Coluna
Filme narra a rotina e o sonho de um homem, contado em plano-sequência.
Postado em 19 de Setembro de 2014 - Elis Regina Nogueira
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Para quem não conhece ou não está habituado aos termos técnicos da linguagem cinematográfica, plano-sequência, na definição de André Bazin, co-fundador da lendária revista Cahiers du Cinéma, é a filmagem de uma ação contínua, independente de sua duração, no qual a câmera realiza um movimento sequencial, sem cortes. Em tese, sem cortes. Porque um plano-sequência pode ter cortes aqui e ali, desde que sejam mascarados, escondidos com maestria, como o clássico Festim Diabólico, de Alfred Hitchcock.
Esse recurso fez história no cinema com exemplos clássicos, que já renderam aplausos e prêmios a grandes diretores, como o já citado, Alfred Hitchcock com Festim Diabólico, e Orson Welles com A Marca da Maldade.
O cinema moderno tem muitos outros incríveis exemplos que você pode conferir aqui.
Mas não é só o cinema norte-americano que sabe explorar essa técnica.
Com muita ousadia e inventividade, a diretora Marinete Pinheiro e o roteirista Anderson Antunes resolveram explorar essa linguagem no curta “Cinzas”, filmado inteiramente em plano-sequência.
Os desafios dessa produção você pode conferir nessa entrevista exclusiva para a nossa coluna.