20/04/2024 - Edição 540

Mundo

Cresce a tensão na fronteira com Gaza

Publicado em 04/07/2014 12:00 -

Clique aqui e contribua para um jornalismo livre e financiado pelos seus próprios leitores.

Ataques aéreos israelenses feriram 15 pessoas na Faixa de Gaza na última quinta-feira (3) enquanto militantes do grupo Hamas continuaram disparando foguetes contra Israel. O recrudescimento do conflito ocorreu depois que o corpo de um garoto palestino de 16 anos foi descoberto em Jerusalém, uma possível vingança após a morte de três adolescentes judeus, cuja responsabilidade o Estado judaico atribuiu a militantes do Hamas na Cisjordânia ocupada.

Os ataques aéreos israelenses atingiram pelo menos três instalações de treinamento do Hamas em Gaza, disse uma fonte do grupo islâmico, que domina esse enclave palestino. Forças militares de Israel disseram que 14 projéteis tinham sido disparados contra o país vindos da Faixa de Gaza e que foguetes haviam atingido duas casas na cidade de Sderot, sul do país, mas não causaram vítimas.

A chefe de direitos humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), Navi Pillay, condenou tanto palestinos quando israelenses pelo mais recente episódio de violência na fronteira de Gaza e também pela morte do adolescente palestino. “Do ponto de vista de direitos humanos, eu condeno esses ataques com foguetes e, especialmente, eu condeno os atos excessivos de retaliação de Israel”, disse Pillay a jornalistas em Viena.

O gabinete de segurança de Israel considera opções militares em resposta aos insistentes disparos de foguetes da Faixa de Gaza nas últimas semanas, mas não há posicionamento oficial sobre qualquer decisão tomada, em meio ao clamor público de alguns ministros para que haja forte retaliação.

O jovem palestino, Mohammed Abu Khudair, foi visto vivo pela última vez sendo empurrado para dentro de uma van na quarta-feira (2) perto de sua casa na localidade árabe de Shuafat, em Jerusalém, um dia após o enterro de três adolescentes judeus que foram sequestrados em 12 de junho.

O presidente palestino, Mahmoud Abbas acusou colonos judeus de matar o adolescente. O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse em comunicado que a morte do rapaz foi um “repugnante assassinato” e pediu que nenhum dos lados faça justiça com as próprias mãos.


Voltar


Comente sobre essa publicação...

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *