16/04/2024 - Edição 540

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Autoridades venezuelanas acusam Trump de aliciar Bolsonaro para aventura militar contra o país

Publicado em 10/03/2020 12:00 -

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O chanceler venezuelano, Jorge Arreaza, afirmou no último dia 9 que as recentes viagens de Jair Bolsonaro e de Iván Duque, presidente Colômbia, aos Estados Unidos, não são uma coincidência.

Para o chefe diplomático da Venezuela, o fato de os presidentes dos dois principais vizinhos do seu país passarem pelos Estados Unidos na mesma semana é “um claro indício de que a Washington está preparando uma nova escalada” de ataques contra a Venezuela.

O presidente Jair Bolsonaro esteve na Flórida e se encontrou com o mandatário estadunidense. Já Iván Duque fez uma visita à Casa Branca no último dia 2.

“Seria muita ingenuidade se achássemos que os mandatários dos nossos dois maiores vizinhos viajam ao território dos Estados Unidos na mesma semana, se encontram com Trump, e a Venezuela não é um dos assuntos principais”, comentou Arreaza.

Segundo o ministro de Relações Exteriores venezuelano, o país já está sofrendo com as consequências das diversas sanções econômicas impostas pelo governo dos Estados Unidos, mas o envolvimento de Brasil e Colômbia na nova estratégia pode significar uma mudança de patamar nas ações contra o seu país. “Esperamos que não queiram avançar para um confronto mais agressivo contra o nosso território”, disse o chanceler.

Arreaza não comentou o fato, mas um dos assuntos do encontro entre Trump e Bolsonaro foi um apoio financeiro e tecnológico dos Estados Unidos à indústria de armas do Brasil.

O presidente venezuelano, Nicolas Maduro, também acusou o governo dos EUA de "empurrar o Brasil para um conflito armado com a Venezuela".

"Pedimos aos setores democráticos e humanistas, ao povo do Brasil e às forças militares para deterem qualquer aventura de Jair Bolsonaro, em coordenação com Donald Trump, contra a Venezuela", afirmou Maduro.

O mandatário venezuelano considera que Bolsonaro, "foi convocado à mansão de Donald Trump em Miami" para debater sobre a Venezuela "como o único assunto" na agenda.

"A Casa Branca traçou um plano para trazer guerra, terrorismo, para desestabilizar e encher a Venezuela de violência, para instalar um conflito armado e justificar uma intervenção militar em nosso país", disse o presidente venezuelano.

Nesse sentido, Maduro também pediu "divulgação máxima" da campanha "Sanções são Crime", que visa expor os danos causados pelas ações do governo dos Estados Unidos contra o povo venezuelano. 

Segundo cálculos do governo venezuelano, as sanções estadunidenses já causaram prejuízos em torno de USD 40 bilhões.


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