29/03/2024 - Edição 540

Poder

Nulos, brancos e indecisos somam o dobro dos votos do líder, segundo o DataPoder360

Publicado em 08/06/2018 12:00 -

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A pesquisa realizada pelo DataPoder360 na última semana revela que a imensa maioria dos eleitores dizem que votarão em branco ou nulo. O percentual somado dessas categorias é de 27% a 29%. Os números são superiores a intenção de votos declarada ao líder das pesquisas, Jair Bolsonaro (PSL), que pontua de 21% a 25%. Se somados aos que ainda não decidiram em quem votar ou não quiseram responder a pesquisa (26%), a fatia do eleitorado sobe para cerca de 50%.

Além disso, 25% dos entrevistados disseram que podem mudar seu voto. Somados aos 26% que não sabem com certeza absoluta em quem vão votar, este voto flutuante chega a 51%.

Apenas 49% dos entrevistados disseram que o voto presidencial já está decidido. Esse grupo responde que votará com certeza em outubro da forma que expressou sua opinião agora.

O voto mais consolidado no momento é o de Jair Bolsonaro: 77% dos bolsonaristas dizem que não mudarão mais de opinião até a eleição (veja o infrográfico no fimd esta reportagem) .

O voto menos consolidado, paradoxalmente, é o de Marina Silva: apenas 41% de seus eleitores dizem que não mudarão mais de opinião até outubro. Trata-se de algo curioso, pois a pré-candidata da Rede pontua bem nas simulações de 1º turno e é quem mais ameaça Bolsonaro num eventual 2º turno.

Para o cientista político Rodolfo Costa Pinto, que coordenou as pesquisas, “tanto Marina Silva quanto Bolsonaro incorporam em certa medida na visão do eleitorado brasileiro a ideia do outsider, uma espécie de voto de protesto contra tudo o que está aí”.

Ainda segundo Costa Pinto, os 2 candidatos “representam 2 lados da mesma moeda. Marina é a materialização do espírito do politicamente correto. Já Bolsonaro é conhecido por não se importar com o que é o que não é politicamente correto ao se apresentar publicamente”.

Costa Pinto acredita que uma parte do voto declarado em Marina Silva venha de eleitores que gostariam de ter uma opção mais próxima do que se chama de “politicamente correto”. Mas muitos “são pessoas que ainda não têm muita certeza sobre votar mesmo na candidata da Rede. Essa pode ser uma explicação para ela não ter 1 voto tão firme”.

O levantamento realizou 10.500 entrevistas por meio de telefones fixos e celulares. Foram atingidas 349 cidades em todas as regiões do país, de 25 a 31 de maio.

A abrangência das 10.500 entrevistas permitiu uma radiografia precisa da corrida presidencial neste momento, com possibilidades de cruzamentos relevantes considerando faixa etária, gênero, renda e nível de escolaridade. A margem de erro para o total da amostra é de 1,8 ponto percentual, para mais ou para menos. O registro do estudo no TSE é BR-09186/2018.


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