20/04/2024 - Edição 540

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Datafolha confirma estagnação de Bolsonaro

Publicado em 29/09/2018 12:00 -

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A pesquisa Datafolha confirmou na sexta-feira (28) a estagnação do candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL). O presidenciável manteve os 28% das intenções de voto alcançados em diversos levantamentos anteriores.

Bolsonaro segue na liderança da corrida eleitoral, mas sua vantagem para o segundo colocado está diminuindo. Fernando Haddad (PT) subiu seis pontos percentuais em relação à pesquisa anterior e chegou aos 22%, se consolidando na segunda colocação.

Em terceiro lugar, aparecem tecnicamente empatados Ciro Gomes (PDT), com 11%, e Geraldo Alckmin (PSDB), com 10%. Enquanto o tucano subiu um ponto percentual, o ex-governador do Ceará perdeu dois pontos percentuais.

Em seguida, aparece Marina Silva (Rede) que perdeu mais dois pontos percentuais e agora tem 5% dos votos. Logo depois dela aparece João Amoêdo (Novo), com os mesmos 3% das intenções.

Após esse grupo, seguem empatados com 2% das intenções de voto os candidatos Alvaro Dias (Podemos) e Henrique Meirelles (MDB). Já Guilherme Boulos (Psol), Vera Lúcia (PSTU) e Cabo Daciolo (Patriota) foram indicados por 1% dos eleitores entrevistados.

Os presidenciáveis João Goulart Filho (PPL) e Eymael (DC) não pontuaram na pesquisa, ou seja, atingiram menos de 1% das intenções.

Os votos brancos ou nulos somaram 10%, ante os 12% da sondagem anterior. Além disso, os que não souberam ou não quiseram responder mantiveram os 5%.

O Datafolha também ouviu eleitores sobre possíveis cenários para o segundo turno. Em todas as simulações com Bolsonaro, o presidenciável perderia a disputa para os seus adversários.

Num segundo turno entre Ciro e o candidato do PSL, o presidenciável do PDT teria 48% dos votos, diante de 38% para o ex-militar. Em uma possível disputa isolada com Haddad, Bolsonaro teria 39% das intenções contra os 45% do ex-prefeito de São Paulo. Já contra Alckmin, o deputado aparece com 38% diante dos 45% do ex-governador.

Num embate entre Alckmin e Haddad, os dois candidatos seguem empatados com 39%. Numa disputa entre Ciro e o tucano, o presidenciável do PDT lidera com 45% dos votos contra 36% do ex-governador de São Paulo.

Já num segundo turno entre Ciro e Haddad, o primeiro aparece com 41% das intenções contra 35% do petista.

Além de líder da corrida presidencial, Bolsonaro continua em primeiro lugar isolado no ranking de candidatos em quem os eleitores não votariam de jeito nenhum. A rejeição do deputado subiu três pontos percentuais e alcançou 46%. Já Haddad tem 32%, Marina, 28%, Alckmin, 24%, e Ciro, 21%.

Em seguida vem Vera Lúcia Meirelles, com 18%, seguida por Boulos, Cabo Daciolo e Eymael, com 17%, Meirelles, com 16%, Alvaro Dias, com 15%, Amoêdo e João Goulart Filho, com 14%.

O Datafolha ouviu 9 mil eleitores em 343 cidades brasileiras. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos de cada resultado apurado. A pesquisa, encomendada pela Rede Globo e pela Folha de São Paulo, foi realizada entre 26 e 28 de setembro. 

No CNI/Ibope, Bolsonaro perde para Haddad, Alckmin e Ciro no 2º turno

CNI/Ibope divulgada no dia 26 aponta que Bolsonaro segue na liderança da corrida presidencial, com 27% das intenções de voto, seguido por Haddad, com 21%. Em seguida estão Ciro Gomes, com 12%, Alckmin, com 8%, e Marina, com 6%.

O resultado do levantamento, realizado entre os dias 22 e 24, é semelhante à pesquisa Ibope anterior, realizada nos dias 22 e 23 –e pela qual Bolsonaro tinha 28%; Haddad tinha 22%; e Ciro, 11%.

Nas duas pesquisas, ​Alckmin se manteve nos 8%. Já Marina passou de 5% para 6%.

De acordo com o levantamento mais recente, João Amoêdo (Novo) aparece com 3%, seguido dos empatados Álvaro Dias (Podemos) e Henrique Meirelles (MDB), com 2%. Guilherme Boulos (Psol) tem 1%. Entre os eleitores, 11% se declararam brancos e nulos, e 7% não responderam ou não souberam responder.

Em um segundo turno, Bolsonaro aparece numericamente atrás de Haddad (42% a 38%) e de Alckmin (40% a 36%), e perde de Ciro (44% a 35%). Ele aparece à frente de Marina (40% a 38%) dentro da margem de erro da pesquisa (dois pontos percentuais para mais ou para menos).

Os dois líderes nas pesquisas também são os candidatos com maior índice de rejeição junto ao eleitor, reforçando o alto grau de polarização na disputa.

Bolsonaro aparece como o candidato com maior índice de rejeição, com 44% dos eleitores afirmando que não votariam nele de jeito nenhum. Haddad e Marina empatam na segunda colocação, com 27%.

Os eleitores do candidato do PSL são os que apresentam maior grau de convicção, dado que 55% deles responderam que a decisão de votar nele é definitiva. No caso de Haddad, 49% disseram que não trocarão a escolha de candidato.

O levantamento CNI/Ibope também perguntou sobre o voto útil. Entre os eleitores, 28% afirmaram que a probabilidade de deixar de votar no candidato de sua preferência para evitar que outro que ele não gosta vença a eleição é alta ou muito alta.

A pesquisa foi contratada pela Confederação Nacional da Indústria e ouviu 2.000 eleitores entre os dias 22 e 24 de setembro em 126 cidades brasileiras. O levantamento está registrado no TSE com o número BR-04669/2018.


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