29/03/2024 - Edição 540

Ágora Digital

A máscara está caíndo

Publicado em 20/03/2020 12:00 - Victor Barone

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Não foi a oposição política e os militares que entenderam que, como já havia profetizado o decano do Supremo Tribunal do Brasil, Celso de Mello, o presidente Jair Bolsonaro “se tornou indigno de seu cargo”. Foi a sociedade que, sem sair às ruas, das janelas de importantes cidades do país, com o rito dos panelaços noturno, pediu a saída do mandatário brasileiro. E é emblemático que está sendo, como revelam as pesquisas, a grave epidemia do novo coronavírus, que está assustando o mundo e que Bolsonaro minimiza e até ridiculariza, o que pode fazê-lo perder o cargo.

Instigar nesse momento seus apoiadores para sair às ruas e defender seu Governo e ele próprio participar, saindo ao encontro dos manifestantes e desprezando todas as orientações dadas por seu ministro da Saúde, foi a gota que transbordou o copo da irritação popular. Enquanto são impostas restrições graves à população, o presidente desobedecia a todas as normas impostas por seu Governo.

Pode parecer uma ironia, mas a chuva de pedidos para a saída do presidente, incluindo três pedidos formais de impeachment do presidente ao STF, assim como os protestos populares, estão se multiplicando na velocidade do coronavírus do qual ele faz pouco caso.

Já antes da tragédia da epidemia que está confinando a sociedade em suas casas e que ameaça esse país com tantos bolsões de pobreza de ser mais mortal do que em outros países, o presidente dava sinais claros de não estar à altura de sua responsabilidade para dirigir a nação.

Agora sua postura arrogante diante dessa guerra que ele continua negando quando três ministros de seu Governo, o presidente do Senado e muitos outros políticos de seu entorno foram contaminados, torna insuportável sua continuação à frente de um país grande e rico como o Brasil que se sente, nesse momento de crise, órfão de liderança política.

Se alguns analistas já não negam que a queda de Bolsonaro está encaminhada e que esse despertar da sociedade que pede sua saída não tem volta, é prudente lembrar que faltam alguns ingredientes para selar seu destino. O primeiro, de ordem prática: para colocar um impeachment em andamento, é preciso que Rodrigo Maia, o poderoso e cordato presidente da Câmara dos Deputados, o autorize. Em segundo lugar, a popularidade de Bolsonaro está em queda livre, mas não há sinais de que perdeu sua base mais fiel, entre 20% e 30% da população – situação diferente de Dilma Rousseff em sua época.

Há outro fator, os militares. A situação anômala do Brasil é que o Governo de Bolsonaro, pela primeira vez após a ditadura militar, é formado em sua maioria por militares da reserva e até da ativa. Com mais de cem militares no Governo e nos cargos importantes da Administração pública, nesse delicado momento de crise política, recai sobre eles uma grande responsabilidade.

Os militares são hoje no Brasil uma das instituições do Estado com maior apoio popular. De que lado estarão os militares, muitos deles com biografias de prestígio, para que não manchem sua provada trajetória democrática e a fidelidade à Constituição da ditadura aos dias de hoje, é uma pergunta crucial. As consequências de uma Presidência que não honra com seus gestos e suas atitudes de hostilidade constante à imprensa e às outras instituições do Estado acabariam caindo sobre a classe militar que hoje mantém a confiança da nação. É um momento em que cada dia que passa se torna mais delicado aos militares, por se verem arrastados nessa corrida louca ao abismo político.

O Brasil está às vésperas de uma mudança histórica. Já não se trata da disputa entre direita e esquerda. Milhões de votos dados nas urnas a Bolsonaro pelos que não queriam que a esquerda voltasse ao poder hoje se dizem arrependidos por votar nele. Isso não significa que desejam o retorno aos Governos do PT, mas sim que a Presidência de Bolsonaro se tornou inviável não só para parte da sociedade, como até para famosos gurus intelectuais e empresariais da direita liberal e democrática.

Por Juan Arias

Sentado no banco dos réus da opinião pública, o presidente Jair Bolsonaro começou a ser julgado. Virou alvo do seu primeiro panelaço antes de completar 14 meses de governo.

Bolsonaro parece ter vindo ao mundo para destacar-se em todos os rankings. Como soldado raso, batia os colegas em exercícios físicos – daí o apelido de Cavalão. Foi o primeiro sindicalista militar a planejar atentados terroristas contra quartéis. E, por isso, acabou afastado do Exército, acusado de conduta antiética. Em quase três décadas na Câmara, Bolsonaro apresentou 171 projetos de lei, de lei complementar, de decreto de legislativo e propostas de emenda à Constituição. Só conseguiu aprovar dois. No Congresso, foi um dos precursores da rachadinha – a apropriação indébita de parte dos salários dos seus servidores.

Apesar de sua irrelevância, chegou onde está sem fazer escala em nenhum outro lugar para, poucos meses depois, tornar-se o presidente com o menor grau de aprovação no seu primeiro ano de mandato. Nunca antes um presidente ouviu tão precocemente o barulho das panelas e o grito de “fora”. Ele ouviu.

Bolsonaro já garantiu seu lugar na História. Enquanto Garrastazu Médici, o terceiro general-presidente da ditadura militar de 64, reconhecia que a economia ia bem, mas o povo ia mal, o ex-capitão indisciplinado está mais preocupado com a economia do que com o povo em meio a uma pandemia que mete medo. Não só por isso será lembrado. Qual presidente seria capaz de sabotar o ministro mais festejado do seu governo pelo menos no momento – o da Saúde? O que inspira maior confiança? Qual presidente, numa hora dessas, seria capaz de instruir um ministro para que negue ajuda a governadores que lhe pedem ajuda?

Um presidente movido a ódio e barulhento como Bolsonaro faz por merecer o barulho das panelas anônimas que voltou a ser ouvido.

Por Ricardo Noblat

CAIU A MÁSCARA

Bolsonaro mostrou que não tem muito costume de usar a máscara. Toda vez que falava no microfone — e tirava a máscara —, o presidente evidenciava a falta de habilidade ao manipular a proteção. A OMS declara que não é recomendável ficar mexendo na máscara, uma vez que pode contaminá-la. Na Globo News, o infectologista da Maternidade Pro Matre Paulista, Lívio Dias, criticou a forma como as máscaras foram utilizadas. "Nós temos protocolos tanto de colocação quanto de retirada. Se a gente pensar que a máscara serve para essa proteção de partículas que podem entrar em contato e elas ficam presas na trama, a medida que eu manipulo a parte frontal corro risco de estar manipulando minha face e meu olho. Então até para proteção individual deixa de servir".

Por falar nisso, segue uma aula de como não usar uma máscara.

FRAUDE

Mal comparando, Jair Bolsonaro se parece muito com um cano furado. Um esbanja água num esguicho perdulário. Outro esbanja inverdades. O penúltimo jorro de Bolsonaro aconteceu no dia 9 de março, nos Estados Unidos. O capitão declarou que só não venceu a eleição presidencial no primeiro turno porque houve fraude eleitoral. Assegurou que dispõe de provas. E prometeu mostrar.

"Minha campanha, eu acredito que, pelas provas que eu tenho em mãos, que vou mostrar brevemente, eu fui eleito no primeiro turno", afirmou Bolsonaro. "Mas, no meu entender, teve fraude. E nós temos não apenas palavras, nós temos comprovado, brevemente eu quero mostrar." Faltou definir brevemente.

Decorridos uns 10 dias, o presidente ainda não levou à vitrine as provas que diz possuir. De duas, uma: Ou é irresponsável ou é mentiroso. Em qualquer hipótese, distancia-se do comportamento que se espera de um presidente da República. No mínimo, comete o crime de denunciação caluniosa. No limite, incorre em crime de responsabilidade.

Cabe perguntar: vai ficar por isso mesmo?

Por Josias de Souza

O HAITI É AQUI

Um haitiano parou em frente ao presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido-RJ), na do último dia 16, em Brasília, e disse: “Você não é presidente mais. Você está entendendo sim, eu estou falando brasileiro. Você está espalhando vírus e matando brasileiros”, disse ele. Bolsonaro ouviu o haitiano e só conseguia balbuciar: “eu não estou entendendo”. Enquanto o homem repetia: “você está entendendo bem”. Ao fundo, ainda se ouve a voz de uma mulher, que tentou intervir: “o que é isso, que absurdo”.

NELSINHO SURREEAL

Uma das entrevistas mais surrealistas desde que a pandemia de coronavírus chegou com mais força ao Brasil foi concedida pelo senador Nelsinho Trad (MDB-MS), presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, confirmado com o vírus e integrante da comitiva de Jair Bolsonaro aos Estados Unidos.

Ao jornal Correio do Estado, do Mato Grosso do Sul, Trad expôs sua intensa agenda depois de desembarcar do voo de volta da Flórida. Detalhe: a aliados, ele informou que o secretário de Comunicação da Presidência, Fabio Wajngarten, já apresentou alguns sintomas de gripe no voo e, por isso, foi colocado no fundo da aeronave.

Ainda assim, Trad não se furtou a estar com o maior número de pessoas que conseguiu. “Eu fui para o Senado Federal, para o Congresso, e eu abracei todo mundo que vinha me ver. Participei de reunião com Maia (Rodrigo Maia presidente da Câmara), Davi (presidente do Senado, Davi Alcolumbre), Mandetta, Guedes (Paulo Guedes, ministro da Economia), Ramos (ministro Luiz Ramos, da Secretaria de Governo, Jorge (ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Jorge Francisco). Eu tive contato com metade do Congresso”, afirmou Trad antes, ainda, de receber o exame positivo. Pelo protocolo, todas as pessoas com as quais ele teve contato precisam se submeter ao teste para o novo coronavírus. Ele também concedeu várias entrevistas, o que fará com que os repórteres também tenham de ser testados.

E esteve com comitivas estrangeiras: uma da Síria e uma do Quênia.

Por Vera Magalhães

A sem cerimônia com que o senador Nelsinho Trad, afirmou ter “abraçado e beijado” todo mundo no Congresso, e até representantes de outros Países, depois de ter voltado de avião dos Estados Unidos na comitiva de Jair Bolsonaro e testado positivo para o novo coronavírus mostra uma diferença de condutas dos “atingidos” pela sua efusividade. A senadora Simone Tebet (MDB-MS), do mesmo partido e Estado que Trad, disse no Twitter que foi fazer o teste a despeito de não apresentar nenhum sintoma porque esteve em reuniões com ele. E disse que todos devem proceder desta maneira, pois a prevenção é a melhor medida.

O CHORO DE CHACRA

Em participação no programa Manhattan Connection, na GloboNews, o jornalista Guga Chacra foi às lágrimas ao comentar a pandemia de coronavírus, que deve impor um confinamento de pessoas – o chamado lockdown – também nos Estados Unidos nesta semana.

“Eu acho que se agravou muito e acho que essa semana vai ter lockdown. Se não for essa semana, será na outra semana, mas vai ter o confinamento. É muito triste tudo isso que a gente tá vivendo. Tava até falando com o Caio [Blinder] fora do ar, dá até vontade de chorar…”, disse o jornalista, que não segurou as lágrimas.

Caio Blinder, então perguntou: “Vai chorar?”. Jorge Pontual, então, disse para o jornalista “dar vazão”. “A coisa vai melhorar”, disse, puxando uma brincadeira para descontrair o clima.

CIRO NA RODA

No Roda Viva, a jornalista Vera Magalhães recebeu Ciro Gomes. A entrevista foi tensae concorrida.

NEM NA DITADURA

O ministro Gilmar Mendes, do STF, usou as redes sociais para se posicionar contra os movimentos que pregam a quebra da ordem democrática e o fechamento do Congresso e do Supremo. “Sejamos fortes! Nem a Ditadura fechou as portas do Supremo”, afirmou ele, elogiando a decisão do presidente da Corte de “ampliar o uso do Plenário Virtual”.

COM ESTES FILHOS, QUEM PRECISA DE OPOSIÇÃO?

O ex-candidato a embaixador do Brasil em Washington e ex-presidente da Comissão de Relações Exteriores, Eduardo Bolsonaro, usou o Twitter, ferramenta preferida da família para fazer política, para elucubrar uma teoria segundo a qual a China teria escondido informações do mundo e seria responsável pela pandemia do novo coronavírus. "Uma ditadura preferiu esconder algo grave a expor tendo desgaste, mas que salvaria inúmeras vidas. A culpa é da China e liberdade seria a solução", escreveu.

A resposta chinesa veio também no Twitter e no mesmo tom. Tanto o perfil oficial da embaixada da China quanto o pessoal do embaixador Yang Wanming responderam duramente ao filho do presidente, exigindo retratação. O atrito assustou o agronegócio, que já espera perda inestimável com o surto de coronavírus e, diante da treta, vislumbrou a possibilidade de prejuízos ainda maiores.

O Itamaraty ainda se enfiou na confusão quando Ernesto Araújo resolveu bancar a babá de Eduardo Bolsonaro e cobrar da China uma retratação por ter ofendido Jair Bolsonaro, algo que não aconteceu. Mais cedo, o vice-presidente, Hamilton Mourão, procurara fazer o oposto: desvincular a crise do governo, dizendo que havia sido um deputado a ofender os chineses, e não o Executivo. Disse que o tema só ganhou relevo pelo sobrenome do envolvido. "Se o sobrenome dele fosse Eduardo Bananinha, não era problema nenhum. Só por causa do sobrenome. Ele não representa o governo. Não é a opinião do governo. Ele tem algum cargo no governo", disse Mourão. Foi o suficiente para o apelido viralizar e dar origem a infindáveis memes.

Réplica e tréplica. O incidente diplomático está longe de terminar: Eduardo Bolsonaro fez uma espécie de "textão do Face" em forma de thread para explicar que não tinha feito o que fez, ou seja, estigmatizar a China. Não convenceu o aliado do Brasil, que respondeu em uma série de tuítes em tom cada vez mais duro.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), teve de interferir na crise diplomática causada por Eduardo Bolsonaro. Maia foi ao Twitter pedir desculpas em nome da Câmara dos Deputados após o filho do presidente, que é deputado federal, ter acusado sem provas a China de omitir propositalmente informações sobre o coronavírus. “Em nome da Câmara dos Deputados, peço desculpas à China e ao embaixador Yang Wanming pelas palavras irrefletidas do Deputado Eduardo Bolsonaro”, escreveu.

O governador de São Paulo, João Doria, também reagiu no. Segundo ele, o parlamentar “envergonha os brasileiros”. Para Doria, a declaração de Eduardo foi “preconceituosa”, na mesma linha exposta pela Organização Mundial da Saúde em alerta sobre os riscos de preconceito contra o povo chinês quando se relaciona o atual estado de crise global pelo coronavírus ao país asiático.

RATO DE NAUFRÁGIO

Com o governo diante de uma crise mundial provocada pelo coronavírus e com a perda de apoio popular revelada pelos “panelaços”, Olavo de Carvalho começou a apontar as falhas estratégicas de Jair Bolsonaro. Na opinião do “guru”, pode até mesmo ser tarde demais para o atual ocupante do Palácio do Planalto reverter a situação. “Desde o início do seu mandato, aconselhei ao presidente que desarmasse os seus inimigos antes de tentar resolver qualquer “problema nacional”. Ele fez exatamente o oposto. Deu ouvidos a generais ‘isentistas’, dando tempo a que os inimigos se fortalecessem enquanto ele se desgastava em lacrações teatrais. Lamento. Agora talvez seja tarde para reagir’, disse o auto-proclamado filósofo em seu Facebook no momento em que os panelaços contra o governo eram ouvidos em várias capitais do País.

Realmente, o conselho não é uma novidade dentro da ideologia olavista. Há tempos que Carvalho pede para Bolsonaro investir contra partidos de centro e de oposição. A justificativa é que, por participarem do Foro de São Paulo, siglas de esquerda estariam agindo de forma ilegal e portanto dando razões para serem cassadas. Já o “Centrão” seria impedido de estar na política pelas denúncias de corrupção. “Por que o Bolsonaro não manda logo prender os abusados que tomaram parte na festança da CNN?”, disse o ideólogo, sem revelar o motivo pelo qual participar do lançamento de um canal de televisão seria motivo de prisão. “Que é que o Bolsonaro fez contra qualquer dos seus inimigos? Nada. Só lhes deu umas agulhadinhas, irritando-os em vez de enfraquecê-los”, avaliou.

Por Gustavo Zucchi

CURIOSO

O Ministério da Saúde está podendo comprar sem fazer licitação nesse momento, o que faz todo sentido. Mas o jornalista Breno Costa apurou que uma das primeiras compras feitas durante a crise do coronavírus beneficiou uma empresa ligada ao financiamento das campanhas de Mandetta nas eleições de 2010 e 2014, quando ele foi eleito deputado federal. A Pasta comprou R$ 700 mil em aventais hospitalares. Quem vai fornecer é a empresa Prosanis, de Campo Grande. A empresa é de Aurélio Nogueira Costa, dono da Cirumed, que, por sua vez, foi uma das maiores doadoras do atual ministro. Em 2014, só ficou abaixo da Amil. O repórter publicou o caso na newsletter Brasil Real Oficial e em sua conta do Twitter.

A história também foi checada pelo UOL, que procurou o Ministério. A Pasta afirmou foram enviadas propostas de preço e os praticados pela Prosanis eram menores. Mas não deu a resposta principal: se não enxerga conflito de interesses.

FRASES DA SEMANA

“O governo tem que cuidar do país, e cuidar do país significa cuidar do povo, e não cuidar do seu ego. Pare de se olhar no espelho e olhe para os 210 milhões de habitantes”. (De Lula, em live no Facebook, para Jair Bolsonaro) 

“Longe de demagogia ou populismo, não estranhem se me virem nos próximos dias dentro de um metrô lotado em São Paulo, ou de um ônibus lotado no Rio, ou de uma barcaça lotada porque sou o presidente e tenho que estar ao lado do povo”. (Jair Bolsonaro) 

“Você não é presidente mais. Precisa desistir. Você está espalhando o vírus e vai matar os brasileiros”. (De um imigrante haitiano para o presidente Jair Bolsonaro no cercadinho à entrada do Palácio da Alvorada, em Brasília)

“Os mais idosos vão pra casa, os mais jovens podem circular, tem mais saúde, mais defesa imunológica, e a economia consegue encontrar um meio termo. Porque se ficar todo mundo em casa, o produto (PIB) colapsa”. (Paulo Guedes, ainda ministro da Economia) 

“Não se apoia um governo pondo em risco a vida da população. Estão entendendo bem? Depois não venham chorar na porta do palácio”. (Ronaldo Caiado, DEM, governador de Goiás e médico, ao enfrentar a ira dos bolsonaristas que foram ontem às ruas)

Com informações de Leonardo Sakamoto, Josias de Souza, Ricardo Noblçat, Reinaldo Azavedo, Carta Capital, Outra Saúde, Sul 21, o Globo, BR-18, Folha de SP, Fórum, Veja, Dora Kramer, BRPolítico, Vera Magalhães, Marcelo de Moraes e Radar

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Victor Barone

Jornalista, professor, mestre em Comunicação pela UFMS.


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