só poderão abrir e atender o público entre 5 e 16 horas. Os estabelecimentos devem funcionar no máximo com 50% de sua capacidade, seguindo ainda outras medidas de biossegurança, como distanciamento social, de um metro e meio entre as pessoas.


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