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Trump volta a defender Putin e diz que China cuidará da Coreia do Norte

Publicado em 12/11/2017 12:00 -

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Em mais um dia de sua visita à Ásia, o presidente dos EUA, Donald Trump, voltou neste domingo (12) a defender Vladimir Putin, da Rússia, e disse confiar que a China mediará as conversas com a Coreia do Norte.

Após ter dito no sábado (11) que Putin lhe assegurava que não tinha se intrometido nas eleições presidenciais norte-americanas, Trump afirmou que Putin se sentiu "insultado" pelas acusações e "isso não é bom para o nosso país".

 

De acordo com ele –que voltou a usar o Twitter para se manifestar–, ao encontrar Putin em Danang (Vietnã), na cúpula da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec), foram "boas as discussões sobre a Síria". "Espero sua ajuda para resolver, juntamente com a China, a perigosa crise da Coreia do Norte".

E voltou a atacar os críticos, questionando quando "tolos e raivosos" vão parar de minar as boas relações com a Rússia. "Quero resolver Coreia do Norte, Síria, Ucrânia, o terrorismo, e a Rússia pode ser útil", declarou.

Trump também citou Hillary Clinton, com quem disputou as eleições para presidente, e Barack Obama, para dizer que os democratas falharam nas tentativas de manter boas relações com os russos.As novas manifestações de Trump de dizer que não houve interferência russa nas eleições ocorrem um dia após o diretor da CIA (Agência Central de Inteligência dos EUA), Mike Pompeo, ter mantido suas acusações sobre atividades suspeitas no pleito que elegeu o presidente dos EUA.

Quanto à China, Trump disse acreditar que as novas sanções impostas pelos chineses irão amenizar os ímpetos do ditador norte-coreano, Kim-Jong-un. E, em outro twitter, o presidente norte-americano questionou por que o norte-coreano o chama de "velho" se ele nunca chamou o ditador de "insano e gordo",

Mar da China

Outra questão abordada pelo presidente dos EUA no Vietnã foi o Mar da China meridional, alvo de disputada em que cinco países contestam as reivindicações impostas pela China para a navegação na região.

"Se eu posso ajudar a mediar ou arbitrar, por favor, avise-me", afirmou Trump, em conferência em Hanói com o presidente do Vietnã, Tran Dai Quang.

"Eu sou um excelente mediador e árbitro", completou o norte-americano.

Quang afirmou que o Vietnã acredita em negociações pacíficas e com base nas leis internacionais para lidar com as disputas no Mar da China meridional.

Além do Vietnã, Brunei, Malásia, Filipinas e Taiwan também têm reivindicações sobre a região.

Desde que o presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte, se aproximou da China, o Vietnã tem desafiado o poder do governo Xi Jinping. Em julho, a China pressionou os vietnamitas para que parassem com a perfuração de petróleo em uma das áreas em disputa. E as relações entre os países só deve voltar à normalidade após os encontros deste final de semana no país.

As disputas sobre o mar também foram tema de discussão entre chineses e norte-americanos nos últimos dias.

A próxima escala de Trump em sua visita à Ásia será as Filipinas, que vive uma série de protestos contra a chegada do norte-americano.


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