29/03/2024 - Edição 540

Ágora Digital

Uma mala só é bobagem

Publicado em 24/11/2017 12:00 - Victor Barone

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O novo diretor-geral da Polícia Federal, Fernando Segovia, chegou à casa nova pisando, literalmente, na caca. Ao afirmar que a investigação que levou a Procuradoria Geral da República (PGR) a denunciar o presidente Michel Temer (PMDB-SP) não poderia ter se baseado “apenas em uma única mala" de dinheiro, e que "talvez" ela fosse insuficiente para comprovar se os investigados cometeram crime de corrupção (referindo-se à mala com R$ 500 mil em dinheiro entregue em abril pelo executivo Ricardo Saud, do frigorífico JBS, para o então deputado – ex-assessor e homem de confiança de Temer – Rodrigo Rocha Loures, PMDB-MG), Segovia mostrou que chega ao comando da PF com patrocinadores e apadrinhados de obscuros interesses. A suspeita da PGR é de que Temer seria o destinatário final do dinheiro.  Em relatório entregue ao Supremo Tribunal Federal (STF), em junho, a própria Polícia Federal afirmou que as evidências colhidas na investigação indicavam "com vigor" que Temer cometeu o crime de corrupção passiva.

Reação em cadeia

Ao desmerecer o trabalho da Procuradoria Geral da República (PGR) em defesa “des”velada do presidente Michel Temer (PMDB-SP), o novo diretor-geral da Polícia Federal, Fernando Segovia desencadeou uma reação em cadeia. O procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, integrante da força-tarefa da Operação Lava Jato, afirmou que não cabe a Fernando Segovia emitir opinião sobre as denúncias na operação.  Veja o que ele disse, em postagem no Facebook:

Janot chuta o balde

O ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot também questionou as declarações do novo diretor-geral da Polícia Federal, Fernando Segovia, que colocou em dúvidas o trabalho da Procuradoria Geral da República (PGR) e da Própria PF em relação a denúncia contra o presidente Michel Temer (PMDB-SP). Janot apontou desconhecimento por parte de Segovia sobre o trabalho desenvolvido pela Polícia Federal durante as investigações e disse que o novo diretor da PF "precisa dar uma estudadinha" na lei processual. "A pergunta que não quer calar é: ele se inteirou disso ou ele está falando por ordem de alguém?", disse Janot, que compartilhou a entrevista em sua conta pessoal no Twitter: veja abaixo.


Tiro pela culatra

Ficou óbvio até para o mais cego entre os cegos que o novo diretor-geral da Polícia Federal, Fernando Segovia, tentou atingir os procuradores que denunciaram seu chefe, o presidente Michel Temer (PMDB-SP). Vale lembrar que o poderoso foi alçado ao cargo por uma coalizão de políticos delatados, como Eliseu Padilha (PMDB-RS) e José Sarney (PMDB-MA). Sua postura apenas reforçou a ideia de que já se tinha dele: um “estancador” de sangrias.

Esclarecimentos

A Comissão de Direitos Humanos do Senado aprovou convite para que o novo diretor-geral da Polícia Federal, Fernando Segovia, dê explicações sobre sua nomeação para o cargo e seus planos em relação à Operação Lava Jato. Deve-se a iniciativa ao senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP). O requerimento menciona a necessidade de que Segovia preste esclarecimentos também sobre sua proximidade política com investigados do PMDB (os mesmos da nota acima).

Desmoralização

O Supremo Tribunal Federal (STF) parece não ter medo de caminhar na corda bamba que pode precipitá-lo ao abismo da desmoralização pública.  O pedido de vista do ministro Dias Toffoli ao processo sobre a limitação do foro privilegiado mostra isso.  Esta caminhada às cegas pelas searas do descrédito público passou também pelo caso do afastamento “pra inglês ver” de Renan Calheiros (PMDB-AL) da linha sucessória da Presidência da República; pela fraqueza no caso de Aécio Neves (PSDB-MG), entre outros episódios Ao pedir vista, Toffoli ajudou a fortalecer a impressão de que um pedaço do Supremo trabalha sob a égide de malfeitores.

Encontro conveniente

O ministro Dias Toffoli afirmou ter sido "coincidência" seu encontro com o presidente Michel Temer (PMDB-SP) poucos dias antes do Supremo Tribunal Federal (STF) voltar a discutir a limitação do foro privilegiado.  Ele negou ter discutido o assunto com o presidente.  "Jamais. Foi uma coincidência o encontro, pode-se até fazer esta ilação, entendo. Mas eu não concluo jamais porque o tema não foi tratado", afirmou. Seu pedido de vista ao processo interrompeu novamente o julgamento do foro no STF.  Sobre previsão de quando devolverá o processo, o ministro disse que não será neste ano.  "Assim que eu tiver uma posição, mas neste ano não mais."

Lamentável, vulgar, promíscua

"Lamentável", "vulgar" e "promíscua". Foi assim que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux classificou a decisão da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) de soltar os deputados estaduais do PMDB Jorge Picciani (presidente da Alerj), Paulo Melo e Edson Albertassi. Suspeitos de formar uma organização criminosa para desviar recursos públicos, eles foram presos por determinação do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, mas a prisão foi revogada por decisão da maioria dos deputados estaduais do RJ. Na terça (21), o Tribunal de Justiça do Rio concedeu uma liminar suspendendo a sessão da Alerj, após um mandado de segurança impetrado pelo Ministério Público Estadual.

Poderoso Huck

Um dos patrocinadores de Luciano Huck procurou-o para conversar sobre seus planos políticos. Almoçaram na última quarta-feira (22). O empresário perguntou a Huck se ele seria mesmo candidato à Presidência da República. Disse que não gostaria de ver sua logomarca associada a um projeto presidenciável. Em timbre categórico, o apresentador da Rede Globo declarou que não disputará o Planalto e nem se filiará a algum partido político. Huck ainda não informou sobre sua suposta decisão à cúpula do PPS, legenda com a qual vem negociando.

Dória recua… será?

O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), recuou dos planos de se candidatar à Presidência e hoje tem o governo paulista como possibilidade mais plausível para 2018. Aliados do tucano dizem que ele reconhece que o governador Geraldo Alckmin ganhou a dianteira na disputa interna no PSDB pela candidatura presidencial. Em seu entorno, fala-se na necessidade de submergir para reaparecer em um ambiente mais favorável.

Tem que respeitar este cabra

O ator Pedro Cardoso abandonou na 5ª feira (23), ao vivo, o programa Sem Censura, da TV Brasil, em repúdio à uma publicação nas redes sociais, onde o presidente da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Larte Rimoli, compartilhou postagens irônicas a declaração da atriz Taís Araújo sobre casos de racismo contra a sua família. “O presidente dessa empresa, que é uma empresa que pertence ao povo brasileiro, fez comentários extremamente inapropriados a respeito do que teria dito uma colega minha [Taís Araújo], onde a presença do sangue africano é visível na pele”, afirmou Cardoso. “Se essa empresa, que é a casa do povo brasileiro, tem no presidente uma pessoa que fala contra isso, eu não posso falar sobre o que vim aqui falar.”

Chupou o dedo, por enquanto…

Cotado para substituir Antonio Imbassahy (PSDB-BA) na Secretaria de Governo, o deputado Carlos Marun (PMDB-MS) deu de cara com o atual ministro ao chegar no jantar em que o texto da nova Previdência foi apresentado a deputados, na quarta (22). O desconforto reinou. O imbróglio sobre a Secretaria de Governo chegou a uma encruzilhada. Mesmo que o presidente queira poupar Imbassahy, não tem como desbancar Marun, aliado fiel no Congresso. Seria “péssima sinalização para a base”, advertem aliados. E o trator sul-mato-grossense quer o seu agradinho.

Pobrezinho do Marun

As declarações públicas de bens do possível novo ministro da articulação política de Michel Temer (PMDB-SP), Carlos Marun (PMDB-MS), são de dar dó. O deputado federal declarou à Justiça, nas eleições de 2004, não ser dono de um centavo sequer. Dois anos depois, e tendo cumprido metade de um mandato de vereador em Campo Grande, declarou uma poupança de R$ 352,75. Em 2010, quando concorreu e foi eleito ao segundo mandato como deputado estadual, informou à Justiça ter R$ 228 mil, incluindo uma casa. Mas o infortúnio econômico parecia não ter ido embora, pelo menos no papel: quatro anos depois, em 2014, a casa sumiu de sua prestação de contas: Marun entregou à Justiça Eleitoral declaração de bens de R$ 94 mil. Na quarta (22), em entrevista à Folha de SP, o deputado falou sobre a sua curiosa evolução e involução patrimonial. Manuseando de forma desorganizada uma dúzia de papeis que mandara imprimir, revelou que, na verdade, seu patrimônio real é muito maior do que aquele que a Justiça conhece.

Kátia Abreu fora do antro

A senadora Kátia Abreu (TO) divulgou nota na quinta-feira (23) sobre decisão do Conselho de Ética do PMDB de expulsá-la do partido. “Fui expulsa exatamente por não ter feito concessão à ética na política. Fui expulsa por defender posições que desagradam ao governo. Fui expulsa pois ousei dizer não a cargos, privilégios ou regalias do poder”, afirmou a senadora.

Magno, o Peralta

Os senadores Magno Malta (PR-ES), presidente da CPI dos Maus-Tratos, e Marta Suplicy (PMDB-SP) protagonizaram uma discussão áspera durante a reunião do colegiado da quinta-feira (23), que ouviu pessoas relacionadas a exposições artísticas que geraram polêmicas nas últimas semanas.  Marta demonstrou contrariedade em relação à forma com que Magno conduz os trabalhos da CPI, que tem o objetivo de investigar irregularidades e crimes relacionados aos maus-tratos praticados contra crianças e adolescentes no Brasil, e não a arte e seus meandros. Para a senadora, Malta atua de forma “autoritária” na presidência da comissão.

Censura à arte

O curador da mostra Queermuseu, Gaudêncio Fidélis, afirmou na quinta-feira (23) em Brasília que a exposição foi alvo de "censura" e "campanha difamatória".  Exibida no Santander Cultural, em Porto Alegre (RS), a mostra sobre diversidade sexual foi cancelada em 10 de setembro após críticas, principalmente nas redes sociais, de que as obras promoviam a pedofilia, a sexualização de crianças e a zoofilia.  Diante da polêmica, dois promotores do Ministério Público do Rio Grande do Sul visitaram a mostra e chegaram à conclusão de que não havia nada disso nas obras. "[O fechamento] se caracteriza, dentro da Constituição brasileira, claramente como censura. E nós entramos, então, numa discussão que é aquela que diz respeito à liberdade de expressão, à liberdade de escolha, à liberdade de nós podermos decidir o que nós queremos o que queremos ver, o que nós queremos ouvir, o que nós queremos ler e assim por diante", afirmou Fidélis. O curador deu a declaração ao participar de uma audiência na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) criada no Senado para apurar casos de maus-tratos a crianças.

Aécio quer sair

O senador Aécio Neves (PSDB-MG) disse nesta semana que já está na hora de o PSDB deixar a base de partidos aliados ao presidente Michel Temer (PMDB-SP) no Congresso. “Eu vejo que o tempo de contribuição do PSDB com cargos no governo está no final”, disse.

Bolsonaro e Lula

Jair Bolsonaro (PSC-RJ) passa por um momento muito parecido com o que passou Lula (PT-SP) em 2002. Depois de três tentativas malsucedidas para chegar à presidência, o petista convenceu a elite econômica de que não iria lotear suas mansões entre os menos favorecidos: acabou sendo eleito. Agora, o queridinho da direita-amalucada, dos jovenzinhos adoradores de memes e do fundamentalismo religioso faz o mesmo: percorre os salões do poder garantindo que não, não é nenhum maluco.  O problema é que, diferente de Lula – que apesar de ter cumprido à risca seu compromisso com o status quo garantiu avanços modestos nas questões sociais – o ex-capitão não tem absolutamente nada a oferecer, a não ser um sorriso abestalhado, memes engraçadinhos e uma visão de mundo que promete nos equiparar ao que há de pior no planeta.

Quem disse?

“Não tenho mais idade de ficar criando o 'Fora, Temer' e ele estar dentro, de ficar criando o 'não vai ter golpe' e ter golpe. Vamos ter que parar de gritar […] Eu não sou de extrema esquerda e muito menos o Bolsonaro é de extrema direita. O Bolsonaro é mais do que isso e quem convive com ele sabe o que ele é. Não vou dizer porque acho que ele tem o direito de ser candidato, de convencer as pessoas”.

Quem disse isso foi?

( ) Marina Silva.

( ) Ciro Gomes.

( ) Aécio Neves.

( ) Luciano Huck.

(X) Lula.

Bolsonaro, por Temer

Falando sobre a candidatura do deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) à Presidência da República, o presidente Michel Temer (PMDB-SP) disse o seguinte: “[Bolsonaro] Agrada por pregação à ordem. Mas tem ideias contraditadas por muita gente (…) As pesquisas hoje, com todo respeito, não valem nada. Terão mais robustez lá pra junho, julho. Candidatos, há muitos candidatos. Mas candidaturas serão poucas.

Bora exterminar tudo

Em entrevista ao programa "Canal Livre", da Band, o deputado federal Jair Bolsonaro (PATRIOTA-RJ) disse o seguinte: "Se morrerem 40 mil bandidos [por ano, por ação da polícia], temos que passar para 80 mil. Não há outro caminho. Não dá para combater violência com políticas de paz e amor", afirmou. "Preso não deve ter direito nenhum, não é mais cidadão. O sentido da cadeia não é ressocializar, mas tirar o marginal da sociedade."

PT e Lula

Embora não admita publicamente, a cúpula do PT avalia que dificilmente Lula (PT-SP) conseguirá disputar a Presidência da República em 2018. A despeito disso, dirigentes do partido informaram a aliados que a candidatura do ex-presidente será mantida até as últimas consequências. Dá-se como certo que o TRF da 4ª Região, sediado em Porto Alegre, confirmará a sentença do juiz Sergio Moro que condenou Lula a 9 anos e meio de cadeia. Nessa hipótese, a Lei da Ficha Limpa o impediria de disputar eleições. O PT se equipa para guerrear na Justiça. O partido não cogita substituir o candidato senão em último caso, depois que a Justiça Eleitoral impugnar o registro da candidatura. A estratégia não convence aliados tradicionais. O PCdoB, por exemplo, já lançou a candidatura presidencial da deputada estadual gaúcha Manuela D’ávila. O PSB, depois de se reunir com a presidente petista Gleisi Hoffmann, também tomou distância.

Medievais

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), ligado ao Ministério da Educação do governo Michel Temer (PMDB-SP), barrou a exposição de um artigo científico que, mesmo tendo sido avalizado tecnicamente pelo comitê editorial, desagradou a direção do instituto. A decisão abriu uma crise com pesquisadores, que falam em "censura" ao trabalho acadêmico e científico. O artigo havia sido publicado no site do Inep na sexta-feira (18), mas logo no sábado (19) acabou suprimido.

Falta verguenza

Os deputados federais perderam a vergonha. Na semana passada – em que a reforma trabalhista entrou em vigor – a Câmara decidiu se dar uma superfolga de onze dias. O presidente da Casa, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), não marcou sessões no Plenário ao longo de toda a semana do feriado da Proclamação da República. Quem pagou a conta da vadiagem foi o contribuinte. 0 Congresso Nacional gera um custo de R$ 27,7 milhões aos cofres do País a cada dia parado, segundo cálculos da ONG Contas Abertas. Sendo assim, o acintoso feriadão parlamentar gerou para o Tesouro uma despesa de R$ 110,8 milhões.

PMDB volta a mirar Dilma e o PT

Em nova propaganda partidária, o PMDB ironizou Dilma Rousseff (PT-SP) ao relembrar o discurso no qual a ex-presidente saudou a mandioca como uma das maiores conquistas do Brasil. O vídeo foi aprovado pelo Presidente da República, Michel Temer (PMDB-SP), e está no ar. “O PT de Dilma desenterrou a mandioca, e enterrou o país. É estava mesmo na hora de tirar o país do vermelho”, afirmam os peemedebistas em analogia à cor do PT. O discurso de Dilma na abertura dos Jogos Mundiais dos Povos Indígenas, em junho de 2015 se espalhou nas redes sociais após a petista caracterizar o tubérculo como uma grande conquista brasileira.

Meu presidente

Em jantar organizado pelo Grupo Empresarial de Brasília no último dia 20, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles (PSD-SP), foi tratado como presidenciável e chamado por parte dos presentes de “meu presidente“. Questionado sobre sua candidatura ao Planalto, Meirelles afirmou que permanecerá no comando da pasta até o prazo máximo permitido a candidatos, início de abril, e então tomará uma decisão.

O futuro de Frota

O que o futuro reserva para Alexandre Frota? Com 661 mil seguidores no Facebook, o ex-ator pornô foi alçado a porta-voz da nova direita brasileira, apesar de ser desprezado por boa parte da mesma. Aos 54 anos, estuda se candidatar a deputado em 2018. Diz que conversa com seis siglas para uma eventual filiação, entre elas o Partido Social Cristão (PSC), o Podemos e o Patriotas —possível nova morada do amigo Jair Bolsonaro (PSC-RJ).

Ives, o injustiçado

“Não Sou: – Nem Negro, Nem Homossexual, Nem Índio, Nem Assaltante, Nem Guerrilheiro, Nem Invasor De Terras. Como faço para viver no Brasil nos dias atuais? Na …verdade eu sou branco, honesto, professor, advogado, contribuinte, eleitor, hétero… E tudo isso para quê? Meu Nome é: Ives Gandra da Silva Martins. Hoje, tenho eu a impressão de que no Brasil o cidadão comum e branco é agressivamente discriminado pelas autoridades governamentais constituídas e pela legislação infraconstitucional, a favor de outros cidadãos, desde que eles sejam índios, afrodescendentes, sem terra, homossexuais ou se autodeclarem pertencentes a minorias submetidas a possíveis preconceitos… “. Este foi o mico do jurista do impeachment, Ives Gandra da Silva Martins, pagou em artigo publicado em um jornal na semana passada.

Bertoldo Brecha… Não, pera…

Nossos representantes são uns pândegos. O legislativo brasileiro parece, às vezes, uma comédia pastelão, um episódio da Escolinha do Professor Raimundo. Que o diga o deputado estadual fluminense André Lazaroni (PMDB), que cometeu uma gafe histórico-cultural daquelas quando discursava durante a sessão extraordinária da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) que decidiu pela libertação dos parlamentares Jorge Picciani, Paulo Melo e Edson Albertassi. Ao defender a soltura dos colegas, Lazaroni confundiu alhos com bugalhos. Citou "Bertoldo Brecha", personagem do antigo programa conduzido pelo humorista Chico Anysio, quando na verdade queria se referir ao dramaturgo alemão Bertolt Brecht. Detalhe… Lazaroni é secretário de Cultura do estado. Assista e gargalhe.

Deputado mineiro debocha de projeto de lei e descobre que ele é o autor

Durante a discussão da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), o deputado estadual Felipe Attiê (PTB) ironizou o Projeto de Lei 3.697, de 2016, que institui o Dia Estadual do Coach. “Coach?? Esses deputados! É brincadeira, viu”, disse. Entretanto, logo após, o presidente da comissão anuncia o próprio deputado Felipe Attiê como autor da proposta. Veja:

Em sua defesa, o deputado alegou que o vídeo é uma montagem. Porém, no vídeo completo da ALMG, é possível ver o momento em que o deputado faz o comentário. Confira:

Beto contra o muro

O deputado estadual Beto Pereira (PSDB-MS) passou por poucas e boas nesta semana, durante a primeira votação do projeto do Governo do Estado que muda as regras na previdência sul-mato-grossense. Ele foi inquirido duramente por uma (agora) ex-eleitora. Confira.

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Victor Barone

Jornalista, professor, mestre em Comunicação pela UFMS.


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