25/04/2024 - Edição 540

Mato Grosso do Sul

Trade turístico de Corumbá vai incentivar pesca esportiva com cota zero

Publicado em 03/03/2020 12:00 -

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Mais de setenta por cento dos empresários que atuam com pesca esportiva em Corumbá, um dos principais destinos onde se pratica esse esporte, aderiram a uma campanha a ser lançada pela ACERT – Associação Corumbaense de Empresas Regionais de Turismo – pela prática da pesca esportiva no Pantanal sem captura das espécies nativas.

O presidente da entidade, empresário Luiz Martins, afirmou que o decreto assinado pelo governador Reinaldo Azambuja definindo novas regras para a pesca amadora e profissional é uma medida ainda mais restritiva em favor da manutenção do estoque pesqueiro. Contudo, ele defende a cota zero e a não comercialização de algumas espécies.

“Sabemos que a cota zero é uma medida radical, fere vários interesses, mas é uma tendência que teremos que acompanhar futuramente se quisermos preservar nossos rios”, disse Martins. “Nosso objetivo é a cota zero e vamos incentivar nossos clientes a praticar o pesque-solte, sabendo que a maioria das pessoas que vem pescar no Pantanal já não leva mais o peixe.”

Pesca diferenciada

Para o presidente da ACERT, a redução da cota de cinco quilos de pescado para apenas um exemplar, mais cinco piranhas, foi um avanço e vai preparar o mercado para a proibição definitiva da captura e transporte para o pescador esportivo. “O novo decreto atende nossos objetivos e o próximo passo é a cota zero, o mercado terá que se adequar”, pontuou.

Com a campanha pela cota zero, segundo Luiz Martins, o trade turístico de Corumbá quer fomentar uma pesca diferenciada no Pantanal, unindo a prática da modalidade com contemplação da natureza e a defesa dos recursos aquáticos. “São mais de 500 km de pesca no Rio Paraguai, temos que potencializar o destino com ênfase na sua preservação”, destacou.

As restrições à pesca esportiva neste ano, na avaliação da ACERT, não implicarão em redução de turistas ao Pantanal. Os operadores de Corumbá ainda não perceberam algum impacto e as reservas se mantém, mesmo quando estava valendo o decreto da cota zero. “Pode haver uma queda, mas estamos apostando no futuro, vamos ser compensados lá na frente”, disse Martins.

Nova Cartilha

A Polícia Militar Ambiental (PMA) está divulgando a Cartilha do Pescador 2020, com as novas regras contidas no Decreto 15.375, publicado no Diário Oficial do Estado (DOE) do último dia 28. O novo Decreto altera basicamente a cota de captura para a pesca amadora, que seria “zero”, permitindo que o pescador capture e leve um exemplar de peixe de espécie nativa, respeitando os tamanhos mínimos e máximos permitidos nos Decretos e 5 (cinco) exemplares de peixes da espécie piranha (Pygocentrus nattereri e/ou Serrasalmus
marginatus). Poderão ser consumidos no local de pesca, peixes capturados, respeitando as normas.

Houve ainda alteração nos tamanhos máximos e mínimos das espécies pintado, cachara, jaú e pacu. Essas espécies e as demais com determinação de medida estão na cartilha.

Outra alteração contida no novo Decreto foi a seguinte: a pesca subaquática que seria extinta com a cota “zero”, passa a ser permitida, desde que para as 10 espécies alóctones citadas no Decreto 15.166/2019, mais a nova espécie que o novo Decreto aumentou, agora 11, com a introdução do tambaqui. Ressalta-se que continuam podendo ser acrescentados à cota de captura, exemplares dessas 11 espécies alóctones.

A publicação traz todas as informações sobre a pesca em Mato Grosso do Sul, como petrechos e métodos proibidos, como e onde obter a autorização de pesca, transporte do pescado, rios no Estado onde a captura de peixes é proibido durante todo o ano e as penalidades para os crimes de pesca predatória.

Todas a informações já constam na Cartilha do Pescador 2020 confeccionada pelo Batalhão de Polícia Militar Ambiental, e que pode ser encontrada no portal da Polícia Militar (www.pm.ms.gov.br).


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