25/04/2024 - Edição 540

Auau Miau

Brasil começa a aderir ao Pet Friendly

Publicado em 08/10/2015 12:00 -

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Quem tem um bichinho em casa sabe que eles são como filhos para seus donos. Quem tem tamanho zelo não gosta de desgrudar nem um minuto de seu pet – e mais: gosta de incluí-lo em programas do dia a dia, desde um almoço de domingo até os passeios de férias. Pensando nesse tipo de cliente, muitos estabelecimentos Brasil afora estão adotando um comportamento que já é comum lá fora: o Pet Friendly. Nestes locais, os pets dos clientes são bem vindos.

De acordo com pesquisas realizadas pelo IBGE, em 2013, o número de cachorros nos domicílios brasileiros chegou a uma estimativa de 52,2 milhões (Pesquisa Nacional de Saúde – PNS), enquanto o número de crianças de até 14 anos, no mesmo ano, foi de 44,9 milhões (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – PNAD). Além disso, a PNS mostra que no DF, 32,3% das residências têm pelo menos um cão, enquanto 6,9% dos lares possuem ao menos um gato. Em todo o País, 44,3% dos domicílios possuem pelo menos um cachorro, o equivalente a 28,9 milhões de lares. Como focar de mal com este mercado?

“Como hoje os animais são como membros da nossa família, é importante que os estabelecimentos que prezam por apresentar um diferencial tenham esta visão e ofereçam ambientes preparados para o pet e o dono. Os clientes veem como um lugar simpático os que já estão se adaptando à nova realidade, o que gera um valor muito grande para à marca”, explica consultora de marketing especializada no mercado pet, Letícia Cazes, da INvet Care.

A mudança de comportamento em relação aos animais não é unanimidade. Muita gente concorda que eles não devem ser permitidos em restaurantes, por exemplo. Mas, há também radicalismo entre os que encaram os pets como ameaças à saúde. O bom senso é sempre a melhor saída.

Rio de Janeiro

O Complex Esquina 111, em Ipanema, no Rio de Janeiro, é um dos muitos bares cariocas que se preocupa com os pets e fechou uma parceria com a marca Zee.Dog para montar um longe especial para eles. "Cada vez mais, nós do Esquina tentamos pensar em ações legais que cativem nossos clientes, com o desafio de manter o bem estar dos nossos vizinhos em meio ao que fazemos", conta Gabriela Alcantara, responsável pelo marketing da casa.

Entre os shoppings cariocas, o primeiro a aceitar a presença de animais foi o Rio Design Barra, que adotou a medida em 2007. Com a popularização da prática, quem ainda não havia adotado a prática também se adaptou para agradar a este público. O mais novo adepto é o Recreio Shopping, que permite cãezinhos em seus corredores.

Veja AQUI alguns estabelecimentos Pet Friendly no Rio de Janeiro.

Brasília

Em Brasília, muitos empresários aderiram, oferecendo serviços que vão além da simples presença do animal, como a oferta de petiscos, água fresca e atividades de lazer. É o caso do Shopping Quê!, que além de permitir a circulação de animais desde sua inauguração, promove eventos voltados para o público. Para passear no centro comercial, é obrigatório o uso de guia e é importante observar a proibição de circular pela praça de alimentação.

Em funcionamento há oito meses em Águas Claras, a Piccolo Emporium, primeira salumeria (casa especializada em salames e embutidos) do DF, os cães e gatos têm um lugar especial e ainda podem comer alguns petiscos vendidos no estabelecimento. Os pets ficam com seus donos em mesas dispostas na varanda do restaurante. “O animal só não pode entrar no restaurante. Essa é uma determinação da Vigilância Sanitária”, explica Ville della Penna, sócio proprietário da salumeria. “Já recebemos, por exemplo, um encontro de 13 Golden Retrievers.

O Ernesto Cafés Especiais, localizado na 115 Sul, aceita a presença dos pets desde sua inauguração, há quatro anos. Eles podem permanecer na parte externa, onde tem um jardim e são disponibilizadas mesas para os clientes. A única restrição é a entrada na parte interna da casa.

Vale lembrar que a restrição à presença dos animais nas partes internas dos restaurantes ou nas praças de alimentação dos shoppings não se aplica aos cães-guias. A Lei nº 11.126, de 27 de junho de 2005, assegura à pessoa portadora de deficiência visual usuária de cão-guia o direito de ingressar e permanecer com o animal nos veículos e nos estabelecimentos públicos e privados de uso coletivo, desde que observadas as condições impostas pelo local. A medida aplica-se a todas as modalidades de transporte interestadual e internacional com origem no território brasileiro.

Veja AQUI alguns estabelecimentos Pet Friendly em Brasília.

São Paulo

Em São Paulo o comportamento do comércio também está se adaptando. Cada vez mais estabelecimentos aderem ao movimento Pet Friendly e, hoje, vários permitem que os amigos de quatro patas de seus clientes participem dos momentos de lazer.

Em março, a Prefeitura sancionou uma lei que autoriza a presença de animais domésticos de pequeno porte (em caixas próprias para transporte) dentro dos ônibus municipais. Assim, ficou mais fácil levar os bichinhos para se divertir por toda a cidade.

E há vários locais em que eles são bem-vindos: parques, restaurantes, sorveterias e até cinema. Um bom exemplo é o Shopping Higienópolis, onde é comum ver os clientes passeando com seus cãezinhos pelos corredores e até em algumas lojas.

Veja AQUI alguns estabelecimentos Pet Friendly em São Paulo.

Cuidados especiais

1 – Evite sair para passear sem antes levar seu cão para ‘usar o banheiro’. Essa medida pode evitar eventuais constrangimentos nos locais que forem visitar. Mas, como contratempos acontecem, tenha sempre uma sacolinha plástica para ‘emergências’.

2 – Se seu destino for algum restaurante, lanchonete ou padaria, é aconselhável alimentar o bicho em casa. Assim, ele não ficará latindo e implorando por sua comida. Outra medida é levar um pote com ração para servir ao cão enquanto estiver fazendo sua refeição.

3 – Caso o cachorro seja um pouco temperamental e/ou tenha dificuldade de conviver com estranhos, certifique-se das condições do local que visitará. Restaurantes e bares costumam ter mesas bem próximas – e o contato com outras pessoas é inevitável.


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