28/03/2024 - Edição 540

Viver Bem

Metade dos brasileiros está insatisfeita com a vida sexual

Publicado em 04/02/2014 12:00 -

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Uma pesquisa mostrou que 51% dos homens e 56% das mulheres brasileiras se declaram infelizes com a vida sexual. Ainda, 93% admitem manter tabus em relação ao sexo.

O estudo Durex Global Sex Survey entrevistou pela internet 1.004 homens e mulheres com idades entre 18 e 65 anos no Brasil. Outros 36 países participaram do estudo. Ao todo, a levantamento entrevistou 29 mil pessoas.

As causas para essa infelicidade, segundo o estudo, são diversas. Uma delas é a dificuldade para reconhecer disfunções sexuais. Mais de 60% dos entrevistados têm bloqueios em admitir problemas relacionados à sexualidade.

Uma das causas desta infelicidade é a dificuldade para reconhecer disfunções sexuais.

A falta de comunicação entre os casais também é apontada. "Embora haja maior consciência individual sobre a sexualidade, a ausência de diálogo ainda é um entrave para a satisfação", explica Carmita Abdo, psiquiatra e coordenadora do Programa de Estudos em Sexualidade do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo, que esteve presente na divulgação da pesquisa.

A especialista acredita que o comportamento sexual de homens e mulheres no Brasil ainda é mediado por tabus que dificultam a comunicação entre parceiros. "Nem todo mundo sabe quais são suas vontades e de que maneira é possível comunicá-las", explica.

"As mulheres se conhecem mais, mas ainda têm medo de magoar o parceiro", afirma a psiquiatra. "E no fundo o homem quer saber e prefere que ela fale."

Mesmo com essa insatisfação, mais de 60% dos brasileiros acreditam ser possível manter o entusiasmo no sexo em relacionamentos mais longos e 82% declaram ter pelo menos uma relação sexual por semana.

Diferenças entre gêneros

O estudo revela que 28% das mulheres chegam ao orgasmo mais facilmente com a masturbação, contra 17% dos homens. Durante a relação sexual, só 22% delas afirmam chegar frequentemente ao clímax –entre os homens esse número chega a 56%.

Essas diferenças também se demonstraram em relação à aprovação da prática do sexo casual: 24% dos homens se declaram contra. Entre as mulheres, essa desaprovação é de 40%.

O sexo com alguém que não seja o parceiro é considerado traição por 91% das mulheres – esse índice cai para 78% entre os homens.

Também 12% dos homens afirmam fazer sexo diariamente, contra 5% das mulheres.

Seguro e liberal

Brasileiros tendem a ter mais atividades durante o sexo, além da penetração, quando comparado a média global. Enquanto no restante do mundo a prática de sexo anal é de 8%; no Brasil, esse índice sobe para 15%. Também 50% dos brasileiros recebe sexo oral, contra 33% da média mundial.

O Brasil registrou a maior proporção no uso do preservativo durante a primeira relação sexual (66%), seguido da Grécia (65,5%) e Coreia do Sul (62,8%).


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