23/04/2024 - Edição 540

Mato Grosso do Sul

Dinheiro usado em pontes que caíram pode voltar aos cofres do Governo do Estado

Publicado em 08/03/2018 12:00 -

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Os recursos empregados pela gestão anterior na construção das pontes que desabaram nos municípios de Guia Lopes e Jardim poderão retornar aos cofres públicos caso seja comprovada em perícia falha estrutural na obra. A informação foi dada pelo governador Reinaldo Azambuja nesta segunda-feira (5.3), na solenidade de formatura de cabos da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul (PMMS), na Capital.

De acordo com ele, onde a perícia apontar problemas no projeto ou execução as empresas responsáveis serão intimadas a ressarcir ao erário os valores pagos. “Nós vamos buscar o ressarcimento, é dinheiro público que precisa voltar para ser bem aplicado”, afirmou.

“O Governo tem que cobrar a responsabilidade, seja do projetista ou de quem executou”, disse, ao ressaltar que as obras públicas possuem seguro de cinco anos que também poderá ser acionado.

“Nós já estamos fazendo perícia com algumas pontes que já apresentaram problemas, mas como isso tem sido corriqueiro em praticamente todas as que foram construídas no mandato anterior, faremos pericia geral principalmente para dar segurança àqueles que usam essas pontes”, explicou.

Efeito dominó

Em Guia Lopes da Laguna, a estrutura construída pela gestão anterior sobre o rio Santo Antônio desabou em efeito dominó, em janeiro de 2016. No local, o atual Governo está finalizando uma nova travessia.

Em Guia Lopes da Laguna, a estrutura construída pela gestão anterior sobre o rio Santo Antônio desabou em efeito dominó, em janeiro de 2016. No local, o atual Governo está finalizando uma nova travessia.

No mês passado, outra ponte praticamente desabou, cedendo após um dos blocos de concreto deslocar. Desta vez sobre o rio dos Velhos, em Jardim, isolando pequenos agricultores no período do escoamento da safra de soja.

Conforme a Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos (Agesul), dezenas de travessias apresentaram problema em todo o Estado. Levantamento técnico preliminar apontou que elas foram construídas com base no mesmo projeto, sem considerar a velocidade da água nem os diferentes tipos de solo.


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