24/04/2024 - Edição 540

Saúde

Mortalidade infantil no Brasil caiu 73% nos últimos 25 anos

Publicado em 10/09/2015 12:00 -

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A mortalidade infantil no Brasil caiu 73% nos últimos 25 anos, segundo dados divulgados pela Organização Mundial da Saúde (OMS). De acordo com o relatório Níveis e Tendências da Mortalidade Infantil 2015, o índice de mortes entre crianças brasileiras menores de 5 anos passou, em 1990, de 61 óbitos para cada mil nascidas vivas para 16 óbitos para cada mil nascidas vivas em 2015.

Apesar dos avanços, a OMS destacou que as disparidades persistem no país. O estudo indica que, dos cerca de 5,5 mil municípios brasileiros, mais de mil registraram taxa de mortalidade infantil de até cinco óbitos para cada mil nascidas vivas em 2013, enquanto em 32 cidades a taxa superava 80 óbitos para cada mil nascidas vivas.

Além disso, crianças indígenas que vivem no Brasil têm duas vezes mais chance de morrer antes de completar o primeiro ano de vida que as demais. Segundo o relatório, esse tipo de exemplo demonstra que, mesmo em países com níveis relativamente baixos de mortalidade infantil, são necessários maiores esforços para reduzir as disparidades entre diferentes grupos sociais.

“Assim sendo, ainda há muito trabalho a ser feito para que cada criança tenha a oportunidade justa de sobreviver, mesmo em países com baixos índices de mortalidade infantil”, concluiu a OMS.

No mundo

A mortalidade infantil no mundo caiu mais da metade nos últimos 25 anos, segundo o levantamento da OMS. Os números mostram que as mortes de crianças menores de 5 anos caíram de 12,7 milhões em 1990 para 5,9 milhões em 2015. Esta é a primeira vez que o índice fica abaixo de 6 milhões.

O relatório informa que cerca de um terço dos países – 62 no total – conseguiram reduzir o índice em dois terços, enquanto 74 tiveram redução de pelo menos metade nos últimos 25 anos.

Apesar dos avanços considerados substanciais, a OMS alertou que 16 mil crianças menores de 5 anos morrem todos os dias no mundo e que a queda de 53% não é suficiente para alcançar a meta de reduzir em dois terços o índice até o final deste ano. Atualmente, cinco em cada dez mortes de crianças são registradas na África Subsaariana e três em cada dez, no Sul da Ásia.

De acordo com o relatório da OMS, os dias que se seguem ao nascimento constituem o maior desafio a ser vencido, já que 45% dos óbitos registrados entre menores de 5 anos ocorrem nos primeiros 28 dias de vida. Prematuridade, pneumonia, complicações durante o parto, diarreia e malária representam as principais causas de morte, sendo que quase metade dos óbitos entre crianças está associada à subnutrição.

“A maior parte das mortes entre crianças pode ser facilmente evitada por meio de intervenções comprovadas e prontamente disponíveis”, destacou a OMS. Os dados indicam que a redução da mortalidade infantil no mundo pode ser acelerada de forma considerável se os esforços se concentrarem nas regiões onde os índices são maiores e em recém-nascidos.

A chance de sobrevivência de uma criança pode variar amplamente conforme o local onde ela nasceu, diz o relatório. A África Subsaariana tem a maior taxa de mortalidade infantil no mundo – lá, uma em cada 12 crianças morre antes de completar o primeiro ano de vida. E a estimativa da OMS é que a população na faixa etária até 5 anos aumente 30% na região nos próximos 15 anos.


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