26/04/2024 - Edição 540

Cultura e Entretenimento

Boca de Cena transforma espaços públicos em palcos com apresentações gratuitas

Publicado em 29/03/2018 12:00 -

Clique aqui e contribua para um jornalismo livre e financiado pelos seus próprios leitores.

Ruas, praças, escolas e espaços artísticos da Capital se transformarão mais uma vez em um grande palco para a encenação e a troca de experiências culturais. A Mostra Sul-Mato-Grossense de Teatro e Circo – Boca de Cena contará com apresentações teatrais, seminários, diálogos cênicos e oficinas diversas. As atividades prosseguem até domingo (1º de abril), sempre com entrada franca.

Com uma programação diversa e plural, o Boca de Cena conta este ano com peças teatrais representativas da produção do Estado escolhidas por edital e a participação de convidados de São Paulo, Rio de Janeiro e de Pernambuco. Além dos espetáculos, os artistas estarão presentes em seminários, diálogos cênicos, oficinas criativas e debates sobre as peças.

Realizado desde 2008 pela Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul, o Festival também rende homenagens: serão celebrados os trabalhos do ator e diretor Jair Damasceno, da Cia. Teatral Ator Domingos Terra, dirigida por Beth Terras e da Família Perez, cuja história é pautada pelo Circo Real Pantanal.

Trabalho pela arte

Consolidado no calendário teatral do Estado, o Festival Boca de Cena promove e valoriza o encontro do público com o teatro e o circo. “Nosso objetivo é garantir uma programação artística reveladora da expressão cênica estadual, gerando intercâmbio de artistas e a formação de plateia”, explica Márcio Veiga, coordenador do Núcleo de Teatro da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul.

Segundo o secretário de Cultura e Cidadania, Athayde Nery, o Boca de Cena busca prioritariamente o envolvimento e o diálogo com o setor, oferecendo espetáculos de qualidade para a população aliado ao fortalecimento do teatro por meio de debates, intercâmbio e troca entre os grupos daqui e os de fora.

Confira a programação:

30 de março (sexta)

8h – Seminário Estadual de Teatro

Local: Circo do Mato

Espaço de debates e discussões a respeito de políticas públicas e organização da classe teatral

13h/17h – “Plataforma – Oficina de gestão e produção teatral” – Pedro Vilela (TREMA! Plataforma de Teatro – Recife/PE)

Local: Sala Rubens Correa – Centro Cultural José Octávio Guizzo – 20 vagas – Inscrições: bit.ly/oficina.bc18

18h – Top Circo – Circo Real Pantanal-Família Perez (Campo Grande/MS)

Local: Avenida Rádio Maia S/N, Vila Popular (Próximo à Avenida Duque de Caxias) – Classificação: Livre

Um dos homenageados do Boca de cena 2018, a Família Perez comemora 46 anos de trajetória na história do Circo brasileiro. A família que já está na 4ª geração, resiste ao tempo para manter de pé uma tradição que passa de pai para filho. O Circo Real Pantanal promete mostrar um espetáculo belíssimo, cheio de energia e alegria. Artistas: Sueli Perez, Hugo Leanor Perez, Elenita Fernandes, Iago Pereira Perez e Higor Pereira Perez.

20h – Salomé F.P –  Núcleo Artístico Jair Damasceno (Campo Grande/MS)

Local: Teatral Grupo de Risco – Classificação: 14 anos

Público limitado em 90 pessoas (retirar ingressos 1 hora antes)

O texto Salomé, de 1914, foi encontrado há poucas décadas em pesquisa no acervo de Fernando Pessoa, na Biblioteca Nacional de Lisboa e ainda não havia sido encenado profissionalmente no Brasil. O chamado “poeta dos sonhos” conta a sua versão da história da princesa que segundo o cristianismo pediu a Herodes a cabeça de São João Batista. Livre dos preceitos religiosos, mas fascinado pelo mito Salomé, Fernando Pessoa dá à famosa personagem a tarefa (ou poder?) de criar, através dos sonhos, os enredos da sua própria vida e entre eles a história de João Batista. Dessa forma livre e criativa, a peça se distancia do caráter religioso, até porque não se sabe com precisão se Salomé de fato existiu. Por outro lado, a poética dá à sua criação o status de Teatro do Êxtase, por ele próprio denominado, o que a montagem feita por Jair Damasceno procura preservar.

Com 45 anos de carreira, o diretor do espetáculo, Jair Damasceno, homenageado da Mostra, impressiona não só pela qualidade artística da peça, mas também pela originalidade e contemporaneidade estética. Jair também chama a atenção, agora em cena, pela atuação vigorosa e pela expressão de um personagem poderoso.

Texto: Fernando Pessoa; Escritura cênica, direção e preparação de Elenco: Jair Damasceno; Elenco: João Pedro Xavier, Léo Reinaltt, Jair Damasceno, Yan Gabriel; Instalação e Performance: Guilherme Moraes; Sonoplastia – criação e execução: Felipe Guedes; Preparação vocal: Marjorie Matsue; Operação de Luz: Lana Figueiró e Yuri Tavares; Criação da Arte Visual: Marilena Grolli; Customização do Figurino: Vanda Ferreira; Figurino do ator Guilherme Moraes: Rosa Salomão; Consultoria Artística: Glaucia Pires; Registro fotográfico:  Matheus Lomando; Criação de Imagens: Nosso Espaço.

 

31 de março (Sábado)

 

11h – Bebê a Bordo – Grupo Flor e Espinho (Campo Grande/MS)

Local: Calçadão da Barão (Entre 14 de julho e 13 de maio) – Classificação: Livre

Bebê a Bordo conta a história de um palhaço andarilho que num dia qualquer encontra perdido meio ao lixo um carrinho de bebê. Ao perceber que no carrinho há um bebê o palhaço não sabe se segue seu caminho ou fica para cuidar da criança. O que segue a partir daí é uma divertida aventura. Neste espetáculo com roteiro e uma sensível história onde os códigos de cuidado como, dar mamadeira e trocar fraldas se transformam numa divertida aventura. Roteiro e Direção: João Lima; Atuação: Anderson Lima; Arte Gráfica: Helton Perez; Técnico de Som: Luiz Cláudio Dias; Iluminação: Anderson Lima; Operador de Luz: Ewerton Goulart; Fotografia: Anana Chaves.

13h/17h – Continuidade da Oficina “Plataforma – Gestão e produção teatral” – Pedro Vilela (TREMA! Plataforma de Teatro – Recife/PE)

Local: Sala Rubens Correa – Centro Cultural José Octávio Guizzo – 20 vagas – Inscrições: bit.ly/oficina.bc18

Com o objetivo de desenvolver processos de qualificação para a gestão no campo da cultura e das artes, bem como possibilitar a articulação entre as realidades político-institucionais mais amplas e o contexto local, a oficina “Gestão e Produção Teatral” oferece ao participante uma melhor interpretação e atuação nos processos de gestão cultural.

18h – João e o pé de feijão – Circo do Mato Grupo de Artes Cênicas (Campo Grande/MS)

Local: Concha Acústica Helena Meirelles – Classificação: Livre

Capitão Gancho, um ardiloso e tenebroso vilão, invade a Terra das Nuvens banindo João e a sua mãe para a Terra do Nunca. O malvado aprisiona e escraviza o pai do menino e hipnotiza sua mãe para não se lembrar de nada. Exilados na Terra do Nunca a mercê dos infortúnios do lugar, João decide vender sua vaca Mimosa e acaba trocando-a por sonhos e feijões mágicos, que fantasticamente o levam de volta à Terra das Nuvens onde enfrenta o “Capitão Gancho” em uma batalha heroica pela libertação de seus pais e a reconquista de sua casa na Terra das Nuvens. Texto e direção: Anderson Bosh; Argumento: Circo do Mato; Direção de arte e objetos de cena: Mauro Guimarães; Elenco: Douglas Caetano, Mauro Guimarães, Murillo Atalaia, Patrycia Andrade e Yasmin Fróes; Direção musical: Carlos Anunciato; Produção executiva, comunicação e fotografia: Laila Pulchério; Vozes infantis em off: Álvaro Atalaia, Eduardo Fróes, Isabela Fróes de Souza, Isadora Salles, Mavi, Pedro Navarrete e Yasmin Alves; Figurinos: Marcelo Silva e Anderson Bosh; Design gráfico: Diego Ouro Preto; Costuraria: Fátima Silva e Cida Silva.

20h – Carne de Mulher – Paula Cohen (São Paulo/SP)

Local: MARCO – Museu de Arte Contemporânea – Classificação: 14 anos

A peça escrita por Dario Fo e Franca Rame em 1977 traz a história de uma prostituta que está presa no manicômio judiciário por ter ateado fogo no escritório de um industrial. A personagem conta sua trajetória de vida, revelando uma sequência de abusos, onde o transbordar torna-se inevitável, fazendo com que encontre forças para reagir diante de seus opressores. Atuação e concepção: Paula Cohen; Texto: Dario Fo e Franca Ramme; Direção: Georgette Fadel; Iluminação e Cenário: Marisa Bentivegna; Trilha sonora e música composta: Cláudia Assef; Produção: Contorno Produções; Fotos: Lenise Pinheiro; Arte Gráfica: Patrícia Cividanes.

13h/17h – Continuidade da oficina “Gestão de Coletivos” – Pedro Vilela (TREMA! Plataforma de Teatro – Recife/PE)

Local: Sala Rubens Correa – Centro Cultural José Octávio Guizzo – 20 vagas – Inscrições: bit.ly/oficina.bc18

1º de abril (Domingo)

13h/17h – Continuidade da – Continuidade da Oficina “PLATAFORMA – Oficina de gestão e produção teatral” – Pedro Vilela (TREMA! Plataforma de Teatro – Recife/PE)

Local: Sala Rubens Correa – Centro Cultural José Octávio Guizzo – 20 vagas – Inscrições: bit.ly/oficina.bc18

Com o objetivo de desenvolver processos de qualificação para a gestão no campo da cultura e das artes, bem como possibilitar a articulação entre as realidades político-institucionais mais amplas e o contexto local, a oficina “Gestão e Produção Teatral” oferece ao participante uma melhor interpretação e atuação nos processos de gestão cultural.

18h – Lua Gigante – Circo da Lua (Rio de Janeiro/RJ)

Local: Concha Acústica Helena Meirelles (Parque das Nações Indígenas) – Classificação: Livre

Lua Gigante é um espetáculo infantil para ser assistido por toda família. Sua essência traz à cena uma atmosfera lúdica para ser contemplada por todas as faixas etárias. É um convite para deixarmos entrar a nossa criança interior colorindo cada vez mais o universo. Direção e dramaturgia: João Ferreira; Elenco: Adelly Constantini, Bruna Lima, Celso José e Glaucy Fragoso; Produção: Luana Lessa; Iluminação: Ananda Felippe; Operação de luz: Tainã Miranda; Trilha Sonora: Isadora Medella.

 

20h – Procura ser artista – Comédia de variedades – Coletivos artísticos de Mato Grosso do Sul

 

Local: Centro Cultural José Octávio Guizzo – Classificação: 14 anos

Tradicionalmente o Boca de Cena – Mostra Sul-Mato-grossense de Teatro e Circo se encerra com um belíssimo espetáculo de variedades. Congregando artistas vários locais, o público terá a oportunidade de ver um espetáculo mesclado de técnicas circenses e virtuosismos. Sob direção do experiente diretor Breno Moroni, o espetáculo desse ano pretende dar show e fechar com chave de ouro uma maratona de 20 apresentações que celebram a Semana do Teatro e Circo de Mato Grosso do Sul.

Classificação: Livre

Serviço: Todas as apresentações são gratuitas. Mais informações com Márcio Veiga, coordenador do Núcleo de Teatro da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul pelos telefones (67) 3318-9170 ou (67) 9 9272-9770.


Voltar


Comente sobre essa publicação...

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *