19/04/2024 - Edição 540

Vale um Play

O Mar da Tranquilidade

Publicado em 10/01/2022 12:00 - Redação Semana On

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Assim que O Mar da Tranquilidade chegou no catálogo da Netflix, o coloquei na lista e esperei ter alguns dias de mais calmaria para começar a assistir a série. Quando se trata de séries, eu sou o tipo de pessoa que não tem muita paciência para descobrir os desfechos da trama, e costumo assistir tudo de uma vez, e assim foi com essa série.

Parece que a Netflix está empenhada em investir nas narrativas sul coreanas e temos no elenco pessoas que participaram desde Round 6 e Sense 8, o que já me deixou animado para assistir, porém, o que de fato me surpreendeu foi identificar elementos de antigos filmes de ficção científica, como Alien, Predador, O Enigma do Horizonte e O Enigma de Outro Mundo. Com certeza, deve haver mais referências. Na história, o mundo passa por uma grande dificuldade hídrica e temos a visível divergência entre classes sociais.

A série investe na construção de cenários, que lembram as estações espaciais de Alien, com diversos defeitos e reviravoltas mecânicas.

Nesse contexto, nos deparamos com uma cientista que procura obter respostas sobre sua irmã que trabalhava em um laboratório na Lua. Uma equipe é preparada e assim que chegam na estação, o grupo é surpreendido com diversas situações complicadas, desde problemas na estrutura do complexo, desaparecimentos e ainda uma verdade inconveniente.

Prepare-se para diversos questionamentos, mistérios e surpresas criativas.

A série faz diversas amarrações com eventos passados e parece não haver muita pressa para que possamos adquirir simpatia por alguns personagens, passando o episódio de introdução, percebemos que há muito o que responder no enredo e após terminar os oito episódios da primeira temporada, temos a típica sensação de querer mais.

O que me chama atenção nessas produções sul coreanas é o comprometimento pelos desenvolvimentos dos personagens e a forte postura da cultura oriental, características que sempre me despertam atenção nas produções asiáticas. A Lua vem recebendo muito destaque nos últimos tempos e a série busca aproveitar a relevância sobre o tema, para explorar ainda mais esse universo desconhecido, nos apresentando um enredo criativo, assustador e uma atmosfera criativa de suspensa e entretenimento.

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Victor Barone

Jornalista, professor, mestre em Comunicação pela UFMS.


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