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Trump defende nova corrida nuclear

Publicado em 23/12/2016 12:00 -

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O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, defendeu nesta sexta-feira (23) que os Estados Unidos devem investir em "uma corrida armamentista", em entrevista por telefone concedida à rede MSNBC, ao esclarecer uma declaração feita nas redes sociais na véspera. Veja na imagem abaixo.

"Deixe que aconteça uma corrida armamentista", respondeu Trump, acrescentando que os EUA serão superiores e irão superar todos a cada passo.

Na quinta-feira, ele afirmou em sua conta no Twitter que o país deve investir maciçamente em sua capacidade nuclear até que "o mundo caia em si". "Os Estados Unidos devem fortalecer e expandir fortemente sua capacidade nuclear até que o mundo caia em si em relação às armas nucleares", tuitou Trump, sem explicar o que ele quis dizer exatamente.

Esse comentário marca uma ruptura em relação à retórica do presidente Barack Obama, o qual, em seu famoso discurso em Praga em 2009, pediu a eliminação das armas nucleares.

Hoje, os Estados Unidos contam com um arsenal de cerca de 7.000 ogivas nucleares, pouco atrás da Rússia, que tem algumas centenas a mais.

O Pentágono quer substituir, ou modernizar, as três pernas de sua "tríade": uma força de ataque nuclear que inclui os mísseis balísticos intercontinentais (ICBMs, na sigla em inglês), submarinos e bombardeiros. Especialistas estimam que isso representará pelo menos US$ 1 trilhão nos próximos 30 anos.

Durante os debates da campanha à presidência, Trump foi incapaz de dar detalhes, ao ser questionado sobre qual seria sua prioridade para a "tríade" nuclear, afirmando apenas que "o poder, a devastação é muito importante".

Putin

A declaração do futuro líder americano foi dada pouco depois de o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ter defendido um reforço do potencial nuclear do país em uma reunião com o Estado-Maior do Ministério da Defesa.

Putin disse que o fortalecimento das forças estratégicas russas deve ocorrer, antes de tudo, “mediante a incorporação de sistemas de foguetes capazes de superar de maneira garantida os atuais sistemas de defesa antimísseis e aqueles que estão em desenvolvimento”. O presidente russo afirmou também que as forças convencionais do país devem ser elevadas a um “novo nível qualitativo” que permita “neutralizar qualquer ameaça militar contra a Rússia”.


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