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Ecologia

CB Twister chega para briga com a Fazer 250

Publicado em 05/11/2015 12:00 -

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Uma das mais promissoras novidades para o ano de 2015 é a Honda CB Twister, que chega para ocupar a vaga da conhecida CB 300. Apesar do nome repetido – a Honda já teve uma CB 250 Twister em sua linha de 2001 a 2008 – esta nova moto é 100% inédita.

Apresentada ao público no Salão das Duas Rodas, realizado há menos de um mês atrás em São Paulo, a missão desta reinventada Twister é não apenas substituir a CB 300 mas também enfrentar de maneira mais consistente uma rival incômoda, a Yamaha YS 250 Fazer.

Incômoda? Sim: nenhum outro modelo da Yamaha consegue ser tão competitivo face a uma concorrente direta feita pela Honda no mercado nacional. Como é notório, a marca da asa é dona de mais de 83% do bolo nas vendas de motocicletas no Brasil enquanto a Yamaha, histórica 2ª colocada, tem pouco mais de 10%. Todavia, comparando as vendas das rivais diretas Yamaha YS 250 Fazer e Honda CB 300, a proporção diminui fortemente, e passa a 65,5% para a Honda e 34,5% para a Yamaha.

O sucesso da Fazer 250 não é gratuito. Ela é reconhecidamente uma boa moto, “redondinha”, que concilia boa performance com economia e robustez, além de ser confortável e ter um design que parece não envelhecer. A CB 300 não é ruim, todavia desde seu lançamento, em final de 2008, sofre críticas cá e lá.

A mais suave diz respeito a ser volumosa, pesada, rígida demais. A mais grave denúncia é que seu motor não segue o proverbial padrão de durabilidade das Honda. Em seus 7 anos de mercado conquistou muitos fãs mas também um séquito de detratores, e daí a Fazer 250 se dar tão bem, estimulando a Honda a trabalhar em uma moto 100% nova para esta briga importante.

Tendência é crescer

As estradeiras desta faixa são consideradas o 2º ou 3º degrau da vida do motociclista brasileiro, que começa em motonetas como a Biz ou Crypton, passa para as 125-150 e, podendo ou precisando, busca algo mais em termos de potência, conforto e segurança.

Somando as vendas de todas as competidores do segmento descobre-se que as 250-300 estradeiras são responsáveis por meros 4% do volume de vendas total no país. Parece pouco, mas esta pequena cifra representou mais de 57 mil motocicletas vendidas em 2014.

Apesar da crise, e do mais do que provável declínio das vendas neste 2015 face ao ano passado (que já não foi nada bom…), investir em modelos mais qualificados, de maior valor e principalmente com mais tecnologia parece ser uma fórmula boa para enfrentar dias difíceis

Tecnologia a CB Twister não economiza. Percebe-se isso já a partir do painel, componente vistoso e moderno, totalmente digital. O motor permaneceu um monocilindro refrigerado a ar com quatro válvulas, mas nem um parafuso foi reaproveitado e trata-se de uma estreia mundial, motor que inicia a carreira no Brasil mas que deverá equipar outros modelos Honda mundo afora. Como manda o atual estágio técnico (e as restrições do programa Promot 4 antiemissões…) a alimentação é por injeção eletrônica.

Na parte ciclística, o novo chassi usa o motor como elemento estrutural e isso contribuiu para a redução do peso em cerca de dez quilos face à CB 300 assim como reduzir as dimensões do modelo. Montar na novidade evidencia a agilidade que a Honda buscou pois a moto não apenas é mais leve como bem menos volumosa. O motor, reduzido de 300 para 250cc de capacidade, fez a potência cair um pouco, mas o menor peso equilibrou o aspecto performance. Cerejinha em cima do bolo foi equipar a CB Twister de pneus radiais, garantia de melhor estabilidade.

Com esta novidade da Honda o consumidor ganhou uma ótima e moderna opção e a Yamaha uma dor de cabeça. Não é segredo para ninguém que inovações estimulam a saudável concorrência, e com certeza no forno da Yamaha já deve estar “assando” uma deliciosa novidade, resposta à altura da CB Twister. E com isso produtos cada vez mais atualizados e interessantes são colocados a nossa disposição. Maravilha!

Abaixo, o ranking das vendas no atacado do segmento street de 250 a 300 cc de janeiro a setembro de 2015, que evidencia o domínio da Honda e Yamaha no segmento:

1ª HONDA CB 300R (todas as versões) – 22.904 (60,10%)

2ª YAMAHA FAZER 250 (todas as versões) – 12.071 (31,67%)

3ª KAWASAKI NINJA (todas as versões) – 1.024 (2,68%)

4ª DAFRA NEXT – 644 (1,69%)

5ª KAWASAKI Z300 (todas as versões) – 618 (1,62%)

6ª SUZUKI INAZUMA – 426 (1,11%)

7ª SHINERAY TSS 250 – 404 (1,06%)

8º DAFRA ROADWIN 250 – 16 (0,04%)


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