19/04/2024 - Edição 540

Ágora Digital

O mito da ‘anti-ciência’

Publicado em 02/09/2020 12:00 - Victor Barone

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Poderia ter sido ‘apenas’ mais um entre tantos disparates ditos por Jair Bolsonaro a seus apoiadores. No último dia 31, abordado por uma mulher (“Ô, Bolsonaro, não deixa fazer esse negócio de vacina, não, viu? Isso é perigoso”, pediu ela), o presidente cravou: “A vacina… ninguém pode obrigar ninguém a tomar vacina”.

Isso seria suficientemente grave, mas a Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom) conseguiu piorar o cenário, amplificando (e institucionalizando) a declaração ao publicá-la com destaque nas redes sociais. No post, as aspas do presidente vêm numa imagem que carrega o logotipo da Secom. Junto dela, um texto diz que “TUDO será feito, mas impor obrigações definitivamente não está nos planos”, e que “o governo do Brasil preza pelas liberdades dos brasileiros”.

Vacinas compulsórias não são uma realidade no mundo todo, é claro. Nos últimos anos, os prejuízos à saúde pública gerados pelos movimentos antivacina (os surtos de sarampo na Europa e nos Estados Unidos são a face mais visível disso) têm levado vários governos a discutir e aprovar leis que estabelecem a obrigatoriedade para algumas delas. Não há unanimidade nesse debate, mas nenhum dos argumentos sérios contra a iniciativa se baseia no ‘perigo’ dos imunizantes. 

No Brasil, a fala de Bolsonaro é simplesmente mentirosa. Um sem número de reportagens lembrou que, sim, a Constituição permite ao governo criar mecanismos para obrigar que as pessoas se vacinem. Vários outros dispositivos legais reforçam isso, inclusive o Estatuto da Criança e do Adolescente. Aliás, todos sabem que há um calendário obrigatório de imunização infantil (burlado por um punhado de famílias antivacina no país). O mais interessante é que a chamada Lei da Quarentena, publicada em fevereiro e sancionada pelo próprio presidente, também estabelece a possibilidade de vacinação compulsória. 

O STF vai decidir em breve se pais podem não vacinar os filhos com base em “convicções filosóficas, religiosas, morais e existenciais”. Porém, embora exista, o movimento antivacina ainda não é forte por aqui. Ontem mesmo comentamos que a cobertura vacinal vem caindo desde 2016, mas por enquanto especialistas acreditam que se trate muito mais de sucateamento da atenção básica e de falta de acesso aos imunizantes do que da hesitação da população. Recentemente, o Datafolha mostrou que 89% dos brasileiros têm intenção de tomar a vacina contra a covid-19 assim que isso for uma possibilidade – o que contrasta com os Estados Unidos, por exemplo, onde só metade da população está confiante em tomá-la. 

Só que, como escreve Bernardo Mello Franco, n’O Globo, “o Capitão Corona está em busca de um novo inimigo“. Resta saber o tamanho do estrago que vai conseguir causar.

Por Outra Saúde

A única coisa realmente bem distribuída no mundo é a tolice. É grande a quantidade de tolos. E como não há vacina contra asneira, todos correm o perigo de contágio. Em matéria de imunização, o governo decidiu roçar as fronteiras do impensável. No início da semana, o ministro interino da Saúde, o general paraquedista Eduardo Pazuello, nomeou um veterinário, Laurício Monteiro Cruz, para o cargo de Diretor do Departamento de Imunização e Doenças Transmissíveis, responsável pelo gerenciamento do programa nacional de vacinação.

No dia seguinte, o presidente falou sobre vacinas como se estivesse com os pés no século 21 e a cabeça na era proterozoica, que é anterior ao aparecimento dos animais na Terra. Uma devota de Bolsonaro levantou a bola no cercadinho do Alvorada para que o presidente falasse sobre vacinação: "Ô, Bolsonaro, não deixa fazer esse negócio de vacina, não! Isso é perigoso." E o presidente concluiu o lance com uma cortada: "Ninguém pode obrigar ninguém a tomar vacina."

Numa evidência de que a tolice é altamente contagiosa, a Secretaria de Comunicação do governo transformou a fala proterozoica do presidente em peça de propaganda. E se apressou em anotar nas redes sociais: "O governo do Brasil preza pelas liberdades dos brasileiros".

Chegamos, então, ao seguinte quadro: o governo é comandado por um presidente que, há duas semanas, disse em viagem ao Pará que as mais de 100 mil mortes que o coronavírus produziu no Brasil não existiriam se os doentes tivessem sido tratados desde o início com hidroxicloroquina. Esse mesmo Bolsonaro que trata como vacina um remédio sem eficácia confirmada, desdenha de uma vacina que o mundo aguarda com ansiedade.

Num mundo convencional, havendo uma doença, vacina-se o povo e está tudo resolvido. No caso do novo coronavírus, aguarda-se ansiosamente pelos testes que validarão as vacinas. Antes da conclusão, Bolsonaro trata da vacinação não como um presidente, mas com a displicência de um curandeiro. Em vez de esclarecer, confunde.

Por Josias de Souza

HISTÓRIA SEM FIM

É impressionante o quanto a campanha do governo federal pelo uso da hidroxicloroquina trouxe e ainda traz consequências, mesmo depois de todo o conhecimento que já se produziu a esse respeito. Uma reportagem da Agência Pública mostra que em ao menos nove estados brasileiros há grupos de procuradores e promotores pressionando pela distribuição do medicamento no SUS. Fazem isso por meio da publicação de recomendações e, até mesmo, por ações judiciais que obrigam prefeitos a oferecer o remédio. Em ao menos três casos, os procuradores têm ligação com o ‘MP Pró-Sociedade’, um grupo com bandeiras como o fim da “bandidolatria” e a defesa da educação como “prerrogativa da família”.

Segundo o Conselho Nacional do Ministério Público, nem caberia aos MPs conduzir esse tipo de ação. “Em junho, o órgão emitiu uma recomendação de que, quando não houver consenso científico sobre uma política pública, é atribuição do gestor escolher o que será feito e de que não cabe ao MP adotar ‘medida judicial ou extrajudicial’ para tentar interferir ou mudar a decisão”, nota a matéria.

Ainda na seara dos medicamentos sem eficácia comprovada, a Anvisa deixou de exigir a retenção de receita para a venda de ivermectina e nitazoxanida em farmácias, por entender que não há mais risco de desabastecimento. Para cloroquina e hidroxicloroquina, porém, a exigência permanece.

Por Outra Saúde

CONTRA A PORTARIA

Rodrigo Maia (DEM-RJ) classificou como “ilegal” e “absurda” a portaria do Ministério da Saúde que obriga médicos a avisar à polícia quando uma mulher procura aborto em caso de estupro. “Não é o Ministério da Saúde que pode tomar a decisão como tomou, uma interferência em uma lei”, disse o presidente da Câmara, afirmando que, se o governo não voltar atrás, será preciso ir ao STF para sustar o documento. Na sexta passada, um conjunto de parlamentares apresentou um projeto de decreto legislativo para que o próprio Congresso revogue a portaria. 

O líder do governo no Senado, Fernando Bezerra (MDB), já disse que pode haver “a eventual revogação ou ajustes“. Senadores vão discutir a portaria com o ministro interino, Eduardo Pazuello, numa videoconferência no próximo dia 9. 

Em tempo: o médico Olimpio Barbosa de Moraes Filho, que realizou o aborto legal na menina de dez anos estuprada pelo tio, foi denunciado ao Conselho Regional de Medicina de Pernambuco. A queixa, do Movimento Legislação e Vida, cita que o procedimento só poderia ser realizado até a 22a semana de gestação. Aconteceu quatro dias mais tarde – uma diferença pequena, e só porque a menina demorou a ser atendida. Ela deu entrada no SUS antes das 22 semanas. 

Por Outra Saúde

ELITE

Os juízes usufruem de dois meses de férias por ano. A lógica desse privilégio é como o fenômeno paranormal. Os magistrados juram que existe. Mas ver mesmo o brasileiro que financia o mimo nunca viu. Dias Toffoli conseguiu deixar a coisa ainda mais ilógica.

Presidente do Supremo Tribunal Federal e do Conselho Nacional de Justiça, Toffoli ordenou aos tribunais que comprem 20 dias das férias dos magistrados que quiserem fazer ao país o favor de reduzir o ócio anual para "apenas" 40 dias. A ordem de Toffoli é um escracho a serviço do esbulho.

Dizia-se que os juízes precisam de 60 dias de repouso porque ralam como mouros e ainda levam trabalho para casa. O despacho de Toffoli é um escracho porque a conversão obrigatória de 20 dias das férias dos doutores em dinheiro é evidência de que os dois meses de repouso são desnecessários.

O impacto orçamentário será "baixíssimo", alega Toffoli. Ele surfa o coronavírus para sustentar que o home office provocado pela pandemia resultou em redução de despesas. O lero-lero tem cara de esbulho porque expõe o lado mais delicioso de um privilégio: o direito de torrar o dinheiro alheio como se fosse verba grátis.

Num cenário de normalidade, as férias de 60 dias dos magistrados já seriam inaceitáveis. A coisa se torna escandalosa num ambiente de pandemia em que mais de 30 milhões de brasileiros ralam na informalidade, sem direitos trabalhistas, e quase 13 milhões de patrícios desfrutam das férias compulsórias do desemprego.

Dizer que os juízes brasileiros perderam o contato com as pessoas que lhes pagam os salários é muito pouco para traduzir a alienação. Na verdade, os doutores desconectaram-se da realidade.

Por Josias de Souza

QUE COMECE LOGO

O ministro Luís Roberto Barroso decidiu homologar parte do atrasado plano da União para conter a covid-19 nas aldeias. Como sabemos, o documento não nasceu no governo de livre e espontânea vontade, mas foi fruto de ação da Apib (Articulação dos Povos Indígenas do Brasil) junto com partidos políticos. Barroso afirmou que o plano ainda precisa de melhorias, mas, como o tema é urgente, estabeleceu que ele deve ser iniciado assim mesmo e corrigido com o tempo. Uma das mudanças tem que ser a data para implementação de barreiras. Em áreas classificadas como ‘Prioridade 2’, o governo propôs que elas só fossem instaladas em dezembro, mas, segundo Barroso, isso precisaria acontecer em outubro.

E o cacique Raoni foi diagnosticado com covid-19. Na sexta passada, foi internado com sintomas de pneumonia. Segundo a família, já está se recuperando.

‘GUARDIÕES DO CRIVELLA’

Reportagens da TV Globo denunciaram um esquema da prefeitura do Rio de Janeiro para atrapalhar deliberadamente o trabalho de jornalistas na porta de hospitais da cidade. Várias vezes, repórteres que entram ao vivo são interrompidos por gritos em defesa do prefeito ou do presidente Jair Bolsonaro. As gravações mostram entrevistas sendo ‘invadidas’ por pessoas que parecem aleatórias vindo bater boca com os entrevistados (usuários dos hospitais contando suas queixas) e com os próprios jornalistas.

Acontece que essas pessoas não são aleatórias, mas funcionários contratados pela prefeitura que dão expediente ao redor das unidades de saúde com esse objetivo específico. O RJ2 apurou que há toda uma organização via grupos de WhatsApp (um deles se chama “Guardiões do Crivella”) em que os funcionários são divididos em escalas diárias com horários estabelecidos. Um dos números de telefone nos grupos, aliás, aparece registrado como sendo do próprio prefeito.

Os funcionários precisam mandar selfies quando começam o ‘plantão’ e depois vão enviando mensagens sobre vitórias ou derrotas: “Quem está no Rocha [Hospital Municipal Rocha Faria]?? Gente, muito triste, não derrubamos a matéria (…) Não pode haver falta, nem atraso. Falhamos no Rocha Faria. Inaceitável”, diz, numa das mensagens, Marcos Paulo de Oliveira Luciano, assessor especial do gabinete do prefeito cujo salário, em julho, era de R$ 10,7 mil. Segundo um dos ex-membros do esquema, que não se identificou na matéria, Marcos Luciano é o “chefão geral”. E há ameaças de demissão para quem não cumpre os combinados. Procurada, a prefeitura não negou a existência dos grupos, mas disse que o esquema serve para “melhor informar a população”… 

Depois da denúncia, a bancada do PSOL na Câmara vai formalizar um pedido de impeachment de Crivella. A vereadora Teresa Bergher (Cidadania) vai pedir a instauração de uma CPI que investique a atuação dos funcionários.

Por Outra Saúde

 O CIAUS DE DELTAN?

O Procurador do Power Point diz que vai se dedicar ao tratamento de saúde da filha, mas afirma que ‘decisões tomadas em Brasília’ afetarão o trabalho da operação Lava Jato.

ROUBANDO DE BRAÇADA

“Estão roubando de braçada no Brasil”, afirmou o humorista Marcelo Adnet em seu programa Sinta-se em Casa, da Globoplay, do último dia 1º, com uma imitação do ex-governador do Ceará e ex-candidato à presidência pelo PDT Ciro Gomes. A frase se refere ao caso que envolve o ministro da Economia, Paulo Guedes, um dos fundadores do banco BTG Pactual. O banco privado comprou carteira de crédito do Banco do Brasil, avaliada em R$ 3 bilhões, por R$ 371 milhões.

“Isso não é o camarada que pula o muro, porque está com fome e rouba a galinha do vizinho para comer. Isso é comprar papéis do Banco do Brasil, que têm o valor de R$ 3 bilhões, com ‘b’ de bananada, e comprar por um pouco mais de R$ 300 milhões, com ‘m’ de mariola. Isto é, estão roubando de braçada no Brasil. Eu tenho dito isso e nós temos que repercutir isso. Cria aí, turma boa, uma hashtag simples: #Paulo Guedes, por que será que o seu banco comprou por 300 e poucos milhões papéis públicos do Banco do Brasil, que pertence ao povo soberano brasileiro, de 3 bilhões de reais…”, disse Adnet.

O “verdadeiro” Ciro Gomes já havia se manifestado sobre a operação altamente lucrativa. O caso levou à censura do site editado pelo jornalista Luis Nassif, o portal GGN, que fez reportagens com as denúncias da operação. “Sabe quantas vezes na sua história o Banco do Brasil fez isso? Nunca”, disse Ciro Gomes.

As reportagens tratam da estranha venda de “créditos podres” do Banco do Brasil para o BTG Pactual. São títulos cujos lucros são difíceis de restituir até mesmo para um banco público como o Banco do Brasil. E ainda é mais estranho que um banco privado de menor capacidade, como o BTG, esteja interessado neles.

A decisão de determinar a censura foi da 32ª Vara Cível do Rio de Janeiro. Ela obrigou o GGN a tirar do ar a série de reportagens, sob pena de pagamento de multa diária de R$ 10 mil. Além de Nassif, as reportagens são assinadas também por Patricia Faermann.

CONSULTA AO CLÃ

Por 14 votos contra um, a corte especial do Superior Tribunal de Justiça decidiu manter o governador do Rio afastado. Wilson Witzel (PSC) é investigado pela Procuradoria-Geral da República por desvios nos recursos da saúde durante a pandemia. Ele nega e coloca dúvidas sobre as motivações do processo. 

Segundo a Folhagovernador interino Cláudio Castro (PSC), “já avisou a aliados que pretende consultar o clã presidencial sobre a sucessão na Procuradoria-Geral de Justiça do Rio, onde tramitam casos de interesse da família, como o inquérito do suposto esquema de rachadinha no gabinete do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) quando era deputado estadual”. 

GENTE DE BEM

A youtuber bolsonarista Sthefanny Brunna “Teff” Ferrari está acusando um dos colaboradores do portal Terça Livre de agressão verbal e física, além de ameaça. Ela chegou a pedir medida protetiva de urgência contra o ex-namorado Mauro Fagundes. Ambos já se encontraram com o presidente Jair Bolsonaro.

Em boletim de ocorrência compartilhado por ela nas redes sociais, Teff Ferreira cita que, durante uma discussão, foi ameaçada e xingada de “vagabunda” por Mauro. “Se você tentar fazer alguma coisa contra mim, você vai se ferrar. Você não sabe com quem você está mexendo”, teria dito o ex-namorado. Em seguida, a youtuber relata que Mauro a pegou pelo braços e passou a sacudi-la, empurrando-a em seguida.

Teff Ferreira também acusa o blogueiro de ter tirado fotos íntimas suas enquanto estava dormindo, sem seu consentimento. Ele teria ameaçado expor as imagens nas redes sociais, bem como entre amigos em comum.

Teff Ferrari fez um crowdfunding para se mudar para Brasília e foi abrigada na mansão do próprio Allan dos Santos, editor do Terça Livre. Depois, ganhou um cargo de secretária no gabinete da deputada Carla Zambelli (PSL-DF), embora tenha sido aprovada no auxílio emergencial de R$ 600 do governo. Ela recebe R$ 6 mil por mês no cargo público.

Com a exposição do caso nas redes sociais, Allan dos Santos foi ao Twitter nesta terça-feira (1º) para ameaçar a youtuber. “Alguém fale para a Srta. Sthefanny Brunna Ferrari parar de divulgar difamações contra a minha empresa? Senão serei obrigado a resolver isso nos tribunais. Não tolerarei que atrapalhem o ganha-pão de mais de 30 pessoas”, escreveu.

Alguém fale para a Srta. Sthefanny Brunna Ferrari parar de divulgar difamações contra a minha empresa? Senão serei obrigado a resolver isso nos tribunais. Não tolerarei que atrapalhem o ganha-pão de mais de 30 pessoas.

— Allan Dos Santos(@allanldsantos) September 1, 2020

a minha dignidade, a minha honra, a minha lealdade aos meus amigos, isso JAMAIS será roubado de mim. Eu não formo opinião de ninguém, eu mostro fatos, julguem, decidam, eu vim de cara limpa, humildemente, mostrar pq eu andei tão triste, https://t.co/agBhJlDhln

— Teff Ferrari (@teff_ferrari) August 31, 2020

FRASES DA SEMANA

“Lembram de um ex-ministro que virou marqueteiro da Globo? O Mandetta. O que ele falava? Fica em casa, quando tiver falta de ar você vai para o hospital. Para ser entubado. E para isso precisa de respirador. Se o respirador era R$ 30 mil, ele pagava R$ 200 mil”. (Jair Bolsonaro)

“Rachadinha, aqui não tem Kopenhagen para você se esconder. Deixe de ser covarde e pare de arregar para a nossa acareação! O que as pessoas de bem querem saber é: Porque Michelle recebeu 89 mil reais de Queiroz?”. (De Paulo Marinho, empresário, para Flávio Bolsonaro)

“A ONU não teve um papel relevante nesse momento de combate à pandemia. Não houve uma única reunião do conselho de segurança para tratar desse assunto. E se questiona fortemente o desempenho da Organização Mundial da Saúde”. (Hamilton Mourão, vice-presidente da República)

“Eu falo do Bolsonaro porque ele é um cara honesto. E o que o Brasil estava precisando era de pessoas honestas para limpar essa ‘disgramaiada’ que tava ai, tudo roubando a gente”. (Bruno, da dupla de cantores sertanejos Bruno e Marrone)

Sabemos da necessidade desses que recebem o auxílio emergencial. E ele é pouco para quem recebe, mas muito para quem paga. Vocês gastam por mês R$ 50 bilhões neste auxílio”. (Jair Bolsonaro)

“O direito de espernear. Todo mundo tem o direito de espernear. Vamos aguardar”. (Hamilton Mourão, vice-presidente da República, sobre o governador Wilson Witzel, do Rio, que afastado do cargo jura ser inocente e vítima de perseguição. Flávio Bolsonaro diz a mesma coisa

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Victor Barone

Jornalista, professor, mestre em Comunicação pela UFMS.


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