28/03/2024 - Edição 540

Mato Grosso do Sul

MS tem 21 mortes por coronavírus e 1.997 confirmados: Dourados é município mais atingido

Publicado em 05/06/2020 12:00 -

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Com mais 72 exames positivos para coronavírus (Covid-19) nas últimas 24 horas, o número de casos confirmados da doença no Estado chega a 1.997. Foi registrado um óbito de moradora de Campo Grande, passando para 21 mortes pela doença em Mato Grosso do Sul. As informações foram apresentadas nesta sexta-feira (5).

Dos 1.997 casos confirmados, 972 estão em isolamento domiciliar, 957 estão sem sintomas e já estão recuperados. 48 estão internados, sendo 25 em hospitais públicos e 23 em hospitais privados. Um paciente internado é procedente de fora do Estado. Foram registrados 21 óbitos.

Desde o dia 25 de janeiro, foram registradas 15.189 notificações de casos suspeitos da coronavírus em Mato Grosso do Sul. Destes, 11.184 foram descartados após os exames darem negativo para Covid-19 e 21 foram excluídos por não se encaixarem na definição de caso suspeito do Ministério da Saúde. 630 exames aguardam resultado do Lacen. 1.378 casos foram notificados e não foram encerrados pelos municípios.

Os dados publicados a partir de 19 de maio têm como fonte de dado o sistema de informações oficiais SIVEP Gripe e E-SUS VE. Esses dados são alimentados pelos municípios. Os dados estão sujeitos a alteração pelos municípios nos sistemas de informação oficial. 

Os 630 casos suspeitos em investigação tiveram as amostras encaminhadas para o Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen/MS), onde será feito o exame para nove tipos de vírus respiratórios, incluindo influenza e Coronavírus. O Lacen/MS realiza os exames para Covid-19 em Mato Grosso do Sul. Os resultados ficam prontos entre 24h a 72 horas, após o recebimento das amostras.

Dourados

A curva ascendente de infecções pelo coronavírus em Dourados tornou o município o mais novo epicentro da pandemia em Mato Grosso do Sul. Com 446 casos de Covid-19 confirmados, a maior cidade do interior do Estado ultrapassou a capital Campo Grande.

“Isso é preocupante, tendo em vista que a população de Campo Grande é maior”, falou o secretário estadual de Saúde, Geraldo Resende. Segundo ele, a testagem em massa da população é um dos fatores que contribui para o aumento dos registros.

Descaso no distanciamento social

O Brasil acaba de se tornar o terceiro do mundo em maior número de mortes por Covid-19. Enquanto isso, o sistema que mede a quantidade de pessoas que tem permanecido em casa no País, há dias está abaixo de 50%.  

Embora Mato Grosso do Sul continue sendo o menor em número de casos e de mortes entre as unidades da federação, o Estado viu os testes positivos para a Covid-19 dispararem na última semana e o 21° óbito foi confirmado nesta sexta-feira.

Autoridades sanitárias de saúde atribuem o aumento da curva de contágio, ao ritmo de vida normal que os sul-mato-grossenses estão levando. A taxa de distanciamento social mapeada na quinta-feira (4) foi de 37,3%. A mesma média da primeira semana do mês de junho que registrou 37,4% (segunda), 40,9% (terça) e 38,3% (quarta).  

Os indicadores seguem na contramão do cenário considerado ideal por cientistas e autoridades mundiais de saúde que recomendam isolamento de 70% para reduzir o número de infectados e conter a velocidade de contágio da pandemia.

A alta movimentação nas ruas e a baixa adesão ao distanciamento social nesta quinta, deixou Campo Grande na 24° colocação no ranking das capitais brasileiras com taxa de 36,4%. As regiões da cidade com menos pessoas em casa foram: Itamaracá (15%), Universitário (21,3%), Taveirópolis (24%), Maria Aparecida Pedrosian (24,1%), Núcleo Industrial (24,4%).

Nos municípios o comportamento não está diferente, e a taxa mapeada vai de 28,8% a 57,1%. A lista completa de cidades mapeadas pela In Loco na quinta-feira pode ser conferida aqui.

Durante o anuncio de 72 novos testes positivos de Covid-19 e mais uma vida perdida para a doença nesta sexta-feira, o secretário de saúde, Geraldo Resende fez mais um apelo para a população. “Nosso isolamento social está horrível e mostra mais uma vez o descompromisso do sul-mato-grossense com o bem maior que é a vida. Mais uma vez pedimos: isolamento social, uso de máscaras e regras de higiene, que são até o presente momento os únicos remédios que nós temos para combater esse vírus”.


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