Viver Bem
Publicado em 08/10/2019 12:00 -
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Ficar entediado não gera consequências apenas para o seu humor – isso altera também seu cérebro. É o que aponta um novo estudo dos Estados Unidos, publicado no periódico Psychophysiology.
Participaram da pesquisa 54 jovens, que preencheram um questionário sobre a frequência com que sentiam tédio e como reagiam a esse aborrecimento. Os voluntários também fizeram um exercício: durante 10 minutos, ficaram responsáveis por acionar pinos virtuais em um computador. A intenção era que a tarefa fosse bem entediante mesmo.
Os resultados mostraram que nas pessoas mais suscetíveis à sensação tediosa havia uma maior atividade em uma área específica do cérebro – no caso, a parte frontal do lado direito. Segundo os pesquisadores, essa é a região da massa cinzenta acionada quando um indivíduo vivencia emoções negativas ou ansiedade.
No caso das pessoas que não se entediam com tanta facilidade, a parte frontal esquerda do cérebro foi despertada. Ela é a responsável pelo estímulo a uma distração quando estamos diante de algo pouco empolgante.
Os pesquisadores concluíram que alguns indivíduos sentem mais impactos negativos causados pelo tédio do que outros – o que pode afetar o bem-estar emocional.
“Os resultados do estudo mostram que reagir de modo mais positivo ao tédio é possível. Agora, queremos ter as melhores ferramentas para dar às pessoas a capacidade de lidar com o fato de estarem entediadas”, explicou Sammy Perone, um dos autores da investigação.
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