28/03/2024 - Edição 540

Comportamento

Relacionamentos abertos funcionam? A ciência ajuda a responder essa pergunta

Publicado em 05/11/2019 12:00 -

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Namorar e permitir ao mesmo tempo que o parceiro tenha relações sexuais com outras pessoas é uma forma de relacionamento aberto. Mas será que esse tipo de união realmente funciona? Pesquisadores da Universidade de Rochester, nos Estados Unidos, dizem que isso depende fortemente da comunicação entre o casal.

Em um estudo, os cientistas analisaram respostas de 1.658 questionários online sobre o comportamento amoroso de pessoas de 20 a 30 anos de idade. Na pesquisa, 78% dos participantes eram brancos e 70% se identificavam como do sexo feminino. A maioria estava em relacionamentos de longo prazo, que duravam uma média de 4 anos e meio.

Os pesquisadores avaliaram três dimensões nos relacionamentos: consentimento, comunicação e conforto. Foram identificados casais monogâmicos e casais que tinham um relacionamento aberto consensual, além de pessoas que estavam em relacionamentos com atitudes que variavam entre a exclusividade e a relação aberta.

Também existiam casos em que apenas um dos parceiros queria a monogamia e o outro fazia sexo com pessoas fora do relacionamento. Esse tipo de relação, assim como a de casais com atitudes "variáveis", tinham menos chances de funcionar.

Por outro lado, as relações que mais funcionaram foram as as relações abertas onde havia um acordo claro entre as partes. Os casais monogâmicos que se comprometiam em não praticar sexo com outras pessoas também eram aqueles que mais contavam com chances de funcionar.

No entanto, os casais monogâmicos tinham pouca satisfação sexual no relacionamento, enquanto que a maioria das pessoas em relacionamentos abertos tinha altos níveis de satisfação. Os relacionamentos abertos consensuais duravam mais, enquanto que relações abertas sem o consentimento de ambas as partes eram mais curtas e tinham altas taxas de estresse e solidão.

“Nós sabemos que a comunicação ajuda todos os casais”, disse Ronald Rogge, co-autor do estudo. “Isso é crítico para casais não monogâmicos, enquanto eles navegam pelos desafios extras de manter um relacionamento não tradicional em uma cultura dominada pela monogamia.”


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