19/04/2024 - Edição 540

Campo Grande

Obras de combate a enchentes e de drenagem são realizadas na Rua Bahia, Cidade Morena, Avenida Cônsul Assaf Trad e no Jardim Paradiso

Publicado em 20/05/2020 12:00 -

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Nos próximos 60 dias a implantação de quase 420 metros de drenagem vai limitar a meia pista, o trânsito na Rua Bahia, trecho de três quadras a partir do cruzamento com a Avenida Mato Grosso. No último dia 20 começou a  implantação de 419,55 metros de tubulação, a uma profundidade de 5 metros, que se estenderá  até a Rua Eduardo Santos Pereira. A rede subirá 137 metros para se conectar com a drenagem existente na Rua Rio Grande do Sul.   Esta intervenção é necessária para eliminar o alagamento de um trecho da  Rua Santos Pereira.

Segundo a Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran) quando a tubulação atravessar a Avenida Mato Grosso, será preciso interditar no cruzamento na pista centro/pista. Por enquanto, o tráfego está mantido, mas exigindo atenção dos motoristas com a presença no local de funcionários e equipamentos da empreiteira responsável pela obra.

A Rua Bahia, onde será implantada um corredor do transporte coletivo, com 4 estações de pré-embarque, será recapeada ao longo de 1,75 km, desde a Avenida Afonso Pena até se encontra com a Avenida Coronel Antonino. No trecho da Afonso Pena até a Mato Grosso foram feitos 1,345 km de recapeamento e 379 metros de drenagem. O investimento previsto é de R$ 4,35 milhões, recursos do PAC Mobilidade e contrapartida da Prefeitura.

O projeto prevê junto a faixa à esquerda reservada ao corredor do transporte coletivo, quatro estações de pré-embarque de ônibus, nas esquinas com as  ruas da Paz;  Antônio Maria Coelho; das Garças e Amazonas.

A Rua Bahia é o primeiro trecho do Corredor Norte, que, ao todo, tem extensão de 22 quilômetros, incluindo as avenidas Coronel Antonino, Cônsul Assaf Trad e Mato Grosso, e as ruas Alegrete e 25 de Dezembro. O corredor vai reduzir em 20% o tempo de viagem  no trajeto dos ônibus entre os terminais General Osório e Nova Bahia, centro-bairro e bairro-centro.

Controle de enchentes e erosão no Cidade Morena

Em três semanas devem estar concluídas as obras de drenagem e controle de enchentes no Bairro Cidade Morena, que foram retomadas há três meses após seis anos de paralisação. As equipes da empreiteira contratada já implantaram os 1.500 metros de tubulação previstos no projeto. O trabalho agora é de construção das últimas galerias e de recompactação das ruas onde foram abertas valetas de até 3 metros de profundidade para colocação dos tubos.

Em outra frente de serviço, está sendo fechada a “cratera” que se formou ao longo dos anos na parte mais baixa do bairro, às margens da Avenida Gury Marques.

Foram instalados 223,6 metros de galerias celulares, estrutura de concreto, cada uma pesando 25 toneladas e com 2,5 metros de largura.

O buraco de 300 metros de extensão, com 3,5 de profundidade, colocava em risco a pista bairro/centro do principal acesso ao centro de Campo Grande, para quem chega à Capital pela BR-163 ou pelo macro anel rodoviário.

A erosão começou neste local, situado na parte mais baixa do terreno porque ali desaguava a enxurrada que ao longo dos anos foi levando o aterro. Serão construídas 5 caixas de captação para escoamento da enxurrada até o Córrego Gameleira após passar pela travessia existente sob as duas pistas da avenida.

Onde a enxurrada desagua, num bueiro existente na pista em sentido contrário (bairro-centro), foi construído um dissipador de energia (uma espécie de escada que reduz a velocidade da água). Para proteger os barrancos, foram feitos 203 metros cúbicos de gabião (com 5 degraus) para estabilizar as margens e com isto evitar que haja erosão.

Investimento

Estão sendo investidos R$ 2,8 milhões na implantação de 1,5 quilômetro de tubulação, 203 metros de galerias celulares e 220 metros cúbicos de gabião. Toda esta estrutura vai captar a enxurrada que desce das Moreninhas e da drenagem implantada na parte do bairro que já foi asfaltada.

O sistema de captação existente extravasa porque na época da pavimentação, feita há 10 anos, não foi construída esta tubulação para toda água atravessar a Avenida Gury Marques e desembocar no Córrego Gameleira, que nasce mais adiante, na margem direita da avenida (sentido centro/bairro).

Sem esta drenagem complementar, as bocas de lobo não fazem a captação necessária e com isto a enxurrada alaga as casas construídas abaixo do nível das ruas e impede a travessia de veículos de passeio.  Em alguns cruzamentos, mesmo após vários dias de estiagem a água fica empoçada. Em função da topografia da área, uma baixada, funciona como uma espécie de bacia, que recebe toda a enxurrada que desce das Moreninhas.

Na avaliação dos engenheiros da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos, junto com o crescimento população, a parte alta das Moreninhas, que hoje são 25 mil habitantes,  aumentou a impermeabilização do solo e consequentemente a enxurrada chega com bem mais velocidade.

O projeto

A drenagem complementar e de controle de enchentes da Cidade Morena chegou a ser iniciada em 2014,  mas  sendo  interrompida na gestão passada. Foi retomada em 2018, mas a empreiteira que ganhou a licitação pediu rescisão do contrato. Foi preciso refazer as planilhas e lançar um novo processo licitatório.

Na Cidade Morena, receberam tubulação as ruas  Salmorão; Israelândia, Ubirajara Guarani, Jaguariúna, Floreal, Inconfidentes, Travessa Manoel José de Toledo e Buenópolis. As galerias projetadas para a  Buenópolis vão captar as águas pluviais que descem pela Rua Minas Novas.

Controle de enchente

A edição do último dia 19 do Diário Oficial do Município trouxe os extratos dos contratos firmados pela Prefeitura de Campo Grande com as empreiteiras que venceram a licitação  e vão executar obras de drenagem e controle de enchentes na Avenida Cônsul Assaf Trad, altura do terminal Nova Bahia e no Jardim Paradiso. Nas duas obras serão investidos R$ 8,9 milhões, saldo de recurso do PAC Pavimentação, complexos Atlântico Sul Etapa C e Sírio Libanês, além de contrapartida da Prefeitura e Governo do Estado.

Na região do Jardim Morada do Sossego (que integra o Complexo Atlântico Sul),  a obra está orçada em R$ 3,9 milhões, prevê a implantação de 1,056 km de drenagem, 2,1 km de recapeamento. Receberá asfalto novo a pista centro do bairro da Avenida Cônsul Assaf Trad, trecho a Rua Marques de Herval e a  Rua Jacinto Máximo. Será asfalto um trecho de 863  do prolongamento da terceira pista da Avenida Assaf que já foi pavimentada desde o Bairro Nova Lima.

A drenagem atravessará a Avenida Consul Assaf Trad para se conectar com a tubulação já existente e captar a enxurrada que desce do Residencial Abaeté. Em outra etapa do projeto já foi implantado um sistema de captação de águas pluviais no Morada do Sossego, que fica na margem esquerda (sentido centro) da Assaf.  Com a conexão das tubulações, será eliminado um ponto de alagamento perto do Terminal Nova Bahia. Hoje a  a enxurrada que desce do Residencial Abaeté fica empoçada na pista centro/bairro da Assaf Trad. Por causa do canteiro central da avenida, a água da chuva acaba represada. 9 milhões.

Já com recursos do Complexo Sírio-Libanês,  R$ 4,9 milhões, está prevista a implantação de 881 metros de drenagem, 5,8 km de recapeamento e 1 km de pavimentação. Estão programadas obras de drenagem e controle de enchentes no Jardim Paradiso, que fica na margem esquerda (sentido centro-bairro) da Avenida Tamandaré.

Será implantada uma rede de drenagem para escoamento das águas pluviais  até o Córrego Frutuoso (afluente do Segredo) que atravessa a Tamandaré. Receberá drenagem e pavimentação a Rua Três Marias que captará a enxurrada que desce de um bairro vizinho, o Nossa Senhora das Graças.

Quando chove forte, toda esta enxurrada pressiona a drenagem de um bairro vizinho, o Jardim Paradiso, arrancando  a pavimentação de ruas como Ângela Abdulahad e Carlinda  de Almeida Lemos. Também estão programadas intervenções nas ruas Lindóia, Monte Azul, Itabira; Benedito Terra, Rosário Congro, Bonança e  General Benedito Xavier.

O projeto prevê  a execução de 5,8 km de recapeamento, abrangendo a Avenida Florestal e a Rua Bacabal, acessos ao conjunto habitacional Coophatralho, além da  Avenida Julio Maksoud, no Bairro Monte Castelo.

Erosão no Nova Lima

Desde o último dia 18, equipes da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos, iniciaram as obras de controle da erosão dentro da área do Hospital São Julião,  no Bairro Nova Lima.  Com as chuvas intensas da semana passada, abriu-se uma cratera de  aproximadamente 1.800 metros de diâmetro, com seis metros de profundidade que se aumentar, vai colocar em risco da pista da Rua Lino Villacha,  a poucos metros do portão de acesso ao hospital.

Segundo os engenheiros da SISEP que estão supervisionando o serviço, a cratera não será integralmente tapada, será construído um muro de contenção, para que funcione como uma bacia de retenção da enxurrada.  Quando transbordar, a água vai cair direta na tubulação existente e desembocar nas bacias de contenção e dissipadores de energia (uma espécie de escadaria para reduzir a velocidade da enxurrada), construído há cerca de 10 anos no Córrego Botas.

Na  avaliação dos engenheiros da Sisep, além de ter chovido na região em 24 horas,  132 milímetros, quantidade de chuva esperada para um mês, o problema reflete o processo de urbanização dos bairros  no entorno (Jardim Anache e Nova Lima) que receberam drenagem e pavimentação.  Aumentou o volume e  a velocidade da enxurrada, com isto, o aterro não  suportou, que é natural quando se tem um solo arenoso.

Com a entrada do funcionamento da drenagem (que dependia da construção de algumas bocas de lobo), a expectativa de que a intervenção iniciada agora resolva o problema da erosão temporariamente. Numa etapa seguinte será feita a dragagem das bacias de contenção existentes no Córrego Botas e  está sendo preparada a licitação da drenagem e pavimentação da última etapa do  Nova Lima, que abrange exatamente está parte do bairro que  margeia a Lino Villacha. Com isto, o escoamento da enxurrada será melhor distribuído.


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