11/05/2024 - Edição 540

Campo Grande

Intervenção do Governo na Ernesto Geisel modifica realidade da região

Publicado em 17/11/2017 12:00 -

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“A noite quando está chovendo eu não durmo, fico cuidando pela janela porque a água tampa todo o asfalto e chega na porta de casa, fico com medo. Tinha que arrumar um jeito para não transbordar”, conta a dona de casa Noemia Barbosa, de 62 anos, cujo problema está próximo de ser solucionado com o início das obras de contenção do rio Anhanduí.

As intervenções irão contemplar a avenida Ernesto Geisel nos dois sentidos num trecho de 2,4 quilômetros, inclusive, o local onde Noemia mora há 28 anos, no bairro Cohafama.

Neste e nos demais trechos entre as ruas Santa Adélia e Aquário serão executados serviços de drenagem, recomposição dos taludes e sistema de gabião para canalização da água. 

Após as intervenções para conter a erosão, será feita restauração da pista, recapeamento, construída uma ciclovia e melhorada a sinalização de trânsito.

Os três lotes de obras de manejo de águas pluviais do rio Anhanduí contam com contrapartida estadual de R$ 900 mil que integra o montante de recursos federais que chega a R$ 57,7 milhões.

Eles preveem a restauração das margens, construção de galerias pluviais, recuperação de áreas úmidas, reservatório de amortecimento de cheias, urbanização de caráter complementar e pavimentação em todo o Complexo Anhanduí, que inclui os córregos Cabaça e Areias.

As licitações para os três lotes de obras já foram concluídas e estão em fase de recurso, para posterior autorização pela Caixa Econômica Federal (CEF). A previsão da prefeitura é que os trabalhos tenham início ainda neste ano.

Segurança

As obras de drenagem e recuperação das margens do rio Anhanduí irão levar mais segurança aos pedestres e motoristas que trafegam pela avenida Ernesto Geisel, colocando um fim à erosão que avança sobre a via e já interditou uma das pistas.

A situação tem sido apontada como uma das principais causas de acidentes no local. “Um dia desses cheguei para trabalhar e tinha um carro lá dentro do córrego”, conta o mototaxista Gilsemar Gutierrez, de 43 anos, que trabalha em um ponto na avenida.

“A sinalização está escassa. Desde a curva [antes do shopping Norte Sul Plaza, no sentido bairro-centro] tem que sinalizar que a via está prejudicada. A visibilidade noturna dificulta mais ainda. Está tendo erosão, o asfalto deu uma baixada. Com a chuva vai descer mais carro lá para baixo”, comenta, ansioso para o início das obras.

“Se um carro bate no outro caem os dois para dentro do córrego”, observa o aposentado Ramão Romeiro, de 65 anos, que montou um carrinho de caldo de cana no canteiro da avenida, no trecho próximo à avenida Salgado Filho. “Faz horas que está precisando fazer a obra, isso aí é perigoso”, pontua.

Além de afetar a segurança, a situação prejudica o bolso dos motoristas. “Já vi muita gente aqui chorando com o carro cheio de água. Quando enche o córrego e invade a pista, os carros estacionados aqui na frente chegam a boiar, erguidos do chão”, conta a dona de casa Noemia Barbosa, de 62 anos. Há 28 anos no bairro Cohafama, ela ressalta que a erosão nas margens do rio Anhanduí é um problema que se arrasta há tempos. “Com certeza precisa da obra”, afirma.

Trechos críticos

“O pior trecho da avenida é esse aqui”, reclama o aposentado Ramão Romeiro, de 65 anos, mostrando a erosão que avança sobre a pista na avenida Ernesto Geisel. O segmento onde serão realizados os trabalhos abrigam os pontos mais críticos da erosão. O principal problema, no local apontado pelo aposentado Ramão Romeiro, é onde parte da pista já foi interditada após o asfalto ceder.

Mais à frente, próximo ao ginásio Guanandizão, a erosão tem crescido também ameaçando comprometer a via. “Está aumentando bastante, despencando as margens”, conta o comerciante Jonas Nunes, de 55 anos, que tem uma oficina mecânica no local.

Ele lembra que há tempos os moradores e comerciantes do entorno aguardam uma solução para os problemas da Ernesto Geisel e espera que agora a obra coloque fim aos problemas provocados pelo grande volume de águas que o rio recebe. “A cidade inteira cai aqui dentro”, comenta.

As obras prestes a serem iniciadas com contrapartida estadual preveem justamente a solução do problema apontado por Jonas. 

Elas serão executadas num trecho de 2,4 quilômetros entre as ruas Santa Adélia e Aquário e incluem serviços de drenagem, recomposição dos taludes e sistema de gabião para canalização da água.

Após as intervenções para conter a erosão, será feita restauração da pista, recapeamento, construída uma ciclovia e melhorada a sinalização de trânsito.  A obra já foi licitada e a previsão da prefeitura, executora do projeto, é que tenha início ainda neste ano. 

Projeto

As obras estão sendo realizadas com recursos federais, estaduais e com execução da Prefeitura – viabilizados em conjunto com a Câmara de Vereadores pelo Programa

Os três lotes de obras de manejo de águas pluviais do rio Anhanduí contam com contrapartida estadual de R$ 900 mil que integra o montante de recursos federais que chega a R$ 57,7 milhões. A obra já foi licitada e a previsão da prefeitura é que tenha início ainda neste ano. 

O projeto prevê a restauração das margens, construção de galerias pluviais, recuperação de áreas úmidas, reservatório de amortecimento de cheias, urbanização de caráter complementar e pavimentação em todo o Complexo Anhanduí, que inclui os córregos Cabaça e Areias. Após as intervenções para conter a erosão, será feita restauração da pista, recapeamento, construída uma ciclovia e melhorada a sinalização de trânsito.


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