29/03/2024 - Edição 540

Campo Grande

Com investimento de R$ 31 milhões, 62% da iluminação pública terá lâmpadas de led

Publicado em 28/05/2019 12:00 -

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A Prefeitura de Campo Grande planeja investir até maio de 2020, aproximadamente, R$ 31 milhões, em iluminação pública. Serão aplicados R$ 25 milhões na compra das lâmpadas e R$ 6 milhões para instalar 46.250 lâmpadas de led tele gerenciais, adaptáveis para a telemetria, que substituirão as em funcionamento, de vapor de sódio.

Conforme o planejamento elaborado pela Divisão de Iluminação Pública da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos, dentro de um ano, 62% da iluminação pública da Capital será com lâmpadas de led, de maior durabilidade e um menor consumo de energia.  Só para as avenidas de acesso aos bairros e onde há super postes, está programada a compra de 3.750 lâmpadas de 150 w. Atualmente, das 110 mil lâmpadas existentes na cidade, só 16.500 são de led, de 40 e 120 w de potência.

Nesta semana o prefeito Marquinhos Trad homologou a licitação para a escolha da empresa que será responsável pela instalação destas lâmpadas A concorrência foi vencida pela Construtora B&C Ltda com o orçamento de R$ 6.025.757,44, redução de aproximadamente R$ 600 mil sobre o valor de referência (R$ 6,6 milhões).

A concorrência, na modalidade registro de preços, garantiu uma redução de 54,52% no custo final, gerando uma economia de R$ 29.944.537,50, já que o preço referência previsto no edital de abertura foi de R$ 50.13.050,00.

Em um dos lotes (o de número de 3), por exemplo, para aquisição de 15 mil lâmpadas com potência máxima de 120 w, a economia será de R$ 12 milhões, já que o valor de cada conjunto de lâmpadas caiu de R$ 1.372,92 para R$ 540,39.  No lote 5, de lâmpadas de 50 w, o preço caiu de R$ 944,20 para R$ 594,4. Em vez de R$ 10,6 milhões, a Prefeitura vai pagar R$ 6,6 milhões.

Segundo o secretário Municipal de Serviços Públicos, Rudi Fiorese, para garantir a qualidade das lâmpadas que serão adquiridas, os participantes tiveram de encaminhar amostras que passaram por rigorosos de testes de especificação técnica e resistência. Uma das exigências é que as lâmpadas tenham garantia de cinco anos, período em que o fornecedor vai arcar com os custos da eventual substituição por queima ou qualquer dano.

Vantagens

Uma das vantagens destas lâmpadas led tele gerenciáveis, segundo os técnicos da Secretaria de Infraestrutura e Serviços Públicos, é que são pelo menos 30% mais econômicas, contribuindo para baratear o custo da Contribuição de Iluminação Pública (COSIP) paga pelo consumidor.

Esta economia é possível porque a luminosidade da lâmpada é diminuída, por exemplo, no final da madrugada, quando começa amanhecer ou início da noite, quando ainda não escureceu completamente. Outra vantagem é que queimam menos, já que se ajustam a oscilação de tensão da energia (em 110 ou 220), enquanto os modelos convencionais, acabam estragando quando ocorre esta variação porque estão programadas para funcionar numa tensão específica

Ano passado, a Prefeitura chegou a fazer um pregão eletrônico para compra de leds convencionais. Optou-se por fazer um novo certame, para contemplar o projeto de um sistema de iluminação pública inteligente, em implantação em várias cidades do País, como a capital paulista.

O que é a telemetria ?   

A compra e instalação destas 46.250 tele gerenciáveis abre caminho para no futuro a iluminação de Campo Grande se modernizar com  telegestão e telemetria, um sistema de monitoramento inteligente.  Quando estiver implantado na sua plenitude, com cabeamento, vai permitir detectar por computador onde há uma lâmpada queimada, sem precisar de ronda nas ruas ou que o morador tenha que ligar para informar o problema.  O contribuinte terá acesso ao sistema de controle da iluminação, podendo relatar via internet qualquer defeito observado.

Cada ponto de iluminação terá um Controlador Outdoor de Luminária (COL) que irá monitorar, controlar e dirigir o reator ou o driver de lâmpadas LED. O diferencial da telemetria é que o sistema realiza, periodicamente, medições de corrente, tensão, potência, vida útil e consumo de energia. Após a análise dos dados, sinaliza ao usuário sobre possíveis falhas no sistema ou, individualmente, em cada um dos pontos de iluminação. Permitirá a instalação de câmeras de monitoramento e servirá também para regular o sincronismo de tempo dos semáforos.

Economia

A Prefeitura de Campo Grande terá uma economia mensal de quase R$ 1 milhão (exatos R$ 996 mil) com a compra de 46.250 lâmpadas led. Quando todas as 62.850 lâmpadas estiveram funcionando, a economia anual será de R$ 14 milhões com consumo de energia e manutenção.

O estudo de viabilidade técnico-econômica elaborado pela Divisão de Iluminação Pública da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep) mostra que o gasto médio por lâmpada com energia elétrica, onde houver a substituição, vai cair 42,72%, de R$ 28,86 para R$ 16,53 por lâmpada, enquanto a despesa com a manutenção de lâmpadas terá redução de 65,97%, de R$ 14,05 para R$ 4,78 por lâmpada.

Esta economia é possível porque enquanto uma lâmpada a vapor de sódio funciona de 15 a 30 mil horas, precisando ser substituída, aproximadamente quatro anos após ser instalada, as de led podem durar até 50 mil horas, ou equivalente a 12 anos de vida útil, gerando economia com mão de obra e material.  O resultado é que a despesa mensal com a substituição de lâmpadas queimadas baixará de R$ 649,8 mil para R$ 221 mil, economia de R$ 428,7 mil. Esta conta, ressalta-se, refere-se apenas as 46.250 lâmpadas que serão trocadas até maio de 2020.

Atualmente, o consumo de energia elétrica destes 46.250 pontos de iluminação que receberão leds tem um custo mensal R$ 1.334.775,00. Com a troca, a despesa vai cair para R$ 764.512,50, uma economia de R$ 570,2 mil por mês.  Esta economia é possível porque as lâmpadas de led gastam em média 42,73% menos energia que as de sódio.

Com esta projeção, o investimento de R$ 31 milhões na compra e instalação das lâmpadas será pago em menos de três anos, para ser mais exato em dois anos e sete meses, tomando como base a economia mensal estimada em R$ 996 mil.  Este cálculo não leva em conta que a disputa na licitação garantiu redução de 54,52% no final de compra das lâmpadas que saiu por R$ 25 milhões (a instalação vai custar R$ 6 milhões), redução de 54,52% no custo final, gerando uma economia de R$ 29.944.537,50, já que o preço referência previsto no edital de abertura foi de R$ 50.13.050,00.


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