Cultura e Entretenimento
Publicado em 06/01/2022 12:00 -
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No inverno de 2015, a partir de sucessivos encontros na casa da escritora Eva Vilma – e também no antigo Sarau dos Amigos do Bairro Universitário – forma-se em Campo Grande (MS) o grupo literário Cápsula Tarja Preta, inicialmente composto pelas escritoras Raquel Dias, Clucia Andrade e Eva Vilma e pelos escritores Elias Borges e Fábio Gondim.
Ao passar do tempo outros autores se juntam ao Coletivo, ocupando vários espaços da capital sul-mato-grossense apresentando espetáculos de poesia. Em 2016 o grupo lança – na Morada dos Baís – a coletânea “Cápsula Tarja Preta”, obra que reúne 10 autores. Nos anos seguintes o Tarja Preta torna-se menos ativo, principalmente a partir de 2020, com o advento da pandemia.
No entanto, membros do Coletivo permaneceram ativos, participando de projetos literários como o “Poema na Quarentena MS”, no qual poetas sul-mato-grossenses produziram dezenas de vídeos que disseminaram nas redes sociais, tendo grande resposta na mídia e entre o público. Outro projeto que contou com a participação de membros do Coletivo foi o “Poesia Três Vezes ao Dia”, também espalhando o dizer poético pelas redes.
O Coletivo Tarja Preta retorna em dezembro de 2021com o “1° Lançamento Coletivo de Livros de Campo Grande”, com autores que não puderam fazer o lançamento presencial de suas obras durante o período pandêmico.
Em plena atividade atualmente, o grupo planeja diversas ações que promovam e celebrem a literatura dentro e fora do Mato Grosso do Sul. Entre elas está a coluna “Tarja Preta” na revista Semana On.
A partir desta sexta, o Coletivo assina a produção da coluna, que abordará a produção literária sul-mato-grossense, especialmente a poesia, além de traçar um panorama d que ocorre na cena Brasil afora.
Não perca.
E, pra dar um gostinho do que vem por aí, um poema de Eva Vilma, escrito para dizer o que ela sentiu quando da criação do Coletivo.
–
A Cápsula
De casca flexível
crescente
formou-se a dita
à parte,
trincheira erguida
de sonhos,
palavra
e arte,
nasce!
Fecunda o encontro
no útero,
o íntegro,
cordão divinal.
Sem fome de amor,
miséria da alma,
silêncio da voz,
sem morte da vez,
a Cápsula,
à parte,
do feio do mundo
do muro na estrada
nutre
pare
parte
reparte
estilhaços!
Tirando faísca à dança,
massacre de escuridões.
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