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Ecologia

Honda WR-V chega em março e terá motor 1.5 de 116 cavalos

Publicado em 09/02/2017 12:00 -

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A Honda apresentou o novo WR-V. O crossover fez a primeira aparição no Salão de São Paulo, em novembro. Porém, só agora teve mais informações reveladas e a marca confirmou que as vendas começam em março. Porém, o preço permanece em sigilo, e só deve ser anunciado as vésperas do lançamento.

O WR-V será o menor "crossover" da Honda no Brasil. Esse nome é dado a carros que misturam características de vários segmentos. Seu posicionamento é abaixo do SUV HR-V, que atualmente é vendido entre R$ 79.900 e R$ 101.400.

Ele é equipado com motor 1.5 flex de 116 cv e 15,6 kgfm de torque e transmissão automática do tipo CVT, mesmo conjunto ofertado no Fit. Segundo a Honda, não haverá opção de câmbio manual.

É um ‘Fitão’?

Apesar da semelhança no nome com o HR-V, o novo produto tem como base outro carro da Honda, o monovolume Fit. Aliás, a fabricante japonesa terá um árduo trabalho em convencer os clientes de que o WR-V não é uma espécie de “Fitão”. 

Além da mecânica, a plataforma dos dois modelos é a mesma, que também é a base do HR-V e do City.

As medidas do novo modelo são: 2,55 m de entre-eixos, 4 m de comprimento, 1,73 m de largura e 1,6 m de altura. Elas mostram pequenas diferenças em relação ao Fit, que tem 2,53 m de entre-eixos, 4 m de comprimento, 1,69 m de largura e 1,53 m de altura.

O visual aumenta a semelhança com o Fit. Vendo o WR-V de perfil, é impossível não associar os dois modelos, confira abaixo.

As portas, janelas e retrovisores são os mesmos, assim como a moldura da lanterna. A capa da lanterna, no entanto, é um pouco mais larga no novo modelo.– isso inclui parte das lanternas, painéis de porta, vidros e maçanetas, além do interior.

O WR-V tem mais altura em relação ao solo: 19,9 cm, enquanto o Fit tem 14,5 cm e HR-V, 20 cm. A capacidade do porta-malas é a mesma do Fit: até 363 litros.

As diferenças

Os engenheiros da Honda não falam a porcentagem de peças compartilhadas entre Fit e WR-V. Mas afirmam que as maiores diferenças estão praticamente onde não se enxerga.

Os subchassis dianteiro e traseiro foram remodelados, e são mais robustos. A suspensão também é mais "parruda".

E a distância entre eixos é 2,5 cm maior no WR-V. "Movemos o eixo dianteiro 1 cm para frente e o traseiro, 1,5 cm para trás. Com isso, ganhamos espaço interno", explica Luis Marcelo Kuramoto, líder de projeto do WR-V.

O eixo de torção, a caixa de direção e a coluna de direção foram herdados do HR-V.

No interior, o desenho do painel é idêntico, mas o WR-V exibido em Sumaré tinha detalhes em tecido laranja nas portas e nos bancos -o que não necessariamente será um padrão em todas as versões.

Em termos de equipamentos, a versão apresentada deve ser a topo de linha. Porém, ela não trazia bancos de couro, ar-condicionado digital e, aparentemente, não era equipada com controles de tração ou estabilidade. Havia airbags laterais e de cortina, indicando ao todo, 6 bolsas, considerando as obrigatórias frontais.

Projeto inédito

Este é o primeiro veículo desenvolvido pela Honda no Brasil. Parte do trabalho foi convencer a sede, no Japão, de que o modelo caberia no portfólio da marca. Isso cerca de 4 anos atrás, quando o projeto começou a ser criado.

"A matriz questionou que já tínhamos o HR-V como um SUV compacto. Aí mostramos as nossas pesquisas, que mostravam a necessidade de um produto ainda mais compacto. Isso nos permitiu criar o WR-V", afirmou Kuramoto.

O desenvolvimento local também permitiu que a Honda nacionalizasse alguns componentes.

A própria caixa de direção, diferente do Fit, é produzida no Brasil por um fornecedor da Honda. Inclusive parte das evoluções do WR-V devem ser aplicadas no "irmão" mais velho nos próximos anos.


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