19/03/2024 - Edição 540

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Hipertensão é doença silenciosa que também afeta cães e gatos

Publicado em 03/05/2018 12:00 -

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O cãozinho Thor, de três anos, foi diagnosticado com pressão alta e, neste mês, começou um tratamento que inclui remédio e mudança da ração.

Assim como nos humanos, a hipertensão é doença silenciosa. No caso de cães e gatos, age de forma secundária, ou seja, é causada por outras patologias —como diabetes, tumores, doenças renais, cardíacas ou endócrinas.

“Caso o animal seja diagnosticado com pressão arterial alta, o veterinário deve descobrir a causa, iniciar o tratamento da doença primária e tratar a hipertensão em conjunto. Com o diagnóstico e tratamento precoce, seu animal pode ter um aumento da sobrevida”, diz Carla Berl, diretora da rede de hospital veterinário Pet Care.

Thor ainda passa por exames para fechar o diagnóstico, mas o controle já mostrou resultado e ele está ótimo, segundo a tutora, a advogada Ana Cristina Mello.

É difícil identificar os sintomas da hipertensão. O animal pode apresentar cansaço, não enxergar direito, beber mais água, desmaiar.

Com o yorkshire Thor, uma certa fraqueza indicou que algo não ia bem. “Ele teve algumas vezes uma perda de controle dos movimentos, não ficava em pé, ficava muito assustado. Isso durava aproximadamente três minutos”, afirma a tutora.

Raças pequenas e animais idosos

Se não for controlada, a hipertensão pode provocar sérias lesões no coração, nos olhos, no cérebro ou nos rins —o que leva à insuficiência cardíaca, cegueira, acidente vascular cerebral e insuficiência renal.

De acordo com a Pet Care, a pressão arterial ideal dos cães e gatos é semelhante à dos humanos —12×8 (120/80 mm Hg)—, mas pode variar de acordo com a raça e o porte.

Todas as raças pequenas são propensas à doença, também comum em animais mais velhos. A rede veterinária afirma que cerca de 50% dos pets idosos são afetados.

Medição

Se para humanos há facilidades e aparelhos portáteis para medir a pressão arterial até em casa, para os pets não é assim tão fácil.

Os aparelhos usados nos humanos não servem para cães e gatos. A medição nos pets pode ser feita pelo método direto — por meio de cateterismo arterial— ou indireto —com aparelho especial com doppler.

Segundo a Pet Care, o monitoramento da pressão arterial do animal deve ser feito desde cedo, para identificar eventuais alterações, e ao menos uma vez por ano. Animais doentes, porém, devem se submeter ao exame a cada duas semanas.


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